domingo, 29 de janeiro de 2017

A morte de um filho, como é isto?


E agora uma das reflexões e aprofundamentos que Hellinger compartilhou em um dos muitos encontros:

“Onde sempre um homem ou uma mulher se preocupam por uma criança… estes aguardam secretamente pela morte da mesma – mesmo quando se trata de um jovem ou adulto.

As crianças precisam se afastar para se libertar de tal destino.

Sentir-se devedor (culpado) da Morte.

Esta é uma dinâmica secreta – devo continuar a falar sobre isto?

Toda vez que há preocupação por uma criança... Nós a encontramos lá onde o pai ou a mãe se sentem devedores (culpados) em relação à Morte.
Se uma mãe se sente culpada em relação à morte... por exemplo... por causa de um aborto causado...a mãe diz para sua criança...secretamente...morra por mim!

E a criança reage a este pedido.

Normalmente são os meninos, que seguem secretamente esta frase. E os meninos dizem para a mãe... secretamente...Eu por você!

O menino se torna então um Herói. “Eu morro em teu lugar querida mamãe!”
São Tragédias – É algo que no final liberta.


Se nós, por exemplo, pegarmos Shakespeare (William Shakespeare – poeta e dramaturgo inglês), podemos visualizar estas dinâmicas.

O Herói é um garoto. E no final, o Herói morre.

Leis secretas – que por vezes se tornam um script. Se tornam um script de vida.

Tal qual encontramos na história da Chapeuzinho Vermelho: A mãe diz para sua filha, tome cuidado, quando você for à Floresta. E manda a sua filha para Floresta. O que a mãe diz secretamente para a filha? Morra! E assim o é. A filha segue este pedido e demonstra desta maneira o seu amor incondicional à mãe.

E tal ocorre também no campo familiar. Na Constelação Familiar há uma solução para esta dinâmica. O pai pode solucionar isto. O pai diz para seu filho...aqui sou seu salvador. E diz para a mãe de seu filho... aqui você está sozinha! Olhe para sua culpa. Eu olharei para a vida.

O filho diz então para mãe: Eu sigo meu próprio caminho. Respeito sua culpa... mas a deixo para você!

Só há uma solução... uma Constelação Familiar. E o facilitador deve conhecer estas leis (Ordens do Amor).

E a mãe é má?

O pai é mau?

Não... isto são movimentos!”
Bert Hellinger

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É necessário que exista a compreensão de que uma história como essa, onde a mãe diz "Morra por mim, filho", pois trata-se de um processo inconsciente.

Em algumas oportunidades onde constelei situações de filhos em busca da morte ( depressão, drogas, acidentes etc), quando a mãe deparou-se com esta realidade, tornou-se até agressiva e disse: "Imagine que eu iria desejar ou pedir a morte de um filho em meu lugar"... Sinto dizer...mas ela não compreendeu as dinâmicas das ordens do Amor.

Aí foi necessário meses de trabalho em terapia para que compreendesse o sentido desta afirmação. E, muitas vezes, o cliente foi embora muito sentido com o Constelador...

Por isso é sempre dito que o Constelador não precisa agradar o cliente...ele precisa "entrar no campo" e captar o que é necessário naquele momento...

Para isto ele precisa ser humilde e aceitar a Verdade, mesmo que ela contrarie o cliente.

Para perceber a Verdade que surge como um relâmpago faz-se necessário estar "no vazio" , e só então... perceber.

Nos preparamos muito até chegar numa constelação onde sentimos os movimentos que apontam para o necessário naquela constelação.

Trabalhar a culpa também é muito importante...pois ela é destrutiva!

E, iniciando a semana com o desejo da compreensão mútua, encerro este aprofundamento de Bert Hellinger, tão verdadeiro, e, quase sempre sofrido...mas altamente libertador para o filho e os pais!
Boa semana!
Taís

domingo, 22 de janeiro de 2017

A discussão é inútil

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 "Se o adversário é superior a ti, porque brigar;

Se o adversário é igual a ti, compreenderá o que tu compreende;

Então… não precisará haver luta.”

Todos os debates são inúteis, o próprio debater é uma idiotice, ninguém pode atingir a verdade pela discussão. Todas as discussões são uma grande perda de tempo, porque provocam um clima no qual qualquer entendimento entre duas ou mais pessoas se torna insuportável, onde qualquer coisa dita é sempre mal interpretada. Uma mente que está disposta a vencer, a conquistar, não consegue compreender nada. Isso é impossível porque a compreensão necessita de uma mente tranqüila e não violenta. E quando você está lutando pela vitória, você tem, obrigatoriamente, que ser violento.

Discutir é um ato de violência. Através dele você pode até matar, mas nunca ressuscitar. Através dele você pode até aleijar, mas nunca curar. Através dele a verdade, pode ser assassinada, mas nunca recuperada. O debate é sempre violento. Nele, sua própria atitude é sempre violenta. Na verdade você não está em busca da verdade, está em busca da vitória, seja por uma argumentação mais lógica, por uma erudição maior, ou ainda pela força física ou status. Quando a vitória é a meta, a verdade é sacrificada. Quando a verdade é a meta, você pode sacrificar a vitória.

