sábado, 25 de outubro de 2014

Democracia? Um pensamento um pouco mais profundo...

"Aprender o que tu és"

         O mestre Dogen, fundador da seita budista Nippon Soto, ensinou: "Aprender o caminho de Buda é aprender o que tu és; aprender o que tu és é esquecer-te de ti".
Esse ensinamento não se restringe ao caminho de Buda. Pode-se afirmar que essa é a essência de todas as religiões, e, como todos sabem, Sócrates também disse "Conhece-te a ti mesmo". Então, que vem a ser esse "tu", esse "a ti mesmo"? Penso que é extremamente grande o número de pessoas que consideram que esse "tu" seja o corpo carnal. Nisso encontra a causa da situação intolerável e pademônoca do mundo atual.
         Após a  Segunda Guerra Mundial, o Japáo importou dos EUA uma "iguaria mental"chamada democracia, e todas as pessoas, indistintamente, saborearam essa iguaria com a ilusão de que, sem ela, não existiria a vida, e, ainda hoje, condenam de demoníaco tudo o que é antidemocrático. Entrementes, essa iguaria denominada democracia é extremamente indigesta e, mesmo após algumas dezenas de anos do término da Grande Guerra, ainda permanece no fundo do estômago do povo japonês sem ser digerida. É uma situação realmente problemática, pois pode eclodir um "cancer mental no estômago"que colocará em risco a vida global do povo.

O sistema democrático inverte os valores do homem

          O temo "democracia"significa "governo do povo", "soberania popular". Nesse sistema, o povo torna-se mais importante que o governante, gerando uma situação semelhante à uma pessoa que anda com a cabeça para baixo e os pés para cima.
          Entretanto, o nível de compreensão do que vem a ser o eu, ou seja , o homem, que o povo tem é bastante obscuro. Parece-me que, no conceito da maioria, cuidar bem de si é "agradar o seu corpo físico"e ser fiel a si é "satisfazer fielmente os desejos de seu corpo físico".Nota-se que tanto a questão do divórcio, do adultério, como as questões trabalhistas e também a discussão contra a ampliação das bases militares iniciam-se geralmente fundamentadas no seguinte: "Que fazer para satisfazer os meus desejos físicos?". É por isso que foi inevitável dizer que , no Japão, a democracia permanece indigesta no fundo do estômago do povo, e todos estão sofrendo mentalmente  um "câncer no estômago".
        Há pessoas que têm grande aversão pela guerra mas ja passou a época em que tais pessoas eram aplaudidas pela mídia, reverenciadas pelos intelectuais modernos como precursores da "Ideologia de Paz".
Contudo, o motivo que as levou a terem essa aversão não foi"a decadência espiritual que uma guerra gera", mas "a crueldade física que uma guerra impõe às pessoas, fazendo-as derramar muito sangue"ou "a fome que assolao povo após a guerra". Desse modo, propalaram basicamente as questões do sofrimento físico, da fome, enfim das perdas materiais, esquecendo-se quase que totalmente das questões espirituais. Em tudo, a atenção se concentra no conforto e no prazer do corpo físico.
          Em contrastem durante a guerra, o povo japonês buscava algo mais elevado, de fundo moral e espiritual, que transcende o corpo físico e a matéria."Morrer é o caminho do Samurai", segundo essa afirmação, nos preceitos que norteavam o modo de viver dos samurais do Japão, havia um ideal mais elevado, de cunho espiritual. A maioria dos japoneses daquela época não se abalava em sacrificar o corpo para realizar um ideal. Muito pelo contrário, não hesitava em morrer por um ideal. Desprezava a valorização do corpo físico e de tudo que fosse material, considerando-os desejos de baixo nível. Pensava encontrar aprimoramento espiritual quando a alma seguisse avante passando por cima dos inúmeros cadáveres dos predecessores. Analisando o ponto de vista do crescimento espiritual, havia algo mais sublime durante a guerra connsiderada feidal, do que na época do culto à democracia que apenas valoriza o corpo físico. Falar hoje de "espírito kamikase"  talves já nem chegue a provocar risos aos que só valorizam o corpo, mas esse era o espírito de Jesus Cristo e  de Sócrates.
          Nem é preciso discutir a superioridade da cultura espiritualista - que não foge do sofrimento nem da morte do corpo físico para concretizar um ideal - comparada à cultura de inversão de valores que busca o conforto e o prazer físicos, mesmo às custas da degradação mental.Qualquer pessoas despreza a prostituição e a pornografia e também sabe que a corrupção é um ato desprezível. Então, nenhum defensor da democracia irá discordar que é vil a tendência de buscar apenas o prazer do corpo físico através do conforto material. Analisando esses fatos, percebemos que existe no ser humano o eu que sonha com o bem-estar físico e o eu que despreza o corpo e a matéria. Evidentemente, o segundo  eu é mais nobre. Surge , então, a questão da verdadeira natureza do  eu , e gostaria de refletir mais uma vez sobre o preceito zen-budista do mestre Dogem: "Aprender o caminho de Buda é aprender quem tu és; aprender o que tu és é esquecer-te de ti".
Extraído do livro: Descoberta e conscientização da verdadeira natureza humana ,-Masaharu Taniguchi
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Gente...é muita expectativa nesta eleição para presidente da república.
Diante da urna, pense...visualize o que há de melhor para o Brasil, para o povo brasileiro, e vote. Vote consciente!
Bom voto à todos e que a vontade suprema seja realizada.
Taís

