domingo, 24 de novembro de 2013

Constelação Sistêmica com Bonecos

"As pessoas procuram um terapeuta em função de suas dificuldades pessoais. 

O trabalho Sistêmico de Constelações também é procurado pelos mesmos motivos. A diferença é que nesta abordagem terapêutica se olha para o todo, com uma visão sistêmico-fenomenológica, para a consciência do grupo, da família, e não para a consciência individual, como nas terapias convencionais. O trabalho de Constelações pode ser desenvolvido tanto em grupo como individualmente.

Muitas pessoas que procuram um terapeuta não desejam um trabalho em grupo. Por este motivo, a Constelação com bonecos (ou figuras, ou objetos) é uma possibilidade para o trabalho sistêmico individualmente, no consultório.


Os bonecos são colocados sobre a mesa e representam as relações estabelecidas entre as pessoas da família ou as pessoas importantes de um sistema, como uma empresa, por exemplo. A orientação fenomenológica não permite que o terapeuta seja levado por associações e caracterizações, ou por semelhanças com membros do sistema, como em muitas outras abordagens, especialmente as que trabalham com o psicológico. 

No trabalho sistêmico o importante é olhar os acontecimentos essenciais, os fatos, os destinos e dinâmicas de relacionamentos. E levar em consideração as “Ordens do Amor”, sistematizadas por Hellinger, que implicam um olhar para as forças que atuam dentro dos sistemas, como as leis da Pertinência, da Hierarquia e do Equilíbrio.

Os bonecos funcionam como os representantes no grupo e são posicionados pelo cliente do mesmo modo como é feito nas Constelações em Grupo.

Vivencia-se no consultório, entre terapeuta, cliente e bonecos, o mesmo tipo de percepções, incluindo todos os canais do sentido, como a visão, a audição e outras sensações experimentadas pelos representantes no grupo, com a diferença de que o terapeuta acaba sendo o maior foco das percepções e tem maior responsabilidade no explicitar dessas percepções, já que o campo morfogenético, responsável pelos efeitos que se observa em uma Constelação, também está presente no trabalho individual.

Como nas Constelações em Grupo, no trabalho com os bonecos o cliente pode olhar junto com o terapeuta para suas questões, e ter uma imagem inicial, a partir do modo como posiciona os bonecos e, a partir dela, possivelmente poderão ser percebidos os profundos processos anímicos do seu sistema. O foco é o contexto amplo do vínculo e da solução para os seus relacionamentos.

Muitas vezes, em uma única sessão, pode-se ver com profundidade as dificuldades de uma pessoa e de seu sistema, tendo em vista o princípio “tão breve quanto possível e tão efetivo quanto necessário, como um ponto de partida que auxilia um forte processo de ajuda”, como diz Jakob Schineider.

Ao olhar calmamente para os bonecos posicionados, cliente e terapeuta podem “ver” o que acontece, sentir, perceber. E o terapeuta comunica ao cliente aquilo que “vê”. A partir daí, os bonecos vão sendo posicionados de outros modos, com a percepção e o acompanhamento do cliente, até uma imagem final. Frases de solução são sugeridas pelo terapeuta durante o trabalho, que são verbalizadas pelo cliente, parecendo mesmo uma “brincadeira com bonecos”, como fazem as crianças, mas que trazem solução e alívio, muitas vezes vivenciados corporalmente pelo cliente, podendo este sentir os movimentos da alma. São frases de solução que explicitam a verdade anímica, que evidenciam o amor sistêmico, que liberam e reconciliam.