Apenas a verdade pode ser a meta; a vitória não. Quando a vitória é a meta você se torna um político. Você fica agressivo, está sempre tentando vencer o outro, esta sempre tentando dominar e tiranizar de todos os modos possíveis. A verdade não pode nunca se transformar em dominação, não pode nunca destruir.

A verdade não pode ser uma vitória, quando essa abstrata vitória significa derrotar alguém.
A verdade trás humildade, modéstia. Não uma viagem em prol de sua vaidade, de seu orgulho, do seu ego, como o são todas as brigas. A briga nunca conduz ao real; sempre caminha para o ilusório, para o não verdadeiro, porque a própria sensação de vitória é estúpida! Verdade significa nem “eu” nem “você”, na discussão, ou eu venço ou você vence; a verdade mesmo nunca é vencedora.

Aqueles que estão realmente na busca permitem que a verdade vença a ambos, enquanto que os competidores esperam que a vitória pertença apenas a si mesmos, não aos outros. Entretanto, os outros não existem. Na “verdade” nós nos encontramos e nos tornamos “um”. Assim quem pode ser o vencedor? Quem pode ser o vencido? Na realidade ninguém é vencido ou vencedor.

Como você pode entender o seu oponente se você está contra ele? O entendimento é impossível. O entendimento necessita de simpatia, de participação, de calma, de serenidade. Entender significa ouvir o outro totalmente. Ao discutir, debater, argumentar, racionalizar, você não ouve o outro, apenas finge ouvir e, interiormente, fica se preparando. Por dentro, você está se armando para a próxima jogada pronto para rebater, quando o outro parar.

Na briga a verdade não é significativa. Por isso a comunhão nunca acontece; você pode argumentar, e quanto mais argumentar, mais se separará do outro.
Quanto mais discutir, maior será a separação, até tornar-se um enorme abismo.Verdade significa simpatia; verdade significa não argumentar. Você veio para ouvir, para buscar a verdade, não para discutir, você veio para entender, não para vencer. Você não veio para ganhar, pelo contrário está pronto para perder.

Pela lógica, pela argumentação, pelo conhecimento, as pessoas tornam-se alheias uma as outras, tornam-se estranhos. Como você pode achar a verdade se não consegue entender o oponente, se não é capaz de nem mesmo ouvi-lo, se a sua mente por dentro, continua brigando, discutindo? Você é violento e essa agressão não o ajudará. Todas as brigas são fúteis, nunca levam a nada.

Quando você vence com a verdade, seu oponente não é derrotado, a verdade foi quem venceu, e o outro fica feliz. Ele se sente vitorioso com sua vitória, ele participa. Está não é uma vitória sua, a verdade venceu e, ambos podem celebrar. Mas quando você derrota uma pessoa, ela nunca é vencida. Permanece inimiga. No íntimo, fica esperando pelo momento certo de reivindicar seus direitos, de correr atrás do prejuízo.

A menos que você se unifique com a vida, nunca poderá conhecer a verdade. A unificação com a vida só acontece dentro de você. Não existe nenhuma maneira de conhece-la do lado de fora. Você pode andar o mundo todo, rodar de um lado para o outro, mas nunca descobrirá a verdade. Ela está dentro e não fora.

A vida não é um problema. Se você estiver tentando resolve-la, não a compreenderá. A porta da verdade está aberta, nunca esteve fechada. Se a porta estivesse fechada, os cientistas, os políticos e os brigões de plantão encontrariam uma maneira de fabricar a chave.

A vida não é um enigma para ser resolvido, é um mistério para ser vivido, hoje aqui e agora. Nenhum tipo de briga pode ser de alguma ajuda; nem com os outros nem consigo próprio.

Quando você procura briga, você a encontra. Mesmo que ninguém o insulte, mesmo   que  ninguém  queira   brigar, você a encontra.
 Então não as procure, caso contrário as encontrará em todo lugar que vá. Por exemplo: De repente alguém ri, não de você, quem afinal é você? Por que você pensa que tudo é com você? Você apenas está apenas passando e, então alguém ri; logo você pensa que estão rindo de você. Porque de você? Quem você pensa que é? Você é o ilustre quem? Se alguém ri, está rindo de você? Alguém xinga, está xingando você? Alguém está com raiva, está com raiva de você? Ora! Tenha paciência, se toca, você não é tão importante assim.

Toda essa paranóia está dentro de você. Você é que é brigão, violento, prepotente, presunçoso e arrogante. Você não pode criar a arrogância, se ela não estiver lá dentro. Você não pode botar para fora a prepotência se ela não estiver lá dentro. Quando se vira um copo o que está dentro cai. Quando alguém ri você pensa que é de você. Você é o problema não aquele que ri. Você é que está carregando a raiva, ele é a penas o pretexto, se não for ele será outro, qualquer outro. Ninguém lhe faz nada, você é que se faz. É a sua história interna, o conteúdo do seu copo, que sai para fora. É o transbordar do que você está cheio.

Uma semente cai no solo, germina, e uma árvore começa a crescer. O solo, o ar, a água o sol estão dando a oportunidade. Mas a árvore já estava escondida na semente. Você carrega a árvore inteira dentro de você e, os outros apenas lhe dão a oportunidade de germinar. Agora se sua árvore é um cactus todo retorcido, feio, cabeludo, cheio de espinhos venenosos, ou uma linda flor que a todos encanta e conquista, depende do que tem dentro de você.

