domingo, 28 de julho de 2013

Resiliência



"O problema não é o problema.
O problema é sua atitude com relação ao problema".
(Kelly Young)

Hoje, a tristeza me visitou. Tocou a campainha, subiu as escadas, bateu à porta e entrou. Não ofereci resistência. Houve um tempo em que eu fazia o impossível para evitá-la adentrar os meus domínios. E quando isso acontecia, discutíamos demoradamente. Era uma experiência desgastante. Aprendi que o melhor a fazer é deixá-la seguir seu curso. Agora, sequer dialogamos. Ela entra, senta-se na sala de estar, sirvo-lhe uma bebida qualquer, apresento-lhe a televisão e a esqueço! Quando me dou por conta, o recinto está vazio. Ela partiu, sem arroubos e sem deixar rastros. Cumpriu sua missão sem afetar minha vida.

Hoje, a doença também me visitou. Mas esta tem outros métodos. E outros propósitos. Chegou sem pedir licença, invadindo o ambiente. Instalou-se em minha garganta e foi ter com minhas amígdalas. A prescrição é sempre a mesma: amoxicilina e paracetamol. Faço uso destes medicamentos e sinto-me absolutamente prostrado! Acho que é por isso que os chamam de antibióticos. Porque são contra a vida. Não apenas a vida de bactérias e vírus, mas toda e qualquer vida...

Hoje, problemas do passado também me visitaram. Não vieram pelo telefone porque palavras pronunciadas ativam as emoções apenas no momento e, depois, perdem-se difusas, levadas pela brisa. Vieram pelo correio, impressos em papel e letras de baixa qualidade, anunciando sua perenidade, sua condição de fantasmas eternos até que sejam exorcizados.

Diante deste quadro, não há como deixar de sentir-se apequenado nestes momentos. O mundo ao redor parece conspirar contra o bem, a estabilidade e o equilíbrio que tanto se persegue. O desânimo comparece estampado em ombros arqueados e olhos sem brilho, que pedem para derramar lágrimas de alívio. Então, choro. E o faço porque Maurice Druon ensinou-me, através de seu inocente Tistu, que se você não chora, as lágrimas endurecem no peito e o coração fica duro.

Limão e Limonada 

As ciências humanas estão sempre tomando emprestado das exatas, termos e conceitos. A última novidade vem da física e atende pelo nome de resiliência. Significa resistência ao choque ou a propriedade pela qual a energia potencial armazenada em um corpo deformado é devolvida quando cessa a tensão incidente sobre o mesmo.

Em humanas, a resiliência passou a designar a capacidade de se resistir flexivelmente à adversidade, utilizando-a para o desenvolvimento pessoal, profissional e social. Traduzindo isso através de um dito popular, é fazer de cada limão, ou seja, de cada contrariedade que a vida nos apresenta, uma limonada saborosa, refrescante e agradável.

Aprendi que pouco adianta brigar com problemas. É preciso enfrentá-los para não ser destruído por eles, resolvendo-os. E com rapidez, de maneira certa ou errada. Problemas são como bebês, só crescem se alimentados. Muitos se resolvem por si mesmos. Mas quando você os soluciona de forma inadequada, eles voltam, dão-lhe uma rasteira e, aí sim, você os anula com correção. A felicidade, pontuou Michael Jansen, não é a ausência de problemas. A ausência de problemas é o tédio. A felicidade são grandes problemas bem administrados.

Aprendi a combater as doenças. As do corpo e as da mente. Percebê-las, identificá-las, respeitá-las e aniquilá-las. Muitas decorrem menos do que nos falta e mais do mau uso que fazemos do que temos. E a velocidade é tudo neste combate. Agir rápido é a palavra de ordem. Melhor do que ser preventivo é ser preditivo.

Aprendi a aceitar a tristeza. Não o ano todo, mas apenas um dia, à luz dos ensinamentos de Victor Hugo. O poeta dizia que "tristeza não tem fim, felicidade, sim". Porém, discordo. Penso que os dois são finitos. E cíclicos. O segredo é contemplar as pequenas alegrias em vez de aguardar a grande felicidade. Uma alegria destrói cem tristezas...

