domingo, 27 de dezembro de 2015

Uma dieta diferente para seu Ano Novo

O fim do ano está aí e sempre prometemos começar uma dieta no ano que vem. Que tal essa dieta?

Dieta dos Relacionamentos
"Você deve pensar, essa emagrece? Certamente mais que emagrecer, as pessoas estejam precisando fazer dieta dos relacionamentos. O que é isso? Como se faz? Vou tentar explicar, pois uma coisa é certa, você perde peso do que você carrega na vida. E não há emagrecimento melhor. Do que adianta você emagrecer, ficar bonita diante do espelho, mas no seu interior se sentir pesada?

Sabemos que quando o corpo acumula peso além do normal, é conseqüência do acúmulo de coisas variadas (açúcares, gorduras, etc) que precisam ser eliminadas, pois fazem mal a saúde. Então, logo pensamos em fazer dietas para emagrecer.

Sofremos o que for preciso para perder alguns quilinhos. As pessoas
falam de tantas dietas: da lua, da sopa, jejum, do líquido, da USP e assim por diante. Mas também podemos pensar na dieta dos relacionamentos.

A dieta dos relacionamentos está relacionada às impurezas (sentimentos negativos, ódio, vingança, mágoa, inveja, egoísmos, etc), aos conflitos internos e das relações, do respeito às diversidades, da escalas de valores, o ego como produtor de impurezas em nossa vida. Certamente você deve ter alguém que um dia lhe deixou uma mágoa e que você gostaria de conversar e até hoje está engasgada e sempre ela vem no seu pensamento, incomoda, e você não teve a iniciativa de procurá-la. Não sabe o porquê do acontecimento, ou talvez saiba, mas por orgulho, não queira ir atrás.

Pare para pensar. Nada será resolvido, nada será passado a limpo, mesmo que seja para terminar uma amizade, uma relação, mas um peso ficará entre vocês. Então procure essa pessoa, converse e perca alguns quilos, mesmo que termine por aí.

Acho que todas as páginas de nossa vida devem ser viradas. Se alguma ficar dobrada, essa certamente ficará pesada e fazendo mal para nós mesmo. Não se preocupe com o que o outro irá pensar. Pense que você quer tirar essa impureza de dentro de você. Liberte os sentimentos negativos de dentro de você, saiba
perdoar, não guarde ódio, não tenha inveja, não passe por cima das pessoas, não seja egoísta, não pense em somente si próprio, não seja negativo, mal humorado. Esses pesos, além de tudo, trazem doenças para seu organismo.

Como fazer? Esse é um treino que devemos ter paciência, pois levamos anos adquirindo esses pesos e não podemos querer perdê-los rapidamente. Devemos lembrar todo dia, em cada atitude. Assim como colocamos um objetivo de quantos quilos queremos perder, devemos colocar esses objetivos e lembrá-los sempre. Cairemos de vez em quando, mas voltaremos a eles e seguiremos. É treino e paciência. É ter consciência de que não somos os donos do mundo, apenas pensamos ser.

Mas mexer com essas coisas, talvez não seja fácil. Porém, quando conseguimos, a sensação que temos é que perdemos muito mais quilos do que nas dietas para perder peso.
Isso só é possível através da abnegação. Abnegação não significa ódio a si mesmo, auto desprezo ou rejeição do ego. É a recusa em deixar que os interesses ou as vantagens pessoais governem o curso da vida de uma pessoa. E nada como o começo do ano, quando prometemos coisas novas em nossas vidas, até mesmo o famoso regime, mas nunca pensamos na dieta dos relacionamentos.

Pense nisso para 2016 em sua vida, ou melhor, para o resto da sua vida. A dieta dos relacionamentos restabelece a energia do amor. Assim como precisamos eliminar as impurezas que afetam o corpo, precisamos também eliminar as impurezas que afetam as nossas relações, Não deixe que os interesses ou vantagens pessoais governem o curso da sua vida. Aprendi com uma pessoa o seguinte: "ninguém pode ver os laços que nos unem, mas todos podem ver as intrigas que nos separam”. O ego é o maior produtor de impurezas da nossa vida. Para se satisfazer ele precisa se alimentar da gordura da realização dos nossos interesses e do açúcar da aparência de quem não somos.

Eu já estou fazendo a minha e sinto-me muito melhor. Que tal, iniciar esta dieta para uma melhor qualidade de vida? Então, comece agora."