Neste trabalho lidamos com pontes visuais e com a reordenação dentro do sistema da pessoa. No entanto, as Constelações vão além, como afirma Schineider: “elas atuam em um campo onde há espaço para imagens anímicas e energias ou forças que conduzem a dimensões difíceis de serem descritas, para vivências de fenômenos de campos anímicos que estão além da mera observação”. "

Publicado no Jornal "O Aprendiz", Escrito por Ana Lucia Braga

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Este é um trabalho onde somente experimentando para sentir os resultados/soluções.
Tenho utilizado as Constelações Familiares /Empresariais com bonecos, figuras ou âncoras com pessoas que não sentem-se à vontade para estar em grupo e trabalhar com pessoas como representantes de seu tema.
A única diferença que percebo no trabalho das Constelações com bonecos, figuras ou ancoras, é uma exigência maior em termos de percepção/experiência por parte do terapeuta.
As Constelações Familiares/Empresariais são uma forma de solução/visualização de questões que envolvem o tema do cliente. 
Às vezes o cliente está em um processo terapêutico através de sessões junto a um psicólogo(a) e aparecem situações que não mudam dentro de um processo convencional... e ao trazer à luz seu tema dentro de uma Constelação, o próprio sistema familiar do cliente nos mostra os emaranhados e soluções possíveis. Em suma - eu diria que este é um trabalho de Amor e muito respeito aos que vieram antes em nossa família, e que nos traz sempre a melhor solução.
Uma boa semana
Tais

domingo, 17 de novembro de 2013

Quem é esse eu?


Gosto imensamente das parábolas e fábulas das tradições orientais. Li dia desses num texto budista uma indagação interessante: quando me sinto magoado, quem é esse “eu” que se magoou? Afinal, é possível não ser magoado? 

Todos nós construímos uma imagem que tomamos como “eu”. Por isso a Sociologia, em seus primórdios, chamava o ser social de “ator”. A palavra prósopon, em grego, significava tanto máscara quanto personagem. Assim, a “pessoa” era a “máscara” que utilizava em sua atuação no palco social. 

A partir de nossas relações com as pessoas e as coisas, desde crianças vamos construindo uma imagem de nós mesmos cujas partes tentamos mostrar aos outros ou esconder dos mesmos. Claro que quando alguém “desmascara”, isto é: identifica, uma parte de nós da qual gostamos, nos sentimos envaidecidos; quando é uma parte de nós que procuramos esconder, ficamos magoados. Mas isso só ocorre se confundirmos nosso “eu” com a máscara que ostentamos. 

É possível, então, não ser magoado? Parece que sim, na medida em que compreendemos que por detrás dessa máscara multifacetada que construímos encontra-se um “eu” real que deve compreender o porquê de aquela máscara ter sido construída e estar sendo mantida com tanto empenho. Daí, a máscara não será mais meu eu real e as pessoas que falarem dela estarão me ajudando a compreender-me melhor, não mais me magoando. Qual é sua máscara?"
Texto recebido por email de autor deconhecido

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Somos vários? 

Sim! Somos os vários que nossa multiplicidade nos permite ser, somos vários diante de nossas constantes metamorfoses, somos vários de acordo com nossos processos de significação, mas também somos vários de acordo com os papéis que escolhemos exercer na vida. Assim, a questão que se coloca não é mais: quem sou eu? A questão colocada agora é: como convivo comigo mesmo?
A reflexão sobre este tema pode ser muito interessante dependendo daquilo que vivemos neste momento.
Boa semana
Tais



domingo, 10 de novembro de 2013

Observação de si

Uma das tarefas mais desafiadoras de nossa existência é se libertar dos condicionamentos que nos foram impostos pelo mundo exterior. Eles geram falsas crenças a nosso próprio respeito que nos impedem de viver de verdade.

Para conseguir isso, é essencial começar a prestar atenção em todas as nuances que compõem o ser humano: corpo, mente, emoções e o Ser. O primeiro passo para o treino da atenção plena é a observação do corpo físico, suas reações e necessidades.

O segundo passo é o foco em nossos pensamentos. Sem uma percepção clara e objetiva do tipo de pensamentos que domina nossa mente, seguiremos direcionados por ações inconscientes e sofrendo as conseqüências deste tipo de atitude.

O terceiro passo é observar as emoções. Para conseguir alcançar um estado de paz e equilíbrio, é essencial ter em mente que a observação é apenas o começo da jornada. Mas, é uma prática essencial se quisermos avançar para em nosso crescimento interior.