domingo, 19 de outubro de 2014

Não há como se livrar da culpa...

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Existe na alma uma profunda necessidade de livrar-se da culpa. Uma necessidade muito profunda. Muitos problemas surgem quando pensamos que seria possível nos esquivarmos à culpa. Mas isso não é possível. Começa com algo bem simples, por exemplo, reconhecendo que se vive à custa de outros.

Pensem sobre o que nossos pais fizeram por nós, começando com a gravidez da mãe, o nascimento e os riscos que assumiu, nesse cuidado e preocupação anos a fio, não é fácil encarar e ver o que isso tudo significa para cada um de nós. Então, alguns se esquivam da culpa, aqui, no sentido de transformar a culpa em obrigação do outro e se tornam duros perante os pais. Fazem reivindicações e talvez se sintam grandes e superiores. Isso tudo é defesa contra essa culpa…

…Outro ponto é que vivemos à custa de outros e, aliás, só podemos viver desse modo. E também precisamos saber que outros vivem à nossa custa de várias maneiras e que também estamos enredados aí, em seus emaranhamentos e, ainda, que se exige de nós que soframos por algo pelo qual, no fundo, não somos culpados. Isto é, que soframos por algo que os outros nos infligiram, e estes se tornam culpados em relação a nós.

Entretanto, quando temos isso em vista e tudo aquilo que vem ao nosso encontro – o de estarmos emaranhados nessa alternância de culpa e inocência, de dar e receber, de ser exigido – então podemos nos submeter a isso da maneira que der e vier.
Bert Hellinger, “A fonte não precisa perguntar o caminho”, Editora Atman, pg 140

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Esta semana uma cliente me escreveu pedindo para postar algo sobre "essa culpa que nos acompanha"...Pesquisei bastante e encontrei este texto do Bert (acima) mais os comentario de Alex Possato que diz muito bem sobre o meu olhar ao trabalhar , em consultório, com a culpa. Então aí está...