Quando algo acontecer, não olhe para fora, não ache que a culpa é dos outros, olhe para dentro, porque seja lá o que esteja acontecendo, tem a ver com você, somente com você, ninguém tem nada com isso. Não se esqueça que a rudeza, a dureza, a grossura e a ignorância sempre perdem, tanto que os dentes caem e a língua fica.

“Na história da teimosia, entre a rudeza e a arrogância,

É tão forte a ignorância, tão cruenta, tão mordaz,

Que a própria sabedoria de tudo sabendo tanto,

Não pode saber de quanto o ignorante é capaz”

Lembre-se do ditado:

“Quando o arqueiro erra o alvo, não procura o defeito na flecha, no arco, no vento ou no alvo, procura o defeito em si próprio”.

“Realmente vitorioso não é quem vence em batalhas milhares de homens, mas sim, quem a si mesmo vence.” Dhammapada – ves. 103 – Séc. lll a.C.

Desejo que todas as coisas boas fluam para vocês, que os perigos não os alcancem, que nenhum mal os atinja, que todos possam ser felizes, saudáveis e com longa vida.

Na paz de Budha"
Getulio Taigen
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Fantástica reflexão...  
E é verdade:a vida que em nós pulsa é divina, mas tudo que acontece nela é nossa responsabilidade.
Precisamos nos conhecer profundamente...pagar o preço para isso, e aí, somente aí, viver mais plenamente.
Fiquei muito pensativa com este texto e quis repartir com vocês!
Espero que aproveitem...
Boa semana 
Tais 

domingo, 15 de janeiro de 2017

A ética e o sentido da vida

Era uma vez um homem que queria ouro. Ao amanhecer, colocou o seu chapéu e seu casaco e se dirigiu para o mercado. Foi até à loja de um mercador de ouro, pegou o seu ouro e fugiu.

A polícia o pegou e lhe perguntou,

“Por que você roubou o ouro de outra pessoa na frente de tantas pessoas?”

O homem respondeu,

“No momento em que o peguei, não vi as pessoas – vi apenas o ouro.”

A felicidade é inacreditável e parece quase impossível. Parece que o homem não pode ser feliz. Se você fala sobre a sua depressão, tristeza, miséria, todo mundo acredita nelas. Parece natural. Se você fala sobre sua felicidade, ninguém acredita, parece não natural.

Sigmund Freud, depois de 40 anos de pesquisa sobre a mente humana, trabalhando com milhares de pessoas, observando milhares de mentes perturbadas, chegou à conclusão de que a felicidade é uma ficção: o homem não pode ser feliz. No máximo, podemos tornar as coisas um pouco mais confortáveis, isso é tudo, podemos tornar a infelicidade um pouco menor, isso é tudo. Um homem feliz não pode existir? Parece muito pessimista, olhando para o homem moderno, parece ser exatamente o caso, parece ser um fato.

Budha diz que o homem pode ser feliz, tremendamente feliz. Krishna canta canções dessa derradeira felicidade (satchitanand). Jesus fala sobre a felicidade permanente no Reino de Deus.

Hum! como acreditar em tão poucas pessoas, contra toda a massa, milhões e milhões de pessoas através dos séculos, permanecendo infelizes, crescendo mais e mais em direção à infelicidade, toda a sua vida sendo uma estória de miséria e nada mais? E finalmente, a decrepitude e morte! Como acreditar nessas poucas pessoas que afirmam que a felicidade existe?

Ou elas estão mentindo ou estão enganando a si mesmas. Ou mentem por algum outro propósito ou estão doidas varridas (me desculpe, todo zen budista é assim mesmo) enganadas pelas próprias ilusões e desvarios. Estão vivendo num estado de querer preencher os seus desejos. Elas queriam ser felizes a todo custo e começaram a acreditar que eram. Parece mais como uma crença, uma crença desesperada, ao invés de um fato. Tudo bem! Está certo, mas eu pergunto? Como veio a acontecer que apenas poucas pessoas se tornaram felizes?

Se você se esquece do homem, se não presta muita atenção ao homem, então Buda, Krishna, Cristo, Mahavira, Láo Tse parecerão mais verdadeiros.
Se você parar com sua faina diária e olhar para as árvores, olhar para os pássaros, olhar para as estrelas, para o mar, para os rios, então perceberá claramente que tudo está vibrando com tremenda alegria, está tudo vivo e feliz. E você, dando vazão a sua mente condicionada, me perguntará: Então a felicidade é “feita” da própria matéria com a qual a existência é feita, tudo na natureza é só alegria e felicidade ? Somente o homem é infeliz.

Certamente, alguma coisa de muito errado aconteceu lá dentro dos homens, no seu íntimo, Budha e os outros Mestres não estavam enganados e não mentiram. E digo isso, não com a autoridade da tradição budista que tenho a honra de praticar; digo isso com a minha própria experiência. O homem pode ser feliz, mais feliz que os pássaros, mais feliz do que as árvores, mais feliz do que as estrelas porque o homem tem algo que nenhuma árvore, nenhum pássaro, nenhuma estrela tem. O homem tem consciência e livre arbítrio!