Modismo ou não, tornei-me resiliente. A palavra em si pode cair no ostracismo, mas terá servido para ilustrar minha atitude cultivada ao longo dos anos diante das dificuldades impostas ou autoimpostas que enfrentei pelo caminho, transformando desânimo em persistência, descrédito em esperança, obstáculos em oportunidades, tristeza em alegria.

Nós apreciamos o calor porque já sentimos o frio. Admiramos a luz porque já estivemos no escuro. Contemplamos a saúde porque já fomos enfermos. Podemos, pois, experimentar a felicidade porque já conhecemos a tristeza.

Olhe para o céu, agora! Se é dia, o sol brilha e aquece. Se é noite, a lua ilumina e abraça. E assim será novamente amanhã. E assim é feita a vida.
Tom Coelho
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Nas Olimpíadas, é limitado o número de atletas qualificados para participar dos jogos. Mas, nesta vida, todas as pessoas são, desde o princípio, possuidoras de força infinita; não são eleitas somente as pessoas especiais.
Então, como descobrir a força latente? Posso garantir que o trabalho de trazê-la à tona será, para todas as pessoas, uma alegre e agradável jornada da vida.
Certamente, haverá dificuldades e sofrimentos durante os treinamentos, e somente as pessoas capazes de enfrentá-los conseguirão persistir.
Dentro de todos nós existe um Eu perfeito, esperando para ser descoberto...
Vamos em busca Dele?
Boa semana
Taís

domingo, 21 de julho de 2013

Por que algumas pessoas simplesmente não se enxergam?


Já conheceu alguém que é bonito, inteligente, gente boa mesmo, mas que simplesmente não se acha? É o contrário daqueles um tanto 'sem noção' que, cheios de arrogância e prepotência, tornam-se inconvenientes e chatos. Essas pessoas de quem falo agora são realmente interessantes, mas por algum estranho motivo, não conseguem se validar! Chegam a ponto de se considerarem feias, sem graça e com poucos ou nenhum atributo que as tornem dignas de serem escolhidas pela vida.



Amigos e familiares insistem em ressaltar as qualidades da pessoa, não se cansam de repetir como ela é querida, mas seus olhos continuam apagados para si mesma. Olham-se diante do espelho e o máximo que conseguem se dar é um suspiro. Um longo e profundo suspiro que revela sua dificuldade de se gostar, de se namorar! 

Sim, existem pessoas que não se namoram! E isso é muito triste, porque perdem a chance de desvendar o seu melhor, de oferecer ao mundo suas exclusivas e preciosas características. E desperdiçam seus dias focados no que consideram defeitos e mais defeitos. Imperfeições que lhe roubam razões para viverem com propriedade e autoridade. 

Assim, começam relacionamentos nos quais não acreditam. Não entendem o que o outro viu nelas. Acham que vai acabar a qualquer momento. Não se acham merecedoras de tal felicidade. Outras, ainda, não se atrevem a ocupar seu lugar no departamento onde trabalham, sempre se calando e deixando os créditos para os colegas, sempre se escondendo atrás da mesa, do computador, de quem quer que seja, simplesmente porque não suportam a ideia de serem reconhecidas por algo que elas mesmas não enxergam em si. 

Por que será? O que falta? Óculos? Simancol? Autoestima? Pode ser! Mas creio que falta mesmo retirar as grossas camadas de proteção que pessoas assim vão colocando sobre sua imagem ao longo da vida. Falta identificar de que e de quem estão se defendendo e quais defesas (crenças) são essas. 

Será que se ver bonito significa ter de lidar com o assédio e o interesse das pessoas? Será que se admitir inteligente é ter de se arriscar a cometer erros? Será que se considerar interessante é ter de 'aparecer' mais do que alguém a quem se ama? Será que ocupar seu lugar no mundo e se permitir desejar e ser diferente significa magoar alguém importante? Será que ser magro e ter um corpo atraente é atrair situações com as quais não se sabe lidar? 