Cristina Fogaça (com adaptações)
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Quando nos olhamos no espelho, sempre vemos marcas que o tempo se incumbe de nos ofertar; machucados por um acidente qualquer, linhas que o próprio tempo deixa, olhos que exprimem sofrimento, alegria, tristeza, satisfação, decepção, enfim, vemos a matéria, ou seja, o resultado de nossa vida em forma física... isso, vemos em nós mesmos e podemos ver nos outros... mas a alma... ah... isso somente nós podemos ver e sentir, quando se trata de nós mesmos.
Olhe para dentro de si e tente lembrar o que foi feito de bom ou ruim;procure repetir as coisas boas, muitas e muitas vezes...
Erros?
Aprenda a lição que eles trouxeram para não repeti-los...
Acontecimentos ruins involuntários, esqueça e pense que no futuro virão muitas coisas boas e que você será forte para enfrentar quaisquer situações complicadas ou embaraçosas que possam aparecer.
Seja positivo, afinal há o livre arbítrio e é você quem decide como quer viver a sua vida.
Escolha o melhor!
Desejo a você um ano novo repleto de saúde, paz, felicidade, amor e prosperidade.
Tais

domingo, 20 de dezembro de 2015

Uma mensagem sistêmica de Natal

"Jesus dizia: amai aos vossos inimigos. Onde estão os seus inimigos? Será o meliante que lhe espreita numa viela escura? Ou o colega de trabalho invejoso, que está prontinho para lhe puxar o tapete? Quem sabe seja aquele cunhado irresponsável, que sempre lhe pede dinheiro emprestado e nunca paga? Talvez o político que você acabou de eleger, e que, sem pudores nenhum, você mesmo diz, de boca cheia: corrupto!?

Olhamos para o mundo e vemos inúmeras razões para temer o outro ser humano. Ou pelo menos, para desconfiar, e então, criar um muro de repulsa e indiferença. Um mestre espiritual, Prembaba, diz que a indiferença é a maneira mais sutil do ódio… Pois é… Em maior ou menor intensidade, odiamos o outro ser humano, pois ele pode nos ferir, nos magoar, nos furtar, nos enganar, discordar das nossas verdades, zombar e caçoar, nos rebaixar.

Para que tapar o sol com a peneira? O convívio social é isso mesmo: pessoas em constante atrito, e por ignorância, competição.
E isso ocorre também, e principalmente, nas relações familiares, nas relações mais íntimas. É onde nos achamos mais vulneráveis, porque não esperamos que aqueles que mais amamos, num ambiente onde queremos nos sentir protegidos, possam nos ferir, nos tirar o chão. E eles tiram. Papai desvaloriza meu trabalho. Mamãe protege mais o meu outro irmão. Irmãzinha sacaneia e mente para me colocar pra escanteio. Marido diz que me ama, mas não é capaz de me ouvir vinte minutos, sem querer dizer o que é certo ou errado pra mim – e assim mostrando que me acha sempre errada. Mulher evita, só de birra, a relação sexual, pois sabe que isso me deixa enfurecido. De onde vem este conflito? Por que temos tantos “inimigos” a nos confrontar, o tempo todo, no nosso ambiente mais íntimo?

A guerra e a paz está em nosso sistema familiar
Herdamos, emocionalmente, muitas situações de conflito, originárias do nosso sistema familiar. Olhe para trás, e somente naquilo que você sabe, e veja quantas separações, quantas traições, quantos filhos fora do casamento, quantos abortos, quanta mentira no relacionamento familiar, quantas dores, quantos desfalques, atos abomináveis e até desumanos… tudo isso faz parte de você. Tudo isso é energia que pulsa em seu íntimo. Por mais que, conscientemente, você negue ser um assassino, um depravado, uma mãe irresponsável, um pai que abandona o filho, um trabalhador fraco e covarde, estas energias fazem parte do seu sistema familiar. E foram justamente estas energias, e a força vital que lhe trouxe a esta vida, que o mantém vivo, sobrevivente, com força para superar tudo isso e fazer algo bom da sua própria vida. Por isso, costumo dizer que todos estes fatos são bênçãos, dádivas divinas, verdadeiros tesouros que o universo nos provê, nos preparando para a luta do dia-a-dia.

O inimigo está em seu próprio sistema familiar. Perdoar ao vosso inimigo é reconhecer que você é igual às coisas mais abomináveis que combate, pois se elas lhe incomodam tanto, é porque você sabe, inconscientemente, que fazem parte de si. É amar a si mesmo, do jeito que você é, com todas as virtudes mas, principalmente, com todas as mazelas. Sem a máscara do bonzinho, do espiritualizado, do evoluído. E também sem a máscara do coitado, do sofredor, da vítima.