Entretanto, quando se tem consciência, duas alternativas são possíveis: você pode se tornar infeliz ou pode se tornar feliz. Você tem o livre arbítrio, pode escolher! As árvores simplesmente são felizes porque elas não podem ser infelizes. A felicidade delas não é liberdade de escolha delas, elas têm de ser felizes. Elas não sabem como ser infelizes; elas não tem alternativa. Esses pássaros cantando nas árvores, eles são felizes! Não porque tenham escolhido ser felizes, eles estão simplesmente felizes porque não conhecem outra maneira de ser. A felicidade deles é inconsciente. É simplesmente natural.

O homem pode ser tremendamente feliz ou tremendamente infeliz, e ele é livre para escolher. Essa liberdade é arriscada. Essa liberdade é muito perigosa, porque você se torna responsável (lembrei-me do Pequeno Príncipe de Exupéry). E alguma coisa aconteceu com essa liberdade, alguma coisa aconteceu de errado. O homem está, de certa forma, de cabeça para baixo.

Pessoas chegam ao San Zen Dojo buscando a meditação, buscando a calma, a tranqüilidade, a eqüanimidade, em suma procurando a alegria perdida. A meditação é necessária apenas porque você escolheu não ser feliz. Se você tivesse escolhido ser feliz, não haveria necessidade de nenhuma meditação,
de nenhuma religião. A religião é como um remédio, a gente só toma se estiver doente. Se você está doente, então um antibiótico é necessário, ou então uma sessão de acupuntura. Uma vez que você tenha começado a escolher a felicidade, uma vez que tenha decidido que você tem de ser feliz, então nenhuma meditação é necessária. A meditação começa a acontecer por si mesma. A meditação é uma função do estar feliz. A meditação acompanha um homem feliz como uma sombra: onde quer que ele vá, seja lá o que estiver fazendo, ele está meditativo. Ele está intensamente concentrado. A palavra “meditação” e a palavra “medicina” vêm da mesma raiz. Você não carrega frascos de remédios e receitas com você se está saudável.

Existem tantas religiões por aí porque a cada dia mais pessoas estão infelizes. Uma pessoa feliz não precisa de religião; uma pessoa feliz não precisa de templo, de igreja, de médicos, porque para uma pessoa feliz, todo o universo é um templo, toda a existência é uma igreja, essa pessoa não fica doente porque seu corpo e mente funcionam perfeitamente e, partindo do princípio de que tudo tem seu oposto, se o corpo tem a doença, também tem a cura. A pessoa feliz não efetua nada que se pareça com uma atividade religiosa porque toda a sua vida é religiosa, é sagrada.

Seja lá o que você fizer com felicidade, é uma oração: o seu trabalho se torna uma devoção, o simples fato de atender um paciente e diminuir seu sofrimento é uma verdadeira benção; a sua própria respiração tem um intenso esplendor, uma graça. Não precisa ficar o tempo todo repetindo o nome de Deus, somente os incultos fazem isso. Deus não tem nome, é o inominável e repetindo algum suposto nome você simplesmente anestesia a sua mente. Você não vai a lugar algum repetindo o seu santo nome. Um homem feliz simplesmente “vê” que Deus está em todo lugar. Você precisa apenas de olhos felizes para enxergá-lo. Mas, infelizmente não é assim que acontece, não é isso que se observa. Afinal, o que aconteceu de errado?

Você foi criado por pessoas que ainda não chegaram lá. Você foi criado por pessoas que não eram felizes.  Sinta   pena   delas!    Não
estou dizendo para ser contra elas; não as estou condenando. Apenas sinta compaixão por elas. Os pais, os professores da escola, os professores da universidade, os assim chamados líderes da sociedade, eram pessoas infelizes. Eles criaram um padrão de infelicidade latente em você. E você ainda não assumiu a sua vida. Eles vivenciavam uma má interpretação da vida, essa era a miséria deles. E você também está vivendo sob esta mesma má interpretação.

Na época do Império Britânico na Índia, um jovem subalterno viajou a uma parte distante do Punjab para se juntar ao seu primeiro regimento. Ele se apresentou ao coronel que lhe deu boas vindas e disse, “Você tem de compreender, Skiffington Smythe, que precisamos de um tipo de oficial muito especial por aqui. Alguém que possa lidar com os nativos, alguém que possa pensar por si mesmo e manter-se frio numa situação difícil. Assim, criamos um pequeno teste que exigimos que os novos oficiais o façam. Você está pronto para tentar?”

“Certamente, senhor,” disse o bravo jovem oficial britânico, todo empertigado.

“Muito bom,” respondeu o coronel. O teste é bem simples, divide-se em duas partes: antes de mais nada, você tem de ir até o mercado da cidade, onde pegará a primeira mulher que vir, irá rasgar o seu véu e beijá-la bem nos lábios (eles estavam na Índia). Esse é um procedimento bastante perigoso já que os homens aqui são muito ciumentos, violentos e portam facas o tempo todo. Você tem que beijar essa mulher e, naturalmente, escapar com vida. Depois, tem de ir até à selva fechada e atirar no primeiro tigre que enxergar, o tiro tem que ser bem entre os olhos. Entendeu tudo?”

“Sim, senhor,” respondeu o subalterno.

E com isso, o coronel deu ao jovem oficial um rifle com apenas uma bala. O bravo jovem fez a saudação, girou sobre seus calcanhares e se foi.

Uma semana mais tarde, o coronel ouviu um arranhar na sua porta. Ele gritou para quem estivesse ali para entrar: a porta se abriu e uma figura caiu sobre o tapete de entrada. Era Skiffington Smythe, o jovem oficial!

