domingo, 24 de fevereiro de 2013

Sobre o Pecado


Algumas pessoas afirmam "O pecado nem sempre é punido". "Castigo divino é coisa que não existe", e citam os que prosperam apesar de serem pessoas "ruins".
Não é Deus que nos castiga, ele é consequência do fato do próprio pecado revelar sua imperfeição sob forma concreta no "espelho" do mundo exterior.
Na verdade, as consequências apenas não aparecem neste momento...mas elas aparecerão ! No próprio "pecador" ou nas gerações vindouras... Às vezes não deparamos com pessoas que, aos nossos olhos, "pagam um preço alto" para viver, não é verdade? E não conseguimos compreender o porquê de tanto insucesso material, espiritual ou emocional....
As Constelações nos mostram com bastante clareza as consequências de atitudes que fogem das Ordens do Amor (publicação da semana passada).
E tem mais uma coisa que acho bem interessante, que é: " Se não nos arrependermos, cumprir-se-á a lei da concretização dos nossos pensamentos, e é incontável a quantidade de pensamentos iníquos que temos tido no passado, os quais alimentam o carma negativo...que passarão a se materializar no mundo real, não se extinguindo enquanto não punirmos a nós mesmos.
Tais


Imaginemos o pecado como um "papel de embrulho" - já que o pecado é aquilo que encobre nossa essência e impede a sua revelação. Se um embrulho é dado a alguém, é para que ele remova o invólucro e receba com gratidão o presente que está dentro dele, e não para ficar olhando o embrulho em si, ou o invólucro em si. Se ele deixar o embrulho escondido numa prateleira, sem o abrir, o conteúdo ( verdade interna) desse embrulho não se revelará.. Quando o embrulho for trazido para um lugar claro, o invólucro será retirado e revelar-se-á o seu conteúdo. O mesmo acontece com o homem; somente quando ele for exposto á Luz da Verdade é que o invólucro do pecado será desfeito e surgirá a sua verdadeira imagem, perfeita e bela.



Se o pecado se manisfesta em forma de infelicidade, é para que, com essa manifestação, ocorra sua auto desintegração. Se o pacote vem embrulhado, é para que o embrulho seja desfeito. Se a doença manifesta sintomas, é para que através deles, se processe a cura. A sensação desagradável de formigamento nos pés ocorre quando o entorpecimento está começando a passar. Assim também é o pecado. Não é para comprovar a sua existência que o pecado aparece no mundo físico em forma de infelicidade. Podemos dizer que ele aparece para que, através de seu desaparecimento, se revele a nossa verdadeira pessoa perfeita, criada por um ente superior.


Se nos vemos como seres perfeitos e mudamos, o "embrulho"será desfeito e o seu conteúdo se revelará imediatamente; então o invólucro não terá mais importância, qualquer que seja a aparência dele, e será removido e jogado fora.


Trechos adaptados do livro  A Verdade da Vida - vol 13- Masaharu Tanigushi

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Gosto muito de metáforas, elas nos expõem a uma linguagem cifrada...e age sem que precisemos nos esforçar para tal, sem a necessidade de um esforço mental ou entendimento. Ela age...apenas isso!

Tal como as Constelações, elas atuam, uma vez que a alma sabe do que necessitamos, sem julgamento de bom ou ruim...mas apenas do que necessitamos.

Uma bela semana para vocês!
Tais

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

As ordens do amor



As Ordens do Amor - conjunto de "leis" que regem a estrutura familiar, como uma força invisível que tem a função manter equilíbrio do sistema.
"Todas as vezes que ela é desorganizada, surge o desequilíbrio, através de um ou mais  membros que compõem o sistema".
Bert Hellinger, através da observação fenomenológica do processo das Constelações nos Sistemas familiares, concluiu que estes têm uma espécie de consciência que exige  que o mesmo esteja em ordem. Para manter a ordem, esta consciência segue à risca três princípios básicos: Pertencimento, Hierarquia e Dar e Receber.

Pertencimento: Todos os membros da família têm o mesmo direito a pertencer.
"Cada um tem um lugar".
Quem pertence ao sistema Familiar?
Família atual (parceiro/a; filhos; relacionamentos anteriores dos pais; pais adotivos; tios;avós; bisavós; pessoas que foram prejudicadas por/prejudicaram alguém do sistema familiar).