A ótima notícia é que para todos esses medos existem soluções. Talvez se leve algum tempo até encontrar, dentro de si, os caminhos e as ferramentas para viver num mundo que inclui, sim, todos esses riscos. Mas são apenas riscos e nunca certezas! A única certeza é a de que, enquanto tais pessoas não se enxergarem, continuarão como que sem ser de verdade. Como um jogador que nunca entra em campo. Como um ator que nunca sobe ao palco. Como um convidado VIP que nunca se aproxima da pista de dança ou da mesa onde está servido o banquete. 

Se você se sente assim, não deixe mais tempo passar sem nada fazer para mudar esse cenário. Busque ajuda. Reflita. Ao menos considere a possibilidade de estar equivocado sobre si mesmo. Reconheça, nem que seja só para si, o que tem de bom a oferecer ao mundo, seja no trabalho, nas relações e no amor. Viva um dia de cada vez e, passo a passo, ocupe seu lugar! 
Rosana Braga
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Gosto imensamente das parábolas e fábulas das tradições orientais. Li dia desses num texto budista uma indagação interessante: quando me sinto magoado, quem é esse “eu” que se magoou? 
Afinal, é possível não ser magoado? 
Todos nós construímos uma imagem que tomamos como “eu”. Por isso a Sociologia, em seus primórdios, chamava o ser social de “ator”. 
A palavra prósopon, em grego, significava tanto máscara quanto personagem. Assim, a “pessoa” era a “máscara” que utilizava em sua atuação no palco social. A partir de nossas relações com as pessoas e as coisas, desde crianças vamos construindo uma imagem de nós mesmos cujas partes tentamos mostrar aos outros ou esconder dos mesmos. 
Claro que quando alguém “desmascara”, isto é: identifica, uma parte de nós da qual gostamos, nos sentimos envaidecidos; quando é uma parte de nós que procuramos esconder, ficamos magoados. 
Mas isso só ocorre se confundirmos nosso “eu” com a máscara que ostentamos. 
É possível, então, não ser magoado? Parece que sim, na medida em que compreendemos que por detrás dessa máscara multifacetada que construímos encontra-se um “eu” real que deve compreender o porquê de aquela máscara ter sido construída e estar sendo mantida com tanto empenho. 
Daí, a máscara não será mais meu eu real e as pessoas que falarem dela estarão me ajudando a compreender-me melhor, não mais me magoando. 
Qual é sua máscara? Tais





domingo, 14 de julho de 2013

Desfazer laços para desfazer nós

Recebi uma foto de uma menina que perdeu a mãe na guerra e no chão do pátio do orfanato desenhou com giz a figura de uma mulher e depois se deitou sobre a mãe simbólica como buscasse se aconchegar no colo daquela que não existia mais... Ficou ali parada como se estivesse sendo acolhida da profunda sensação de desamparo e saudade que carregava em si.


                            

Esta imagem da menina sobre a mãe de cimento, a mãe onírica me comoveu a ponto de revê-la algumas vezes. Quando a tinha sob os meus olhos me reportava aos conceitos sobre nossa vida intrauterina e toda a correlata condição de perfeição que vivenciamos durante esses nove meses e me levei também a pensar sobre a nossa necessidade psicológica de ter um “outro” em nossa vida que nos propicie a sensação indispensável de amparo.

Qualquer ser deseja encontrar alguém em que se possa confiar e contar.Quem deixa de sonhar com esse amparo?

Conquistar esta certeza do outro apazígua nossas inseguranças e fortalece nossa confiança para se viver o cotidiano. Necessitamos beber dessa fonte de amparo, assim como necessitamos de água.

As mães sem nome, aquelas que perderam os filhos por alguma doença ou acidente que agora irão receber a benção do Papa, representam na união entre elas, essa busca para a formação do colo acolhedor e apaziguador desenhado pela menina órfã.
Quando nascemos somos muito abraçados e por vezes com o tempo esses abraços se tornam rarefeitos e se reduzem a esbarrões ou toques da vida sexual.

A modernidade exacerbou o conceito da formação do self e da autonomia absoluta onde a necessidade pelo outro passou a ser considerada como algo neurótico. Ideias como: “Se você pode fazer sozinho... Então faça!”

“Você deve desenvolver o Self Service: autonomia; liberdade absoluta; se amar e se bastar totalmente”.
A amplitude deste conceito foi tão difundida que trouxe em muitos o constrangimento em admitir a necessidade de sentir que pertence a alguém ou que necessita de um olhar de apoio e amparo. 