Convido você a celebrar este Natal com estes olhos compassivos para si, para seus pais, avós e todo o sistema familiar. Ame ao inimigo que está em você. Permita que ele exista. Permita que a criança interna, ferida e desprezada, seja vista, reconhecida, e acariciada. Permita que os seus sentimentos de rejeição, abandono, desprezo e dor existam. Eles fazem parte. Deixe que a força crística, simbolizada pelo Natal, tome posse desses sentimentos, e os transmutem em aceitação, acolhimento, apreço e prazer. Se você realmente capta o sentido destas palavras, é porque um grão de amor em seu coração vibrou, e deseja espalhar aceitação e honestidade em si e em seu próprio sistema familiar. É porque a mentira e as máscaras sociais que você utilizou para se proteger e mostrar que não tinha tanta dor, mágoa e raiva em si estão caindo, desnudando alguém absurdamente humano. Um ser humano. Com tantas e tantas e tantas histórias, conflitos, superações, quedas… Um ser humano que foi, vezes e vezes, da manjedoura à cruz. 
Da santa ceia aos pregos cravados em suas próprias mãos. Do olhar amoroso às súplicas ao Pai, buscando perdão àqueles que não entendem o que fazem. Buscando perdão a si mesmo, que não entende o que faz. Sim, você viveu tudo isso. Se não nesta vida, com certeza nas vidas anteriores, vividas pelos seus antepassados, que na realidade, são você. Você foi anjo e demônio. Culpado e inocente. Vítima e agressor. Mestre e aluno. Desprezível e admirável. Simplesmente, você foi um ser humano. Na medida em que a força crística se derrame sobre a verdade pura, honesta e simples, de quem você é, que o seu sistema familiar também possa ser abençoado. E que você possa viver, realmente, em estado de comunhão natalina. Sentar à mesa da sua família, e olhar aos seus irmãos, pai e mãe como iguais. Marido, como igual. Esposa, igual. Filho, idem. Nem melhor, nem pior. Olhar ao seu passado e dizer: sim, foi assim. E eu respeito e reverencio.

E quem sabe, neste reconhecimento total de ser somente um humano, você também vislumbre o seu lado divino. Quem sabe Cristo lhe dê a graça de mostrar-se em si mesmo, no momento em que você deixar a necessidade de ser quem você não é, e simplesmente ser quem você é. Quem sabe Jesus nasça, em seu coração, aqui e agora. Se isto ocorrer, olhe-o nos olhos, e diga: feliz Natal. Se isso não ocorrer, mesmo assim, segure seu coração em suas próprias mãos, e diga: feliz Natal. Eu me abençôo, do jeito que sou."
Alex Possato
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Quero em especial agradecer aos seguidores de meu Blog, aos clientes do consultório e das Constelações e aos meus amigos pessoais. Foi um ano de muito trabalho e muita colheita.
Muito Obrigada!

Também é tempo de refazer planos, reconsiderar os equívocos e retomar o caminho para uma vida cada vez mais feliz. Teremos outras 365 novas oportunidades de dizer à vida, que de fato queremos ser plenamente felizes. Que queremos viver cada dia, cada hora e cada minuto em sua plenitude, como se fosse o último. Que queremos renovação e buscaremos os grandes milagres da vida a cada instante.
Natal é hora simbólica de renascer, de florescer, de viver de novo. Aproveite este Natal que está chegando para agradecer, agradecer e agradecer! Não importa como foi 2015...agradeça...já passou!
Gratidão à todos vocês!
Tais

domingo, 13 de dezembro de 2015

O que você perde com o fim do sofrimento?

O que você perde com o fim do sofrimento?
Possivelmente, tudo o que ganha com o seu sofrimento. O difícil é reconhecer que ganha alguma coisa com o sofrimento. Mas ganha, isso é certo. São os ganhos secundários, que estão ocultos, que não têm aparência de ganhos, que não são facilmente verificáveis e mais ainda, que você esconde até se si mesmo pois parecem mesquinhos e egoístas demais. Qualquer situação implica em ganho, primário ou secundário. Quando o evento em si aparenta uma perda, acaba encobrindo o ganho. Por isso, o sofrimento não é visto como vantajoso para quem sofre.

Tem gente que desenvolve doença para ficar de licença saúde, especialmente se detesta o que faz e vive reclamando da sua insatisfação. Aqui fica claro o ganho. E seguindo a mesma lógica, podemos verificar outros ganhos subjacentes em nossas vidas, em menor ou maior grau. O mais importante é reconhecer que sempre há um ganho, por pior que seja a situação. Reconhecimento, atenção, amor, cuidado, privilégios, compensações, vantagens sobre os outros, etc. são algumas das formas desses ganhos.