O Ser, último estágio da jornada, se seguirá naturalmente ao alcance do equilíbrio entre mente e coração. Quando eles finalmente não se encontrarem mais em conflito, e sim num estado de total harmonia, os pensamentos seguindo fielmente o padrão da paz conquistada, aí então, haverá espaço para se viver plenamente a experiência do silêncio.

"...Toda negação cria tensão. Aceite. Se você quer relaxar, a aceitação é o caminho. Aceite tudo o que estiver acontecendo ao seu redor;

...Se você relaxa, você aceita; a aceitação da Existência é a única maneira de relaxar. Se uma pequena coisa perturba você, é a sua atitude que o está perturbando. Sente-se silenciosamente, escute tudo o que está acontecendo ao seu redor e relaxe. Aceite, relaxe e, de repente, você perceberá uma imensa energia subindo dentro de você.

Esta energia será percebida inicialmente como um aprofundamento de sua respiração. Normalmente, a sua respiração é muito superficial e, algumas vezes, se você tenta respirar mais profundamente, se você começa a fazer pranayama, você começa a forçar alguma coisa, você faz um esforço.

Tal esforço não é necessário. Simplesmente aceite a vida, relaxe e de repente você verá que a sua respiração está indo mais fundo do que o usual. Relaxe mais e a respiração irá mais fundo em você. Ela se torna lenta, ritmada e você pode quase saboreá-la; ela traz um certo prazer. Você tomará consciência, então, de que a respiração é a ponte entre você e o Todo. Simplesmente observe. Não faça coisa alguma.

E quando eu digo observe, não tente observar; senão você vai ficar tenso de novo e vai começar concentrando na respiração. Simplesmente, relaxe; permaneça relaxado e solto. E olhe, pois o que mais você pode fazer? Você está ali, nada há para ser feito, tudo foi aceito, nada há para ser negado ou rejeitado, nenhuma luta, nenhuma briga, nenhum conflito e a respiração continua aprofundando... O que você pode fazer?
Você simplesmente observa. Lembre-se: simplesmente observa".
Osho

Elisabeth Cavalcante
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Lembremo-nos: todos somos originalmente perfeitos. 
Por isso, quando eliminamos por meio da meditação as nuvens de ilusão que impediam o surgimento da perfeição original, passa a se manifestar naturalmente, também no mundo fenomênico, o aspecto original perfeito. Com a meditação extinguem-se a ilusão, as exacerbações emocionais, as inquietações e a mente se torna serena; então a vida torna-se mais leve!

Conhecer a si mesmo é ter consciência das várias facetas do próprio ser, observá-las e compreendê-las, tirando-as do porão do inconsciente para que elas não ajam como ditadoras tiranas do nosso destino.

Observe a sua realidade exterior, ela é o reflexo da sua realidade interior, a realidade que talvez, você queira esconder de si mesmo.

Não negligencie mais a própria evolução, você merece compreender que por baixo de todas as crenças, de todas as cascas, existe um ser dotado da mais alta sabedoria, amor, abundância, alegria e capacidade infinita. Não permita que a sua mente calcada em crenças errôneas construa e controle, tendenciosamente, o rumo do seu destino.
Uma boa semana à vocês. 
Tais



domingo, 3 de novembro de 2013

O alvo é Você!


"Quando o arqueiro atira por diversão, ele está de posse de toda sua habilidade. Quando você está brincando, não está tentando provar que você é alguém. Está à vontade, contente. Durante a brincadeira, apenas por diversão, você não está preocupado com o que os outros pensam de você.

Você já viu um pai numa luta simulada com o filho? Ele vai ser derrotado. Ele vai se deitar e a criança vai se sentar sobre o seu peito e rir, e dizer: " Eu sou o vencedor! - E o pai vai ficar feliz. É só diversão. Na diversão você pode ser derrotado e ficar feliz. A diversão não é uma coisa séria, não está relacionada ao ego. O ego é sempre sério.

Então lembre-se, se você é sério, você sempre está num tumulto interior. Um santo está sempre brincando, como se atirasse por diversão. Ele não está interessado em atirar num alvo específico, ele está apenas se divertindo.