A mentalidade do self distorcida de servir por si, de viver por si trouxe esse sentimento de solidão acompanhada que as pessoas carregam atualmente.
Quantos estão cercados de pessoas, inseridos em vidas sociais e profissionais, mas com medo de criar vínculos, com medo de aprofundar as relações pelo medo de criar a dependência? Muitos aderiram a esta ideia de independência absoluta sem perceberem as consequências emocionais negativas que derivam daí. Estão plenos fora, mas impedidos de se alimentar dentro.

Estão ligados, mas sem conexão.
Não se vai fundo nas entregas para preservar a autonomia. 
O que isto gerou?

- A sensação de desamparo - A sensação de solidão acompanhada.
Desfizeram os nós neuróticos da simbiose, mas esqueceram de manter os laços.
Criou-se a “Síndrome do Eu” e a “Sociedade do Fico, Mas Não Permaneço”, onde se está longe de oferecer a certeza das permanências.
No mundo atual, o corpo objetivo se relaciona, mas o corpo subjetivo está impedido por este conceito de modernidade de viver os elos. 

Eis o lema de uma falsa psicologia: “Independência em tudo ou morte das relações e obrigações”.

Clarice Lispector tem a expressão “Somos o Outro do Outro”, onde preserva a si quanto ao risco da absoluta fusão, mas sem invalidar que para ser um eu deve haver o outro que nos une e com isso diferencia.

A ideia de treinar a independência absoluta congela a nossa humanidade e traz a dificuldade de entrega que atualmente assistimos nas relações de amizade, sociais e íntimas.
Para se desfazer os nós que atavam as pessoas até os anos 50, numa condição de anulação e recalque, esqueceram de preservar os vínculos. Esqueceram os laços ao desfazerem os nós.

Hoje considerados “espertos” são os desatados, são os “Self Live Emotion”.
Somos feitos das misturas desde o óvulo e o espermatozoide que se fundem através do abraço profundo de dois corpos que se tornam nossos pais. Evidente que para nascermos temos que sair do outro, mas para encontrar logo outro que nos acolha, ampare e depois tantos outros que nos ensinam... e de outro em outro nos tornamos o Eu.

Um Eu capaz de se preservar, mas capaz de se entregar.

Numa matéria de capa de uma Revista de Domingo, discorrem os depoimentos sobre as dores vivenciadas nas perdas e no consequente doloroso rompimento dos laços e ali se vê o papel fundamental dos novos elos que são gradualmente estabelecidos para se manter o laço com a vida.

Você precisa de ar para respirar, vai treinar poucas quantidades para não ser dependente? 
Vai tentar se bastar sem água? Sem proteínas?
Apenas para não ser dependente vai se tornar anoréxico? 
Para evitar os excessos se mergulha no nada?

A armadura afetiva seca a alma...
A alma se hidrata de fertilizantes da convivência com ternura e gratidão do encontro.
Os laços que damos nos cadarços dos sapatos dão firmeza no caminhar... Calçam a nossa existência. Sem eles com o tempo nos tornamos descalços e suscetíveis a machucados ao andarmos.

Laços estão longe de serem Nós.
Crie laços em tudo que faz, em todos que ama para que sua alma possa se sentir conectada e portanto acompanhada.

Como tão bem disse Clarice Lispector: Pertencer é Viver!!!"


Prof. Manoel Thomaz Carneiro

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É para refletir mesmo...o que estamos fazendo nas nossas relações?
Fiquei sem ter o que dizer diante dos escritos do Prof  Manoel Thomaz Carneiro e quis dividir com vocês.
Boa semana e que estas palavras despertem em vocês uma reavaliação na forma de relacionar-se.
Tais