"Mais uma vez, temos um provocante texto de Hellinger, onde ele afirma categoricamente que não podemos nos livrar da culpa. Vamos entender isso? A constelação familiar sistêmica está de acordo com as mais profundas tradições orientais, como o zen, o tao e o advaita vedanta, que não trabalham com o conceito do certo e errado, tão difundido aqui no ocidente. Segundo estas filosofias, e segundo a constelação familiar sistêmica, tudo na vida material funciona através do equilíbrio e confronto de duas energias antagônicas. Somos levados a acreditar que existe o mal e o bem, quando na verdade, mal e bem são a mesma coisa, aos olhos sistêmicos. Se você, que está lendo agora estas linhas, lembrar de um fato ruim da sua vida, poderá ver inúmeros aspectos positivos deste fato: ele fez você se mexer. Ele lhe tirou da zona de conforto. Ele lhe deu maturidade emocional. Ele lhe desafiou e você descobriu talentos adormecidos. O fato ruim despertou sua fé… enfim, não é difícil ver que o ruim é bom em inúmeras situações, assim como o bom é ruim em inúmeras outras situações.

Você é empurrado por duas forças antagônicas que regem suas relações familiares e afetivas: a necessidade de dar e receber e o sentimento de culpa e inocência. Não há como fugir disso. Devido ao nosso condicionamento, e de acordo com a leitura emocional que fazemos da nossa vida, buscamos mais dar ou mais receber. Sentimo-nos mais culpados ou inocentes. Porém, aí temos a grande chance de se libertar do peso: aceitar, compreender até o funda da alma, que somos, neste mundo, culpados e inocentes ao mesmo tempo. Não dá para ser uma coisa ou outra, somente. E damos e recebemos, sempre. E se desequilibrar isso, quer dizer, por sentir emocionalmente que você é carente de amor, dinheiro, afeto, contato, emoções, saúde, etc., querer receber somente, estará trazendo o sofrimento para si. Quer dizer, terá a tendência de cobrar do mundo, dos pais, do marido ou esposa, dos filhos, do governo, etc, que eles dêem o que você sente falta. Ilusoriamente, esta sensação de carência será realçada. É fundamental trabalhar este sentimento de carência. O contrário é igualmente doloroso: querer somente dar, e recusar-se a receber. A pessoa que sente que tem muito para dar e nada para receber, no fundo, está tocando a mesma música: a música da carência interior e da separação com o todo. É também importante trabalhar as causas emocionais desta distorção.

A caridade só pode ser praticada por pessoas que alcançaram a compreensão maior de que não podem dar nem receber nada. E também entenderem que não existe absolutamente nada a ser dado nem nada a ser recebido. Aí entraremos em outro assunto, a questão de consciência. Só é possível penetrar neste mistério, quando deixamos a consciência egóica, que se vê separada do todo, e cobra por achar-se discriminada, e abraçarmos a mente coletiva, onde somos o todo, e então não há como ver carência.

Vamos falar mais um pouco mais sobre o sentimento de culpa. Você já reparou o quanto faz na sua vida baseado na sensação de que está devendo algo? E realmente estamos, todos nós, devendo: temos uma vida absolutamente perfeita, qualidades e dons não manifestados, que devem ser colocados a serviço de algo maior. E sabemos disso. Por isso, você sente a necessidade de fazer, mas por mais que faça, sempre é possível fazer mais e melhor – esta é a cobrança interior. E isto dá a sensação de culpa. Eu poderia ser melhor. Eu poderia fazer melhor. Ledo engano. Você não pode ser melhor do que já é. Você não pode fazer mais do que faz. Na realidade, você não faz nada. O universo toca a sua canção através de você. A sensação de incômodo geralmente ocorre porque achamos que nós estamos fazendo algo. Fazemos certo ou errado – autoengano, e existe um “eu” nesta história – outro engano. Achamos que existe este “eu” individual, separado do todo. E assim vem a culpa. E aí, ao sentir-me culpado, automaticamente buscamos no mundo outras pessoas “culpadas”. Apontamos nosso canhão para aqueles mais próximos. Papai e mamãe. E depois marido e esposa. E filhos.