Esfolado, quebrado, cheio de pêlos e sangrando em pelo menos uma dúzia de ferimentos, se arrastou pelo chão, ergueu-se dolorosa e dificilmente sobre seus pés até a mesa do coronel, fez uma saudação fraca e titubeante e disse:

“Tudo bem, senhor… a metade da tarefa eu já cumpri, agora onde está essa mulher que eu tenho que atirar bem entre os olhos … ?!”

Quando olho para a humanidade, para meus alunos

do centro zen, para meus pacientes, para os amigos, para os meus parentes, vejo o mesmo problema. Alguma coisa profundamente errada aconteceu. Todos compreenderam mal as instruções, não leram a bula, e as instruções pareciam tão claras.

“Era uma vez um homem em chi que queria ouro. ao amanhecer, colocou o seu chapéu e seu casaco e se dirigiu para o mercado. foi até à loja de um mercador de ouro, pegou o seu ouro e fugiu. a polícia o pegou e lhe perguntou: – Por que você roubou o ouro de outra pessoa na frente de tantas pessoas? O o homem respondeu: – No momento em que o peguei, não vi as pessoas, vi apenas o ouro.”

É uma parábola. Ela diz: “Se você sabe exatamente o que quer, vê apenas isso. A concentração acontece facilmente. Se você sabe exatamente o que quer, então toda a vida e todo o mundo acontece dessa maneira, você nem sequer os vê. Você vai como uma flecha. Você não fica distraído. Mas se você não sabe qual o significado de estar aqui, se você não sabe qual é a razão da sua vida, se você não sabe o que realmente quer, então tudo é uma distração, você é puxado nessa e naquela direção, e isso acaba criando muita confusão mental.

Você é puxado em tantas direções ao mesmo tempo que a sua personalidade fica quebrada, dividida. Somente fragmentos: um fragmento vai para o norte, outro fragmento vai para o sul. Você está continuamente em conflito. Não sabe onde está indo porque você não é mais “um”. Você só se torna “uno” quando sabe o que quer. Desse modo é óbvio que a sua vida não pode ter uma unidade orgânica em si. Você não tem nenhum senso de direção. Mas nunca é tarde demais. Você pode tomar posse da sua vida a qualquer momento. Se você decidir, então a primeira coisa a fazer é: não ouça a voz dos seus parentes dentro de você, não ouça a voz dos seus professores dentro de você, não preste atenção em nenhuma voz em especial. Apenas, sente-se, feche os olhos e tente sentir: seja lá o que você queira, o que você precisa, o que vo cê deseja, é seu mesmo? te pertence realmente? Aquele querer, aquele desejo, aquela necessidade. Tente descobrir, tente conferir a quem pertence essa voz, a quem pertence esse querer.

Se você escutar silenciosamente, se surpreenderá: Sua mãe estará dizendo, “Torne-se um médico!” E você será capaz de perceber exatamente quem está dizendo isso. Seu pai estará falando, “Fique rico!” O seu irmão estará dizendo, “Compre-me um carro”, seus professores, “Estudem para a prova, façam o trabalho!”, seus vizinhos estarão dizendo outras coisas mais malucas ainda. E não apenas isso: Eles estarão dizendo alguma coisa com seus lábios e uma outra coisa com os seus olhos; dizendo uma coisa, significando outra.

Alguém lhe diz, “Seja honesto, seja verdadeiro!” e você sabe que ele mesmo não é honesto e não é verdadeiro, você pode ver isso nos seus olhos, não no som que sai de sua boca. Se olharmos com calma, serenidade e desapego, poderemos ver muito profundamente, poderemos penetrar e “enxergar” a mentira.

Coisas são ensinada na escola, mas a vida é muito dinâmica, tem outras necessidades. Surge a confusão, o conflito. As contradições vão se acumulando e elas o puxam em diferentes direções. Assim, você não está mais unido, “uno”, a sua unidade é perdida. Você é uma multidão, uma multidão louca e desorientada.

Tem que se desprogramar, compreenda isso. Aquilo que você aprendeu errado pode ser desaprendido. O que você aprendeu com os outros não é natural para você: você pode apagar isso. Apenas uma pequena consciência é necessária. Então a primeira coisa é apagar tudo o que foi incutido incorretamente em você e somente então você será capaz de escutar a voz do seu próprio coração novamente.

Mas, como distinguir o que é o quê, o que é a voz da mente e o que é a voz do coração? Por enquanto é difícil distinguir: primeiro você tem de limpar a mente dos erros. A voz do coração é muito silenciosa e muito pequena. A da mente é muito barulhenta: ela continua a gritar coisas. O coração sussurra. A mente grita.

Seus pais gritavam com você, seus professores na escola gritavam com você, todos gritam muito, falam muito alto. A mente grita. Deus fala em sussurros. Primeiro o seu grito tem de ser cessado, do contrário, é muito difícil… a voz que você ouve o dia inteiro não é sua, não é do seu próprio coração.

Uma coisa é certa: você não pode jamais se tornar outra coisa que não seja você mesmo, e a menos que se torne você mesmo, você não pode ser feliz. A felicidade acontece apenas quando uma roseira faz crescer rosas; quando ela floresce, quando tem a sua própria individualidade. Você nunca poderá ser uma roseira tentando produzir flores de lótus, isso é criar infelicidade.