Conforme o grau de dependência emocional, psíquica, física ou espiritual, mais difícil é reverter o processo. Com uma identidade já instalada, a pessoa se vê mergulhada dentro de aspectos com os quais está identifica e isso passa a fazer parte de seu roteiro pessoal. Quando chega alguém e pergunta: como vai?
Logo ela responde seu rosário de reclamações e clichês mentais de difícil dissolução. Muitos podem ver o sofrimento de fora e perceber a necessidade de algumas mudanças. Mas a pessoa envolvida dificilmente enxerga quando está identificada com a dor. A dor transforma-se em sua roupa psicológica, seu personagem, sua forma de se apresentar ao mundo.

E às vezes para sair desse emaranhado é preciso ir ao mais fundo dos abismos, depois que toda a esperança se foi, depois que nenhuma receita de bolo funcionou. Talvez nesse momento chegue o impulso real da mudança, a força de vontade, o abandono de si mesmo, a desistência do controle, da manipulação, da autopiedade. Quando culpa e culpado se fundem, tanto faz. Já não faz diferença onde tudo começou, tampouco se um dia terá fim. Quando surge um movimento novo, de apenas viver sem se lamentar, olhar e agradecer, desfrutar do que está acontecendo sem se ocupar com o vir a ser. Aqui ocorre a dissolução, o desapego, a entrega, o fim do sofrimento.

Aí o que você perde com o fim do sofrimento tem um sabor diferente, pois algo começa a preencher o vazio de sentido que permeava a vida. Você já não se importa se os parentes e amigos vão te dar menos atenção já que sua doença terminou. A face revelada é outra e o sentido também. Você pode de verdade se alegrar com outras coisas que não dava importância antes. Pode também desligar-se da tomada da intencionalidade negativa que te conduzia à avenida do lamento e escolher andar por outra rua, com outras cores e aromas. A vingança oculta se desfaz e você quer apenas amar e ser feliz, independente de circunstâncias e pessoas. O sofrimento fica para traz, como marcas num caminho necessário para chegar onde chegou. Valeu, todo aprendizado é válido, mesmo que seja por meio da dor. O importante é a cura, a mudança, a consciência alcançada.
Diante dessa possibilidade, vale a pena perder tudo!
Valeria Bastos
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Se alguém esticar o braço para fora da janela de um prédio e soltar um objeto, é evidente que esse objeto cairá no chão, em conformidade com a Lei da Gravidade. Assim como a lei da física atua na queda dos corpos, as leis da ciência mental na terapia promovem a cura da doença.
A mente possui o poder de atrair e concretizar os pensamentos que combinam com seus próprios pensamentos, como também o de rejeitar, neutralizar e anular os pensamentos contrários. A doença é a concretização de pensamentos que propiciam o seu surgimento. Se a doença fosse algo puramente físico, sem nenhuma relação com a mente, não seria possível realizar terapias com a aplicação da ciência mental.
Tenho lido a respeito dessa ciência,  procurado aplicar em meu dia a dia, e estou surpresa com os resultados!
Uma boa semana à todos .
Tais

domingo, 6 de dezembro de 2015

Estamos num estado de sonambulismo?

"O maior impedimento para descoberta de um espaço interior, a principal barreira à descoberta daquele que tem a experiência, é nos tornarmos tão subjugados pela experiência que acabemos perdidos nela . Isto significa que a consciência está desorientada em seu próprio sonho. Somos arrebatados por todo pensamento, toda emoção e toda sensação a tal ponto que, na verdade, nos encontramos num estado de sonambulismo. Esta tem sido a situação normal da humanidade por milhares de anos.
Embora não possamos conhecer a consciência, somos capazes de nos tornar conscientes dela como nós mesmos. Temos como senti-la diretamente em qualquer situação, não importa onde estejamos. Podemos senti-la aqui e agora como nossa verdadeira presença, o espaço interior em que as palavras aqui escritas são percebidas e se transformam em pensamentos. Ela é o Eu Sou subjacente. Por exemplo, as palavras que você está lendo e nas quais está pensando são o primeiro plano, enquanto Eu Sou é o substrato, o pano de fundo implícito em cada sensação, pensamento ou sentimento.

A RESPIRAÇÃO
Podemos descobrir o espaço interior criando lacunas no fluxo do pensamento. Sem elas, o pensamento se torna repetitivo, desprovido de inspiração, sem nenhuma centelha criativa - e é assim que ele é para a maioria das pessoas. Não precisamos nos preocupar com a duração dessas lacunas. Alguns segundos bastam. Aos poucos elas irão aumentar por si mesmas, sem nenhum esforço da nossa parte. Mais importante do que  fazer com que sejam longas é criá-las com frequência para que nossas atividades diárias e nosso fluxo de pensamento sejam entremeados por espaços.