Um filósofo alemão, Eugene Herrigel, foi ao Japão para aprender a meditar. No Japão eles usam todos os tipos de artifícios para ensinar meditação, incluindo o arco e a flecha. Herrigel era um arqueiro perfeito, acertava cem por cento. Nunca errava o alvo. Então ele procurou um mestre para aprender a meditar através do arco e flecha, porque ele já era hábil nisso.

Depois de três anos, Herrigel começou a sentir que aquilo era um desperdício de tempo, porque o mestre continuava insistindo que ele não deveria atirar. Ele dizia a Herrigel: "Deixe a flecha se lançar por si só. Você não deve estar presente quando aponta a flecha, deixe-a fazer ela mesma a pontaria.

"Era um absurdo. Para um ocidental em particular, era um completo absurdo: " " O que quer dizer com isso, deixar que a flecha se lance por si só? Como uma flecha pode se atirar por si só? Eu tenho que fazer alguma coisa." E ele continuava, e nunca errava o alvo.
Mas o mestre dizia: " O alvo não é o alvo coisa nenhuma. VOCÊ é o alvo! Eu não estou vendo se você está atingindo o alvo ou não. Essa é uma habilidade mecânica. Eu estou olhando para você, para ver se você está presente ou não. Atire para se divertir! Divirta-se, não tente provar que nunca perde o alvo. Não tente provar o ego. Ele já está lá, você está lá, não há necessidade de prová-lo. Fique à vontade e permita que a flecha atire a si mesma.

"Herrigel não conseguia entender. Ele tentou e tentou e disse repetidas vezes: " Se minha pontaria é cem por cento correta, por que você não me dá o certificado?"
A mente ocidental está sempre interessada no resultado final e a oriental está sempre interessada no começo, não no final - no arqueiro, não no alvo. O resultado final não tem importância. Então o mestre dizia: " Não!"

Então, completamente decepcionado, Herrigel pediu para ir embora. Ele disse: " Então eu terei que ir. Três anos é muito, e não ganhei nada com isso e você continua dizendo não e continua dizendo que ainda sou o mesmo."

No dia em que estava para sair, ele tinha acabado de se despedir. O mestre estava ensinando outros discípulos. Naquela manhã, Herrigel não estava interessado em nada; ele estava partindo, tinha desistido de todo o projeto. Então, estava apenas esperando ali até que o mestre estivesse desocupado. Ele se despediria e iria embora.

Sentado em um banco, ele olhou para o mestre, pela primeira vez. Pela primeira vez em três anos ele olhou para o mestre. Na verdade ele não estava fazendo nada; era como se a flecha estivesse atirando a si mesma. O mestre não estava sério, ele estava brincando, ele estava se divertindo. Não havia ninguém interessado no alvo.

O ego é sempre orientado para o alvo. A diversão não tem meta a alcançar, o divertimento está no início, quando a flecha deixa o arco. Se ela dispara, isso é acidental; se atinge o alvo ou não, essa não é a questão. Mas, quando a flecha deixa o arco, o arqueiro deve estar brincando, se divertindo, sem se levar a sério. Quando está sério, você está tenso; quando não está sério, você está relaxado, você está presente. Quando você está tenso, o ego está presente, você está entorpecido.

Pela primeira vez Herrigel olhou - porque agora ele não estava estressado. Aquilo não era mais da conta dele, ele tinha desistido da coisa toda. Estava indo embora, então não havia mais porque levar tudo à sério. Ele tinha aceitado o seu fracasso, não havia nada para ser provado. Ele olhou, e pela primeira vez, seus olhos não estavam obcecados com o alvo. Ele olhou para o mestre e era como se a flecha estivesse atirando a si mesma do arco. O mestre estava só dando energia a ela, ele não estava atirando. Não estava fazendo nada, a coisa toda era feita sem esforço. Herrigel olhou e pela primeira vez entendeu o que significava.

Como que enfeitiçado, ele se aproximou do mestre, tomou o arco de sua mão e recuou a flecha. O mestre disse: " Você compreendeu. Isso é que eu tenho dito para você fazem três anos." A seta ainda não havia deixado o arco quando o mestre disse: " Concluído: O alvo foi atingido."
Agora ele estava se divertindo, ele não estava sério, ele não estava preocupado com o objetivo.