Hierarquia: Cada membro deve tomar o seu lugar de acordo com seu nível de pertencimento.
"Cada um no seu lugar".
Regras: quem chegou primeiro tem precedência; quem chegou depois vêm a seguir.
Na família atual os pais vêm primeiro e os filhos vêm depois; os irmãos, na ordem da chegada.
Entre a família de origem e a família atual: a família de origem vêm primeiro na hierarquia (reverência e respeito), mas a família atual tem prioridade (de foco).
Em resumo: a hierarquia precisa atender dois critérios: Tempo (ordem e chegada) e peso (prioridade de foco).

Dar e receber: "Sentimos credores quando damos e devedores quando recebemos."
Precisa haver equilíbrio entre o dar e receber nas relações; exceção apenas na relação pais e filhos (o que os filhos recebem dos pais é tão grande( a vida) que não há como retribuir.
Estas regras das Ordens do Amor não têm a ver com as regras sociais ou crenças familiares. Trata-se de um contexto terapêutico.
Para Bert Hellinger, se o sistema está em desequilíbrio é porque pelo menos uma das ordens está sendo desrespeitada (este desrespeito acontece de forma inconsciente).
A função/razão dos problemas e emaranhamentos é chamar a atenção para o desequilíbrio, possibilitando o restabelecimento da harmonia e a cura de si e do sistema.


Aguinalda Maria Rosa
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Na visão holística o ser humano, ele é uma totalidade onde tudo está interligado; aspecto físico,mental, emocional e intelectual - um influenciando o outro.A doença por exemplo, é entendida como a expressão física de conflitos interiores - quando o que faço e penso está em desarmonia com o que sou e em desequilíbrio com as leis da natureza.

Nas Constelações Familiares e Empresariais, podemos "ver" com toda clareza, qual é a Ordem que está sendo infringida. A "cura" (física, emocional, espiritual) só acontece quando há um entendimento daquilo que esta fora das Ordens do Amor...
Nas Constelações não existe "o certo ou o errado", não há julgamentos. Na verdade a solução é sempre boa (mesmo que as vezes, o que se mostra não é o que cliente quer). A sistema familiar sempre sabe o que seus membros necessitam.
E aqui também está implícita a necessidade de continuidade do processo do cliente.Por exemplo - se percebo que preciso mudar algumas coisas em relação ao meu filho, e não mudo...apenas algumas coisas poderão melhorar ou até piorar...
Copiando Bert Hellinger; " Quem pode se entregar aos movimentos da alma, pode evoluir. Mas, frequentemente, somos desconectados dos movimentos da alma pelo nosso vínculo a ambas as consciências "(ver postagem no blog sobre os tipos de consciência - do destino, pessoal e coletiva - publicadas nos meses de setembro e outubro de 2012). "Por isso pergunto: o que faz aquele que é totalmente livre? Ele paira em algum lugar no ar e não aproveita. Mas quando se sabe estar vinculado e se entra nesse processo e nele experimenta essa purificação, isso nos faz felizes. Nesse sentido, não nos liberta, mas nos torna maiores." 
Abraços calorosos para todos vocês!
Tais

É Carnaval?



Antigamente, quando o carnaval tinha lança-perfume da Rhodia (chamada Rodouro) e era vendida na porta do clube, a coisa era mais organizada. As pessoas esperavam pelo carnaval. Hoje tem carnaval todo dia. Naquele tempo, já dizia Jesus a seus discípulos-foliões, todo mundo trabalhava os outros 361 dias do ano. Ou estudava. Então, quando chegava o carnaval, o negócio era pra valer. Homem vestido de mulher era o mínimo que se permitia.

O evento – sim, era um evento – começava meses antes. Os compositores, os melhores compositores brasileiros, faziam as músicas “para o próximo carnaval”. Os cineastas brasileiros faziam os musicais da Atlântida para lançar as pérolas. Quando chegava fevereiro todo mundo já sabia “de cor e salteado” umas dez delas. Cidade Maravilhosa, Olha a Cabeleira do Zezé, Pierrô Apaixonado, Chiquita Gonzaga, lá da Martinica, Letra Ó, De Caniço e Samburá, Coração Corinthiano.

E, em função das músicas, se faziam os blocos para o clube. Famílias se reuniam, se organizavam, bolavam os figurinos, gastavam uma “nota preta”.
Nos dois sábados que antecediam as quatro noites, tínhamos o que era chamado de “pré”. Não, não tinha nada a ver com cheque-pré. O baile pré-carnavalesco já vinha embutido no preço das mesas para as quatro delirantes noites. Era o aquecimento, o treino, o bate-bola, o bate-coxa.