Bem, só posso dizer que a sensação de culpa e inocência é inerente ao nosso tipo de consciência centrada no ego. Não há como fugir disso, e não devemos fugir disso. Esta força da culpa e inocência nos conduz, provocam reações. Fazemos algo pelo outro porque, no fundo, há uma culpa. Tenho que dar isso. Tenho que ir lá. Tenho que abraçá-lo. Tenho que ouvir. Tenho que ser bom… E quando fazemos o que a nossa “culpa” determinou, vem a sensação da inocência. Ufa! Estou me sentindo ótimo! Nossa, como foi bom ter confortado ele! Ai, que alívio…

A culpa e inocência nos move. Também sei que essa sensação de culpa causa um profundo incômodo. E só há uma maneira de aliviar esse incômodo: aceitar a própria culpa. Observá-la. Ir fundo. Meditar sobre a sensação de culpado.Trabalhar-se terapeuticamente. Evite a tentação de sair consertando “as suas culpas”. Não há como consertar. Não existe nada a ser feito. É importante aprender a manipular a energia da culpa e o alívio da inocência. E isso você faz consigo mesmo. Com profundo autoconhecimento. Analisando detalhadamente suas emoções. Até chegar o momento em que você despertará para a verdade de que não é somente esta consciência egóica, baseada na culpa ou inocência. Entrará em contato com uma consciência maior, onde sentirá estas emoções que provocam e empurram todos nós como simples jogos. E não se identificará mais com estas emoções. Verá este jogo divino, que obedece uma lógica maior e funciona baseado no amor. O amor profundo, onde não existem culpados ou inocentes. Existe somente amor."
Alex Possato

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

A verdadeira Paz


O Dia Internacional da Paz é celebrado em 21 de setembro, e foi declarado pela ONU em 30 de novembro de 1981.

Li um texto de PATRÍCIA GEBRIM que nos fala sobre a verdadeira e a falsa Paz. Alerta ela que, para obter a verdadeira Paz, precisamos nos dispor a lidar com os obstáculos e desafios da vida e dos relacionamentos.

Precisamos evitar a tentação de pular etapas, nos refugiando em nosso eu mascarado que finge que não há nada errado. Precisamos confiar que existe em nós essa força poderosa - o nosso Eu superior, capaz de nos conduzir pelas tempestades da vida.

Nos lembra a autora que a verdadeira paz é como o sutil arco-íris, um maravilhoso presente reservado àqueles que não temem as tormentas. 

Nos incita que abramos mão dos caminhos mais fáceis, que enfrentemos a aspereza de nossos próprios labirintos desconhecidos, em busca da verdade de nosso Eu e que, a partir dessa verdade, encontremos a verdadeira paz.

“Muitas vezes para obter paz, concordamos em dar em troca algo de vital importância para nós. Pagamos um alto preço para obter a tão sonhada 'paz', sem nem mesmo nos darmos conta disso. Para obter esse tipo de paz, acabamos abrindo mão da nossa verdade, da nossa voz, da nossa criatividade, do nosso verdadeiro Eu”, diz ela.

“A falsa paz acontece quando negamos a nós mesmos e concordamos com o outro apenas para evitar conflitos. Acontece quando nos acovardamos e evitamos olhar para a realidade, quando preferimos brincar em meio às ilusões, nossas ou de outros”.

“A falsa paz acontece quando deixamos de ser quem somos, quando deixamos de dizer o que pensamos e de agir segundo o que acreditamos”.

“A falsa paz é aquela que é obtida pelo nosso eu mascarado. Fingimos que concordamos: afinal, para que discordar? Fingimos que gostamos: afinal, para que frustrar o outro? Fingimos que sabemos: afinal, que diferença faz? O motivo para assumirmos esse eu mascarado parece nobre, afinal, estamos fingindo para obter esse artigo tão sublime e desejado... a tal paz, não é mesmo?”.

“O problema é que, ao assumir essas máscaras deixamos de ser quem somos, traímos a nós mesmos, deixamos de revelar a nossa verdade, deixamos de presentear o mundo com aquilo que é único em cada um de nós. Além disso, acredite, a coisa toda não funciona”. 

“Nunca seremos de fato felizes se estivermos baseando a felicidade em uma falsa paz. Acabamos nos tornando ausentes e artificiais, e por mais que nos esforcemos, o outro acabará pressentindo essa falta de verdade, e acabará se afastando de nós”.