Certa ocasião alguém me mostrou a programação anual de uma grande organização espiritual. Quando examinei, fiquei impressionado pela rica seleção de seminários e palestras interessantes. A pessoa perguntou se eu poderia recomendar uma ou duas atividades. "Não sei, não. Todas elas me parecem muito interessantes. Mas eu conheço esta: tome consciência da sua respiração sempre que puder, toda vez que lembrar. Faça isso durante um ano e terá uma experiência transformadora bem mais forte do que a  participação em qualquer uma dessas atividades. E é de graça."

Tomar consciência da respiração faz com que a atença\ão se afaste do pensamento e produz espaço. É uma maneira de gerar consciência. Embora a plenitude da consciência já esteja presente como o não-manifestado, estamos aqui a levar consciência a essa dimensão.
Tome consciência da sua respiração. Observe a sensação do ato de respirar. Sinta o movimento de entrada e saída do ar ocorrendo em seu corpo. Veja como o peito e o abdômen se expandem e se contraem quando você inspira e expira. Basta uma respiração consciente para produzir espaço onde antes havia a sucessão ininterrupta de pensamentos. Uma respiração consciente( duas ou três seria ainda melhor) feita muitas vezes ao dia é uma maneira excelente de criar espaços na sua vida. Mesmo que você medite sobre sua respiração por duas horas ou mais,  o que é uma prática adotada por algumas pessoas, uma respiração basta para deixá-lo consciente. O resto são expectativas ou lembranças, isto é, pensamentos. Na verdade, respirar não é algo que façamos, mas algo que testemunhamos. A respiração acontece por si mesma. Ela é produzida pela inteligência inerente ao corpo. Portanto, basta observá-la. Essa atividade não envolve nem tensão nem esforço. Além disso, note a breve suspensão do fôlego - sobretudo no ponto de parada  no fim da expiração - antes de começar a inspirar de novo.

Muitas pessoas tem a respiração curta, o que é natural. Quanto mais tomamos consciência da respiração, mais sua profundidade se estabelece sozinha.
Como a respiração não tem forma própria, ela tem sido equiparada ao espírito - a Vida sem uma forma específica - desde tempos ancestrais. "O Senhor Deus formou, pois , o homem do barro da terra, e inspirou-lhe nas narinas um sopro de vida; e o homem se tornou um ser vivente." A palavra alemã para para respiração - atmen - tem origem no termo sânscrito Atman, que significa o espírito divino que nos habita, ou o deus interior.

O fato de a respiração não ter forma é uma das razões pelas quais a consciência da respiração é uma maneira muito eficaz de criar espaços em nossa vida, de produzir consciência. Ela é um excelente objeto, não tem contorno nem forma. O outro motivo é que a respiração é um dos mais sutis e aparentemente insignificantes fenômenos, a "menor coisa", que, segundo Nietzsche, constitui a "melhor felicidade". Cabe a você dividir se vai ou não praticar a consciência da respiração como uma verdadeira meditação formal. No entanto, a meditação formal não substitui o empenho em criar consciência do espaço na sua vida cotidiana."
O despertar de uma nova consciência - Eckhart Tolle
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Ao tomarmos consciência da respiração, nos vemos forçados a nos concentrar no momento presente - o segredo de toda a transformação interior espiritual. Sempre que nos tornamos conscientes da respiração, estamos absolutamente no presente. Percebemos também que não conseguimos pensar e nos manter conscientes da respiração por muito tempo. A respiração consciente suspende a atividade mental . No entanto, longe de estarmos em transe ou semidespertos, permanecemos acordados e alerta. Não ficamos abaixo do nível do pensamento, e sim acima dele. E, se observarmos com mais atenção, veremos duas coisas - nosso pleno estado de presença sem a perda da consciência - são, na verdade, a mesma coisa: o surgimento da consciência do espaço.
Quando passei pela experiência de fazer um curso atras do outro (e algo me dizia que não era por ai), abri um espaço para encontrar algo que me desse este espaço para sentir aquilo que eu necessitava...e assim surgiu o Grupo Gurdjieff, e, por 20 anos, aprendi a respirar, parar, e olhar para mim. Graças a este trabalho interior, hoje me sinto um pouco mais livre para escolher, para ter uma presença em momentos decisivos.
Nas Constelações Familiares me ajudou a ter percepção daquilo que está presente no "campo" e poder "trabalhar e sentir" o necessário naquele momento para meu cliente.
Vamos respirar? Agora, neste momento...1...2...
Uma excelente semana à todos. Bom dia!
Tais