domingo, 7 de julho de 2013

Liberte-se


 É impossível colocar a verdade em palavras.
O autor do texto a seguir transcrito em 1932 -Dr Edward Bach -  não desejava fazer pregações. De fato, ele detestava esse método de transmissão e conhecimento. Por isso, no texto abaixo, tenta mostrar, da maneira mais clara e simples possível, o propósito de nossas vidas, o que fazer nas dificuldades pelas quais passamos e os meios através dos quais podemos alcançar novamente a saúde(física, emocional etc...) e como cada um de nós pode, realmente, se tornar o seu próprio médico.
Tais
A história da Vida é tão simples quanto esta.
          Uma criança resolve desenhar uma casa para dar de presente à sua mãe, no dia de seu aniversário. Em sua mente a casa já está desenhada; ela já tinha imaginado os menores detalhes, faltando apenas colocar no papel.
          Pegou a aquarela, os pincéis e o papel, e cheia de felicidade e entusiasmo, começou a trabalhar. Toda a sua atenção e interesse estavam concentrados no que estava fazendo-nada poderia distraí-la de seu trabalho. A pintura é terminada em tempo para o aniversário. Empregando, sua melhor habilidade,  ela deu forma à sua ideia  de uma casa. É uma obra de arte, porque tudo veio e foi feito por ela própria, cada traço foi realizado com o amor que tem pela mãe; cada janela, cada porta pintada com a convicção de que tinha que ser desenhada exatamente no local em que estava. A casa pode até estar parecendo um monte de feno, mas é a mais perfeita casa que já pintou; é um sucesso porque a pequena artista, colocou todo seu coração e sua alma, todo o seu ser na produção da pintura.
          Isso é saúde, sucesso, felicidade e verdadeiro serviço. Servir  através do amor, em perfeita liberdade e à nossa própria maneira.
          Assim viemos ao mundo, sabendo que quadro teremos de pintar, já tendo mapeado todo o caminho através da vida e tudo o que precisamos fazer é materializar esse quadro. Chegamos ao mundo cheios de interesse e alegria, concentrando toda a nossa atenção no aperfeiçoamento da pintura e dispondo-nos a empregar nossa melhor habilidade na tradução de nossos pensamentos e ideias para a vida física de qualquer ambiente que tenhamos escolhido.
           Então, se seguirmos, do princípio ao fim,  nosso próprios ideais, nosso próprios desejos, com toda a força que possuímos  não haverá fracasso. Nossa vida será um tremendo sucesso, saudável e feliz.
          Agora a mesma história da criança-pintora, ilustrará como, se deixarmos, as dificuldades da vida podem interferir nesse sucesso, felicidade e na saúde, afastando-nos de nosso objetivo.
          A criança está ocupada e feliz pintando, quando alguém chega perto e diz: "Por que não coloca uma janela aqui e uma porta ali e, obviamente, o caminhos do jardim por este lado?" O resultado na criança será a perda total do interesse na obra. Ela pode até continuar e desenhar, mas agora estará colocando no papel as ideias de uma outra pessoa. Pode ficar irritada, infeliz, com medo de recusar as sugestões. Começa a odiar a pintura e talvez chore. De fato, conforme a personalidade da criança, será essa a reação.
          Talvez a pintura final seja uma casa reconhecível como tal, mas será imperfeita e um fracasso, porque é a interpretação e os pensamentos de outra pessoa. Não terá mais utilidade como presente de aniversário, porque não será terminada a tempo e a mãe terá de esperar mais um ano inteirinho pelo seu presente.
          Isso é doença; a reação à interferência. É uma infelicidade e um fracasso temporários e ocorre quando permitimos que outras pessoas interfiram em nossos propósitos de vida e implantem em nossas mentes a dúvida, o medo, ou a indiferença.

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A saúde é nossa herança, nosso direito. É a completa e total união entre alma, mente e corpo e não um ideal longínquo a ser alcançado, mas um objetivo tão fácil  e natural, que muitos de nós negligenciam.
Cada um de nós tem uma missão divina neste mundo e nossas almas  usam nossas mentes e corpos como instrumentos  para a realização dessa missão, de modo que, usando os três, alma, mente e corpo, trabalhando em uníssono, o resultado é a perfeita felicidade.
Nossa alma nos guia, se lhe dermos ouvidos, em todas as circunstâncias, e em cada dificuldade (treino...treino...e meditação para viabilizar a escuta através do silencio).
A mente e o corpo assim dirigidos transporão a vida irradiando felicidade e perfeita saúde, livres de todas as preocupações e responsabilidades , como uma criança confiante.
Não seria bom?
Tais