Apague esse grito na mente. E a maneira de fazer isso não é com luta: a maneira de apagá-lo é apenas tornar-se ciente. Todas as noites, por alguns minutos, sente-se na sua cama e apenas observe de onde você ouve alguma coisa, simplesmente vá até às raízes das vozes. Siga a trilha, vá para trás, encontre o lugar de onde isso vem.

Se procurar, você encontra a fonte, e no momento em que encontrá-la, sentirá um grande alívio. É um trabalho lento, mas se você trabalhar com afinco, dentro de pouco tempo, se sentirá muito limpo.
O seu “livro” está limpo, ninguém mais está escrevendo nele. Então, somente então, você será capaz de ouvir aquela pequena “voz silenciosa”. E uma vez que a escute, o próprio escutar é como um trovão repentino. De repente, você está unido, de repente você tem uma direção, de repente você sabe onde está o seu ouro. E então você não vê ninguém, você simplesmente vai como uma flecha em direção ao seu destino.

É muito fácil seguir seus pais, é muito fácil seguir seus professores, é muito fácil seguir a Budha, a Cristo, é muito fácil seguir a sociedade, é muito fácil ser obediente. Agora ser rebelde, questionar, estar por si mesmo, é muito difícil. Mas o crescimento e a felicidade só vem com o caminho difícil.

Era uma vez um fazendeiro que, depois de uma colheita pobre, reclamou: “Se Deus me deixasse controlar o tempo, tudo seria melhor porque, pelo visto, Deus não sabe muita coisa sobre agricultura.” Então o Senhor Deus lhe disse: “Por um ano, eu lhe darei o controle do tempo; peça o que desejar e você obterá.” Naqueles tempos antigos, Deus costumava fazer isso, não tinha muita gente e ele ainda se permitia certos luxos. Depois ele se encheu de trabalho e, coitado não pode mais.

O pobre homem ficou muito feliz e imediatamente disse, “Agora eu quero Sol,” e o Sol saiu. Mais tarde, ele disse, “Faça a chuva cair,” e choveu. por todo um ano, primeiro o Sol brilhava e então chovia. As sementes cresceram e cresceram, era um prazer olhar. “Agora Deus pode entender como controlar o tempo,” disse orgulhosamente. A colheita nunca foi tão grande, tão verde, um verde tão luxuriante.

Era época de colheita. O fazendeiro pegou sua foice para cortar o trigo mas que tristeza. As espigas estavam praticamente vazias. O Senhor veio e lhe perguntou, “Como está a sua colheita?” O homem reclamou, “Pobre, meu Senhor, muito pobre!” “Mas você não controlou o tempo? Tudo o que você queria não deu certo?” “É claro! E essa é a razão pela qual estou perplexo. Tive a chuva e a luz do Sol que pedi mas não há colheita.” Então o Senhor disse, “Mas você nunca pediu vento, tempestades, gelo e neve, e tudo o que purifica o ar e torna as raízes duras e resistentes? Você pediu chuva e Sol, mas não tempo ruim. Essa é a razão porque não existe colheita.”

A vida é possível apenas através de desafios. A vida é possível apenas quando você tem ambos, bom tempo e mau tempo, quando você tem ambos, quando você tem ambos, inverno e verão, dia e noite. Quando você tem ambos, tristeza e alegria, desconforto e conforto. A vida se move entre essas duas polaridades, Yin e Yang. Movendo-se entre essas duas polaridades, você aprende como ter equilíbrio ou usando um jargão médico, homeostase.

Se você escolhe o conforto, conveniência, a facilidade, escolhe a tristeza. Foi exatamente assim que você perdeu a felicidade: você escolheu a conveniência ao invés dela. É muito conveniente seguir a voz dos outros, mas assim você não cresce. Você está tentando obter os tesouros da vida de forma muito barata. É necessário que você pague por isso. Nunca tente obter algo sem pagar, simplesmente, não aceite, sinta-se insultado. Não aceite, isso está abaixo de você. Diga: “Eu pagarei por isso, somente então aceitarei.” De fato, se algo lhe for dado sem estar pronto para isso, sem você ser capaz disso, sem estar receptivo para isso, você não será capaz de tê-lo por muito tempo. Você vai perde-lo, esquece-lo, logo, logo. Você não será capaz de apreciar o seu valor. A vida nunca lhe dará nada barato, porque s e for dado sem que haja esforço de sua parte, você não consegue aproveitar.

Escolha o caminho difícil. E ser um indivíduo é a coisa mais difícil no mundo porque ninguém quer que você seja um indivíduo.
Todo mundo quer matar a sua individualidade e fazer de você uma ovelha medíocre. Ninguém quer que você esteja por si. Portanto, você continua a perder a felicidade, continua a perder a direção, não pode ser nada por mais de uma fração de segundo. Como pode ser bem-aventurado?

Escolha o seu próprio destino, ou Karma como lhe aprouver. Ninguém pode mostrá-lo para você. Qual é o seu destino/Karma, ninguém sabe, nem mesmo você. Você tem de senti-lo, vivê-lo.

