domingo, 5 de março de 2017

A fita métrica do amor


Como se mede uma pessoa?

Os tamanhos variam conforme o grau de envolvimento.

Ela é enorme para você quando fala do que leu e viveu, quando trata você com carinho e respeito, quando olha nos olhos e sorri destravada.

É pequena para você quando só pensa em si mesma, quando se comporta de uma maneira pouco gentil, quando fracassa justamente no momento em que teria que demonstrar o que há de mais importante entre duas pessoas: a amizade.

Uma pessoa é gigante para você quando se interessa pela sua vida,
quando busca alternativas para o seu crescimento, quando sonha junto.

É pequena quando desvia do assunto.

Uma pessoa é grande quando perdoa, quando compreende, quando se coloca no lugar do outro, quando age não de acordo com o que esperam dela, mas de acordo com o que espera de si mesma.

Uma pessoa é pequena quando se deixa reger por comportamentos clichês.

Uma mesma pessoa pode aparentar grandeza ou miudeza dentro de um relacionamento, pode crescer ou decrescer num espaço de poucas semanas: será que ela que mudou ou será que o amor é traiçoeiro nas suas medições?

Uma decepção pode diminuir o tamanho de um amor que parecia
ser grande. Uma ausência pode aumentar o tamanho de um amor que parecia ser ínfimo.

É difícil conviver com esta elasticidade: as pessoas se agigantam e se encolhem aos nossos olhos. Nosso julgamento é feito não através de centímetros e metros, e sim de ações e reações, de expectativas e frustrações.

Uma pessoa é única ao estender a mão e, ao recolhê-la inesperadamente, se torna mais uma. O egoísmo unifica os insignificantes.

Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande. É a sua sensibilidade sem tamanho.

Martha Medeiros
*********
Muita gente supõe que se nós amarmos bastante, o amor triunfará e tudo se transformará em bem. A experiência demonstra que isto não é verdade. Às vezes os pais vêem, desesperadamente, como os seus filhos, embora profundamente amados, tornam-se diferentes do que eles esperavam, por vezes ficando doentes, viciados em drogas ou suicidas. Tais experiências mostram que, para além do amor, é necessário algo mais para que o amor seja bem sucedido. O que o amor requer é que nós compreendamos e sigamos as escondidas Ordens do Amor.

ORDEM E AMOR (Bert Hellinger)

O Amor completa-se com o conteúdo das Ordens.
O Amor é água, as Ordens são o seu jarro.

As Ordens são a terra arrendada,
Permitindo que o Amor flua.

Ordem e Amor cooperam:
Tal como a melodia e suas harmonias,
Assim é o Amor com as suas Ordens.

Tal como nossos ouvidos são arranhados pela dissonância,
Mesmo quando explicada,
Também a nossa alma adapta-se com dificuldade
Ao Amor sem ordem.

Alguns tratam as Ordens como se elas
Fossem opiniões que possamos
Ter ou mudar à vontade.

Mas elas são como são.
Trabalham, mesmo quando não as compreendemos.
Nós não as criamos, descobrimo-las.
Concluímos então, como Desígnio e Alma,
Do seu efeito.

Muitas destas ordens estão escondidas e nós não podemos observá-las diretamente. Trabalham profundamente na alma, e tendemos a obscurecê-las com as nossas crenças, objecções, desejos ou ansiedades. Necessitamos de entrar profundamente na alma se quisermos tocar as Ordens do Amor

Boa semana
Tais

Nenhum comentário:

Postar um comentário