“É fácil encontrar exemplos da falsa paz. Pense naqueles relacionamentos em que tudo parece sempre calmo e equilibrado, mas onde não há crescimento, não há vida. É como uma poça de água parada. Perfeitamente parada, a ponto de começar a apodrecer, pois tudo o que fica estagnado acaba morrendo um dia”.

A vida é aquilo que flui ininterruptamente. Paz não é ausência de movimento, não é imobilidade
Texto recebido por email- autor desconhecido
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PARÁBOLA DA PAZ VERDADEIRA
Há muito anos, um rei criou um concurso para premiar o artista que melhor captasse, numa pintura, a paz perfeita. Muitos tentaram e, ao final, o rei gostou de apenas duas.

A primeira era um lago calmo e cristalino onde refletiam as imagens de montanhas e árvores que o ladeavam. O céu era de um azul perfeito e todos os que fitavam a pintura, enxergavam nela um profundo conteúdo de paz. 

A segunda pintura tinha um quebra-mar sobre as rochas escuras e sem vegetação. O céu enegrecido, pontilhado por raios e trovões, precipitava uma grande tempestade. Definitivamente, essa pintura não revelava nenhum conteúdo de paz e tranquilidade.

Mas, quando o rei observou mais atentamente, verificou que no alto das rochas, havia um pequeno arbusto crescendo de uma fenda. Neste arbusto, encontrava-se um pequeno ninho e ali, no meio do mar revolto e céu tempestuoso, um pequeno passarinho descansava calmamente.

O rei então escolheu a segunda pintura e, diante de uma plateia surpresa, explicou: 

– A verdadeira paz não é estar num lugar calmo e tranquilo, sem trabalho árduo e dor. Paz significa que, apesar de estarmos no meio das adversidades e das turbulências da vida, permanecemos calmos em nossos corações. Esta é a verdadeira paz!

Lembremos da Paz do Cristo que, quando embarcara em um navio com Seus Apóstolos, e estavam indo através do mar da Galileia, permaneceu dormindo tranquilamente, em plena tempestade.

Despertado por eles, conclamando a fé de seus Apóstolos, apenas levantou-se e acalmou os ventos e as ondas com seu poder, dizendo: “Cala-te, aquieta-te” (Marcos 4:39).

Suavemente repreendeu-os, por terem medo e não se lembrarem de que todos podem acalmar os mares agitados durante as tempestades encontradas pelo caminho, desde que seja mantida inabalável no interior a Verdadeira Paz.
Uma bela semana em Paz!
Tais

domingo, 5 de outubro de 2014

Desafios


A vida é possível apenas por meio de desafios. 

A vida é possível apenas quando você tem ambos, bom tempo e mau tempo, quando você tem ambos, prazer e dor, quando você tem ambos, inverno e verão, dia e noite. 

Quando você tem ambos, tristeza e alegria, desconforto e conforto. A vida se move entre essas duas polaridades. 

Movendo-se entre essas duas polaridades, você aprende como ter equilíbrio. Entre essas duas coisas, você pode aprender como voar até a estrela mais distante. 

As dificuldades sempre existem, são parte da vida. E é bom que existam, ou não haveria crescimento. Dificuldades são desafios. Elas o incitam a trabalhar, a pensar, a descobrir meios de sobrepujá-las.

O próprio esforço é essencial. Assim, sempre tome as dificuldades como bênçãos. Sem dificuldades, estaríamos perdidos. Dificuldades maiores virão, e isso significa que a existência está cuidando de você, está lhe dando mais desafios. E, quanto mais você os soluciona, maiores desafios estarão esperando por você.

 As dificuldades desaparecem somente no último momento, mas esse último momento chega somente devido às dificuldades. Assim, nunca tome negativamente qualquer dificuldade. 