Primeiro, abandone tudo o não seja seu, tudo que é emprestado no seu ser e então será capaz de sentir. Isso sempre o leva ao lugar certo, ao objetivo certo. A coisa que você chama de consciência exatamente agora não é a sua consciência, é um substituto, uma pseudo-consciência, falsa, imitada, limitada. Abandone-a! E no próprio abandonar, será capaz de enxergar, por trás dela, a sua consciência de verdade que tem lhe esperado, que está lhe aguardando. Uma vez que essa consciência surja para você, a sua vida tem uma direção. Para abandonar o que não é seu e, portanto não lhe pertence, apenas sente-se. Sente-se confortavelmente sem pensar em nada em especial, sem prestar atenção a nada que venha a sua mente, sem conceituar os pensamentos como bons, agradáveis ou neutros, apenas sente-se e não queira nada, não deseje nada, não tenha aversão a nada ne m espere nada. Sente-se apenas.

Sim, aquele homem estava certo. Ele disse: “no momento em que o peguei, não vi as pessoas – vi apenas o ouro.” Quando você sentir o seu destino/Karma, você vê apenas o seu destino/Karma, você vê apenas o ouro. 
Getulio Taigen
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domingo, 8 de janeiro de 2017

Surpreendente efeito de aceitar “tudo que me lamento, queixo ou acuso”

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O alemão Bert Hellinger, terapeuta e criador da cada vez mais popular “Constelações Familiares“, ou “Constelações Sistêmicas“, é autor de diversos livros sobre o que chama de princípios e leis dos relacionamentos humanos, como “A Simetria Oculta do Amor” e “O Essencial é Simples“, e deles vem uma série de aforismos profundos sobre auto-conhecimento e a cura de relações. Um deles, por exemplo, diz que “o critério para o que é bom é baseado no que traz alívio a alguém, o que traz alegria ou que reduz um estresse” (Acknowledging what is: Conversations with Bert Hellinger, 1999). Outro diz que “A experiência pode ser significativa apenas quando a deixamos pra trás. Significando: seguindo em frente, transformado” (On Life and Other Paradoxes: Aphorisms and Little Stories from Bert Hellinger, 2002).

Mas gostaria de trazer um aqui que fala sobre a comunicação que usa o lamento, a crítica ou a queixa, algo bastante fácil de fazer, e que alguns podem entender como bastante natural, necessário até, e talvez obrigatório. O aforismo diz o seguinte: “Tudo aquilo de que me lamento ou queixo, quero excluir“, segundo Hellinger. A frase é o início de um texto que segue abaixo sobre um tipo de postura ou atitude psíquica reativa diante de algo ou alguém. Diante do mundo, basicamente. Hellinger é um estudioso e um experimentador nato, um psicoterapeuta que une um lado poderoso da observação e da capacidade de compreensão com a experiência aberta e comprometida com a verdade, então não é uma atitude muito prudente simplesmente negar essas afirmações sem uma reflexão séria. E partindo do princípio que todos nós já nos lamentamos, criticamos ou nos queixamos de alguma coisa ou de alguém, ou que podemos estar fazendo isso com certo engajamento, pode ser interessante entender o que esse curador veterano tem a dizer sobre a dimensão mais profunda dessa atitude.

Mais interessante que isso pode ser considerar a sugestão de Hellinger: integrar o que se rejeita. Fazer isso é acolher a própria sombra, reconhecer o que tivemos alienando em nós mesmos há muito tempo, e assim uma libertação — de nós mesmos e de todos os outros. Não é fácil, pois a tarefa de acusar e criticar é, em si mesma, um mecanismo de não ver e de continuar não vendo (vemos nos outros). Mas a frase inicial tem um poder especial, que talvez suscite uma curiosidade em nossa consciência, de talvez aceitá-la, de talvez pesquisá-la, de talvez experimentá-la.
By Nando Pereira (Dharmalog.com)

“O melhor trabalho político, social e espiritual que podemos fazer é parar de projetar nossa sombra sobre os outros”.
 Carl G. Jung (1875-1961)
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Eis o texto:

“Tudo aquilo de que me lamento ou queixo, quero excluir. Tudo aquilo a que aponto um dedo acusador, quero excluir. A toda a pessoa que desperte a minha dor, estou a excluí-la. Cada situação em que me sinta culpado, estou a excluí-la. E desta forma vou ficando cada vez mais empobrecido.

O caminho inverso seria: a tudo de que me queixo, fito e digo: sim, assim aconteceu e integro-o em mim, com todo o desafio que para mim isso representa. E afirmo: irei fazer algo com o que me aconteceu. Seja o que for que me tenha acontecido, tomo-o como a uma fonte de força. É surpreendente o efeito que se pode observar neste âmbito. Quando integro aquilo que antes tinha rejeitado, ou quando integro aquilo que é doloroso para mim, ou que produz sentimentos de culpa, ou o que quer que me leve a sentir que estou a ser tratado de forma injusta, o que quer que seja… quando tento incorporar tudo isso, nem tudo cabe em mim. Algo fica do lado de fora. Ao consentir plenamente, somente a força é internalizada. Tudo o resto fica de fora sem me contaminar. Ao invés, desinfecta, purifica-me. A escória fica de fora, as brasas penetram no coração.”