Essa é a diferença. A diversão não visa um objetivo, ela não tem objetivo; A diversão não visa um objetivo, ela não tem objetivo. A diversão é a própria meta, o valor intrínseco, nada mais. Você se divertiu é o que basta. Não há nenhum propósito, você brincou, isso é tudo. (...)

Quando você está atirando para se divertir, você não está em conflito. Não exitem dois, sua mente não vai a lugar algum. Sua mente não está indo - então você está inteiro. Então a habilidade está lá. (...) Todo o seu ser está disponível. E, quando todo o ser está disponível, você tem uma beleza, uma graça, uma qualidade totalmente diferente de ser. Quando você está dividido, sério, tenso, você é feio. Você pode ter sucesso, mas seu sucesso vai ser feio. Você pode provar para alguém que você é alguém, mas você não está provando nada, você está simplesmente criando uma imagem falsa. Mas, quando você é total, descontraído, inteiro, pode ser que ninguém conheça você, mas você é.

E essa totalidade é a benção, a bem-aventurança, a beatitude que acontece a uma mente meditativa, que acontece na meditação."
Osho, em O Barco Vazio "Quando o arqueiro atira por diversão, ele está de posse de toda sua habilidade. Quando você está brincando, não está tentando provar que você é alguém. Está à vontade, contente. Durante a brincadeira, apenas por diversão, você não está preocupado com o que os outros pensam de você.
Você já viu um pai numa luta simulada com o filho? Ele vai ser derrotado. Ele vai se deitar e a criança vai se sentar sobre o seu peito e rir, e dizer: " Eu sou o vencedor! - E o pai vai ficar feliz. É só diversão. Na diversão você pode ser derrotado e ficar feliz. A diversão não é uma coisa séria, não está relacionada ao ego. O ego é sempre sério.

Então lembre-se, se você é sério, você sempre está num tumulto interior. Um santo está sempre brincando, como se atirasse por diversão. Ele não está interessado em atirar num alvo específico, ele está apenas se divertindo.

Essa é a diferença. A diversão não visa um objetivo, ela não tem objetivo; A diversão é a própria meta, o valor intrínseco, nada mais. Você se divertiu é o que basta. Não há nenhum propósito, você brincou, isso é tudo. (...)
Osho, em O Barco Vazio
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O vazio vai ser o caminho, a meta, tudo. A partir de hoje, tente se esvaziar de tudo o que encontrar dentro de você: sua infelicidade, sua raiva, seu ego, seus ciúmes, seus sofrimentos, suas dores, seus prazeres – tudo o que você encontrar, basta jogar fora. Sem fazer distinção, sem fazer escolhas, esvazie-se. E no momento em que estiver totalmente vazio, de repente você vai ver que você é o todo, a totalidade. Por meio do vácuo, o todo é atingido.

A meditação nada mais é que um esvaziamento, nada mais é do que se tornar ninguém. Viva como um ninguém. Se você provocar raiva em alguém e colidir com essa pessoa, lembre-se, você deve estar no barco. Logo, quando o seu barco estiver vazio, você não colidirá, não haverá nenhum conflito, nenhuma raiva, nenhuma violência – nada.

Esse nada é a bênção, esse nada é a bem-aventurança. É por esse nada que você tem procurado a vida toda. Mas a menos que o buscador desapareça, não pode haver satisfação. Entre no vazio, torne-se ninguém, e continue vazio. Ande por este vasto mundo como um barco vazio, e todas as bênçãos que são possíveis na existência serão suas. Reivindique-as, mas você só pode reivindica-las quando você não está . Esse é o problema – como não estar. Eu digo a você que esse problema pode ser resolvido. Eu estou a caminho...e praticamente resolvi, é por isso que digo isso.

Medite sobre isso, ore por isso, faça todos os esforços para isso. E lembre-se apenas de uma coisa – você tem que se tornar um barco vazio.

Tais