Descubra o algo positivo nela para o seu aprendizado. A mesma rocha que bloqueia o caminho poderá funcionar como um degrau. E se não houvesse essa rocha no caminho, como você se elevaria? E o próprio processo de ir acima dela, tornando-a um degrau, dá-lhe uma nova atitude de ser. 

Quando você pensa criativamente sobre a vida, tudo é útil e tudo tem algo a lhe dar. Nada é sem sentido. 
(OSHO) 
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"Existem momentos na nossa vida em que todos passamos por situações difíceis. Talvez porque alguém diz alguma coisa negativa a nosso respeito, mostram rejeição ou ressentimento contra nós. Porque estamos frustrados, porque alguns assuntos pessoais atrapalham-nos as boas relações, a irritabilidade instala-se e a tendência é para que a situação evolua de forma negativa, aumentando ainda mais aquilo que já estava numa situação crítica. Perante estas circunstâncias temos uma inclinação para reagir negativamente. As pessoas que nos rodeiam seguem este mesmo princípio e reagem também negativamente a nós. O nosso dia é preenchido por zanga e desapontamento. Esta é uma estratégia de perder-perder, no final ninguém ganha nada.

Embora não seja fácil, é importante ter uma atitude positiva em situações negativas. Combata as situações negativas escolhendo em consciência manter-se positivo, acione uma estratégia que o capacite e chame até sim os recursos necessários para arranjar um forma assertiva de resolver os assuntos. Em seguida, apresento 15 exemplos do que pode fazer.

1. NUNCA RESPONDA QUANDO NÃO ESTÁ NUM ESTADO CALMO E COM CLAREZA DE PENSAMENTO.

No nosso cérebro temos uma estrutura que se chama de amígdala a qual é responsável pelas ações automática que temos no nosso dia-a-dia. A amígdala funciona como se fosse o nosso cérebro emocional, reagindo muito antes dos estímulos passarem pelo neocortex, o nosso cérebro pensante e mais analítico. A amígdala é o centro identificador de perigo, gerando medo e ansiedade e colocando a pessoa em situação de alerta. Perante uma possível ameaça é a amígdala que toma o controlo, estando sempre pronta a uma resposta rápida e efetiva. Resposta efetiva mas nem sempre adequada à situação, dado que é uma resposta de defesa, por isso sempre mais agressiva, evasiva ou rebuscada. Esses sequestros não acontecem apenas em incidentes graves e horrendos que levam a crimes brutais, ocorrem também connosco com muita frequência quando perdemos o “controlo” e explodimos com alguém – com parentes, colegas de trabalho, no trânsito… – e depois ficamos até perplexos com as nossas próprias atitudes irracionais. Dê algum tempo para ficar calmo, deixe que a informação possa ser processada e analisada pelo neocórtex e assim construir uma resposta mais elaborada, mais inteligente.

2. UMA FORMA DE PODER INIBIR A RESPOSTA RÁPIDA E POR VEZES DESADEQUADA DA AMÍDALA É UTILIZAR RELAXAMENTO.

O relaxamento pode ser facilitado e induzido através de um processo natural que é a respiração. Respire fundo e relaxe o seu corpo. Este mecanismo permite oxigenar mais o cérebro e facilitar o raciocínio, promovendo uma decisão mais acertada e adequada à situação.

3. FALE NUM TOM DE VÓS AGRADÁVEL PARA REDUZIR A TENSÃO DA SITUAÇÃO.

Enquanto seres humanos reagimos muito aos estados físicos das outras pessoas, na grande maioria das vezes espelhamos os comportamentos dos outros. O ato de mudar de tom de vós permite adaptar um padrão físico distinto, aumentando a probabilidade da outra pessoa nos espelhar e também ela diminuir a agressividade inicialmente expressa.

4. PERCEBA QUE PODE ENCONTRAR E DESCOBRIR OPORTUNIDADES NAS SITUAÇÕES DIFÍCEIS E NEGATIVAS.

Tal como Albert Einstein disse: ” No meio de toda a dificuldade reside a oportunidade.” Isto não podia ser mais verdade, caso se adote uma postura positivando a negatividade da situação, aumentamos sempre a probabilidade de construirmos uma solução, aqui reside a oportunidade de podermos ser bem sucedidos e terminarmos com algo que se podia perpetuar e ter um desfecho ainda mais negativo.