Bert Hellinger
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Depois deste texto...só reflexão!
Boa semana
Tais

domingo, 1 de janeiro de 2017

Para atrair algo à sua vida, imagine que você já o tem

Todos nós nos sentimos sobrecarregados quando nos propomos um novo projeto: as dúvidas sobre se iremos conseguir, se valemos o suficiente ou se iremos decepcionar aqueles que amamos. Perguntas que imaginamos e que se apoderam de nós.

As pessoas prevenidas têm medos e as corajosas os podam e estabelecem limites. Imagine o que você quer na sua vida e, a partir daí, lute para conseguir.
Atraia o positivo, não deixe de sonhar
Antes de dar um passo em direção ao futuro, imagine o que você quer encontrar nele. Não importa quanto tempo demore para realizarmos os nossos sonhos, precisamos lutar para fazer com que eles se tornem realidade. Por mais difícil ou impossível que pareça aquilo que imaginamos, vale a pena tentar; na verdade, certamente muitos dos atores, jogadores de futebol, cientistas ou referências que temos em diversos campos já pensaram o mesmo em algum momento de sua vida.

“-A ilusão não se come – disse ela.
-Não se come, mas alimenta – replicou o coronel.”
-Gabriel García Márquez

Eles, por sua vez, também partiram do nada e deram o melhor de si para conseguir alcançar suas metas. Mas antes de tê-las, eles as imaginaram. Certamente não é fácil chegar a uma posição privilegiada, mas é preciso eliminar as preocupações que carregamos dentro de nós.

Imagine um objetivo o grande e tente alcançá-lo com passos de bebê.
Tenha paciência e peça quanta ajuda for necessária, porque as pessoas que o amam irão se orgulhar de ver você triunfar; e se não for possível, irão valorizar você ainda mais por ter vencido suas dúvidas e por ter tentado. Pense que se ninguém tivesse imaginado, hoje em dia por exemplo nem sequer teríamos aviões para nos transportar de um continente ao outro em poucas horas.
Quando alguma coisa der errado, levante-se.

Quando imaginamos nosso futuro ideal, poucas vezes temos a consciência de como o caminho é longo, pois ele, além de grande, provavelmente estará cheio de obstáculos. No entanto, não há melhor forma de perceber isso do que começar a desbravá-lo e desfrutar de cada uma das lições que iremos aprendendo. Imagine e depois acredite.

De fato, todos conhecemos aquele ditado de que “ninguém disse que iria ser fácil”, e efetivamente, poucas coisas são fáceis de conseguir no nosso mundo: as lições também servem para nos tornarmos mais fortes e valorizarmos nosso próprio esforço. Pode ser que isso seja mais motivo de orgulho do que conseguir o tão almejado fim.“As pedras: podemos lançá-las, reclamar delas, tropeçar nelas, andar por cima delas ou construir com elas.”
-William Arthur Ward-

Não desista e lute com todas as suas forças: se você imaginar o seu sonho com clareza, também será mais fácil escolher seus passos para chegar até ele, mesmo que às vezes tenha que se desviar um pouco do caminho. No final do dia, estas são as coisas que colocam o nosso talento à prova, saber estar e determinar com inteligência até que ponto estamos dispostos a arriscar pelo que queremos.

Imagine e traga a sua imaginação à vida

Você já está preparado: consciência e força de vontade são as bases. O passo seguinte é o seu plano; leve o tempo que for preciso para elaborá-lo, com cuidado e com expectativa. A nossa mentalidade trabalha muito, por isso, se você imagina os seus objetivos desde a fase inicial, suas ações irão ser moldadas em volta deles. Desfrute do caminho e das pessoas que ele traz para a sua vida, sem esquecer a força que a imaginação tem sobre os nossos atos e os resultados.

A partir daqui, sonhe: dê um passo a frente, mesmo que seja a coisa que mais lhe cause medo no mundo, pois no momento em que superar este medo, você vai se sentir orgulhoso e vai até mesmo rir daquele “eu” do passado que não se atrevia a caminhar.
“Nunca desista de tentar fazer o que você realmente quer fazer. Onde existe amor e inspiração, nada pode dar errado.”
-Ella Fitzgerald-

Você já está mais perto daquilo que imaginou, a chave está em continuar caminhando e olhar para frente. Quando menos esperar, você não vai nem precisar pensar, porque já estará vivendo: esta é a sua vida, aquela da qual você foi atrás com tanto esforço.

Por: Cristina Trilce
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Confesso à vocês que sempre achei "bobagem"essa história de "imaginar"... até que me vi diante de aulas dentro do Ciclo De Estudos da Prosperidade, e ouvi muitos depoimentos de pessoas que, através das aprendizagens realizadas no mencionado ciclo (uma delas a imaginação)conseguiram alcançar  metas.
Grandes metas, sonhos quase impossíveis... mas através de um Projeto de Vida, mudanças de posturas, crença que tudo que projetamos, na verdade já existe,  e apenas nos reconectamos com eles - foram realizados.
Aprendemos também que o poder da oração, das boas palavras e dos pensamentos positivos,  têm poder de realização.
Foi uma surpresa... onde procedimentos relativamente simples, proporcionaram tantas mudanças.
Escreva seu projeto (importante escrever), abranja todas as áreas de sua vida ( pessoal, familiar, financeira, profissional, social etc) e, sonhe alto, pois tudo é realizável sim! 
É uma questão de organização, orientação e disciplina. Creia.
Bom início de ano à todos vocês (com muitos projetos).
Tais