5. OBSERVE BEM O ASSUNTO OU AS COISAS QUE AS OUTRAS PESSOAS LHE TRANSMITEM.

Observe bem o assunto ou as coisas que as outras pessoas lhe transmitem, no sentido de vislumbrar algo positivo que possa servir para a sua melhoria. Não rejeite simplesmente toda a mensagem. Não temos necessidade de estarmos constantemente a protegermo-nos. Rejeite o que não for adequado à situação ou a si próprio, mas assuma o que lhe pode vir a ser útil

.6. MANTENHA UMA VISÃO POSITIVA ACERCA DAS PESSOAS.

Talvez você não goste muito da mensagem ou comportamento que têm, mas isso não quer dizer que tenha de detestar a outra pessoa.

7. NÃO PERSONALIZE A MENSAGEM.

O fato de a mensagem poder ser negativa, na grande maioria das vezes não se refere a si pessoalmente nem à sua personalidade, mas simplesmente a algum comportamento menos ajustado ou menos correto.

8. VOCÊ É MAIS DO QUE PENSAMENTOS E COMPORTAMENTOS.

Lembre-se que nós somos mais que os nossos pensamentos e comportamentos, não se confunda com eles, quer quando os inicia por vontade própria ou quando alguém se refere de forma negativa a algo que fez.

9. EVITE SENTIR-SE MAL CONSIGO PRÓPRIO.

Perceba que ter sentimentos depreciativos acerca de si próprio ou acerca do outro, ficar com rancor ou mal humorado só lhe fará mal a si e não à outra pessoa.

10. SE VOCÊ FIZER ALGUMA ASNEIRA, TENHA ABERTURA PARA O ADMITIR.

Este ato é revelador da sua autoconfiança. Saber admitir as falhas é ter uma atitude positiva face ao outro e a si mesmo. Isto permite colocar-se numa situação de aprendizagem e de auto-desenvolvimento. Admitindo igualmente que quer melhorar e contribuir para a solução ou resolução do problema.

11. ERRAR É HUMANO E, NECESSÁRIO.

Se você fizer alguma asneira, relembre-se da citação de George Bernard Shaw: “Uma vida gasta cometendo erros não só é mais honrada, mas mais útil do que uma vida gasta sem fazer nada.”

12. INSTRUA O SEU POSITIVISMO.

Caso possa e tenha oportunidade, assista a palestras, vídeos, filmes ou leia alguns livros que estimulem às atitudes positivas assim como ao desenvolvimento motivacional para que possa pouco a pouco implementar na sua mente raciocínios que lhe permita ultrapassar as dificuldades pensando positivo.

13. RELACIONAMENTOS POSITIVOS É TAMBÉM IMPORTANTE.

Procure o seu grupo de amigos que o motivam e ajudam a esclarecer-se.

14. OLHE PARA AS SITUAÇÕES NEGATIVAS DA VIDA COMO SESSÕES REAIS DE DESENVOLVIMENTO E OPORTUNIDADE DE CRESCIMENTO.

No entanto, quando mais alto subir e mais exigente for na sua vida, mais difíceis e exigentes serão as situações que poderão ocorrer. Quando mais experiência tiver e mais força emocional possuir, mais preparado estará para combater as adversidade

15. NÃO TENTE AGRADAR A TODO O MUNDO!

O ditado é antigo. Você não pode agradar a Gregos e a Troianos. Por vezes temos de nos desprender de algumas pessoas ou situações. Perceber isto, irá libertá-lo de um grande número de fardos desnecessários de serem vividos. Ficando assim, mais disponível para se focar nas coisas ou pessoas que você poderá interagir de uma forma positiva."
Boas resoluções positivas.

Miguel Lucas