As pessoas cheiravam (lança) e caiam no meio do salão e aquilo era uma festa, não era uma droga. Outras bebiam e iam regurgitar lá na varanda. E depois, é claro, tinha uma bela duma sopa de cebola que ia até lá pelas oito da manhã. Sendo que no sábado e na terça tinham as matinês para a “gurizada”. E os jovens pais aproveitam para colocar os filhos nos ombros e cairem na gandaia naquele calor carnavalesco.

Namoros começavam naqueles dias. Outros, terminavam por causa de algum rapaz ou moça da capital que vinham cativar a caipirada. E quem “animava” os bailes eram grandes orquestras com mais de quarenta músicos. Orquestras que eram contratadas a preço de ouro um ano antes.
O carnaval era uma coisa séria, minha senhora. Hoje todo dia é dia de carnaval. Mas sem ter lança-perfume para jogar na bundinha das meninas, não tem a menor graça.

Agora quando chega o carnaval as pessoas procuram uma praia para descansar do carnaval que foi o ano todo. Onde já se viu?

E eu, como atualmente moro numa praia, estou pensando – seriamente – em cair na gandaia daqui a pouco. Vestir uma camisa listrada e sair por aí, “botando bezerro, botando pelo ladrão, deitando o verbo, destripando o mico, deitando carga ao mar, falando aos peixes”.

Revista Voguerg
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Semana de festas...se não brincando carnaval, pelo menos assistindo-o . Festa que orgulha os brasileiros , que divulga o país lá fora...porém artificial, sem a pureza do passado.
Mas em todas as épocas existem suas graças...e vamos lá...pois é Carnaval!
Bom descanso !
Tais

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Do virtual para o encontro real. E agora?


Soube recentemente de uma pessoa que foi em busca de uma namorada através das redes sociais e que se encontrou com três moças pessoalmente, as que havia apreciado muito. Com as duas primeiras, pediu apenas que encostassem os seus lábios nos dele para que pudesse saber se sentiria algo. Nessas duas, nada de diferente ocorreu, porém, na terceira, aconteceu algo inexplicável, logo de imediato ao toque dos lábios, uma forte conexão surgiu entre ambos, uma conexão de pele e uma química indescritível por ambos. Experiência esta que mais à frente continuou-se revelando como profunda identificação sobre os mais variados assuntos. Logicamente que isso não é uma premissa, mas uma ideia criativa que funcionou para este rapaz.

Na nossa atualidade, estamos mais conectados com outros do que nunca através das mídias sociais, network, etc e paradoxalmente também mais desconectado do que nunca.


A tecnologia promove comunicação extremamente rápida, mas não há certeza de que seja o melhor para fazermos contato verdadeiro. Não há como fazer conexão genuína enquanto estamos digitando. É certo que é possível de se conhecer aspectos ininteligíveis no contato virtual, mas mesmo assim, este tipo de conhecimento não tem mostrado ser suficiente.

Apenas ao encontrarmos a pessoa fora do virtual, quando compartilhamos um lanche, ou mesmo um café, é quando o mais amplo encontro acontece e obviamente que o tipo de contato é outro. Você pode observar como a pessoa reage, interage com outros, como é a linguagem corporal, o olhar e como a pessoa se autoexpressa.

A verdadeira química acontece, no frente à frente, no olho no olho.

Hoje, mais do que nunca, as pessoas estão muito ocupadas em seus trabalhos e em suas vidas pessoais e cada vez mais fica difícil sair à "caça" para se conhecer alguém; por isso mesmo é que todo esse mundo virtual é importante para que os encontros também ocorram. Muitas pessoas buscam outras pela internet nos intervalos de trabalho, já que estão frente à tela do computador constantemente. As telas dos computadores têm funcionado como janela e passarela para o mundo.


************Autor desconhecido

Amei este texto, ele nos mostra como são as relações hoje e o que realmente tem valor: olho no olho.... Quer coisa melhor que reunir amigos e conversar, sem computador, celular, etc?????
Ah...como é bom isso!
Mas por outro lado essa tecnologia encurta distâncias. Hoje conversei com uma amiga que está do outro lado do mundo, e foi tão bom. O ideal é estarmos "no centro, no meio"...nem tanto lá...nem tanto cá... Aí teremos a oportunidade de desfrutar de tudo isso...sem escravidão.
Por outro lado, se mesmo com todas essas dicas e informações, você ainda tem muita vontade de ter alguém, mas por algum motivo emocional se sente impedido, pergunte-se  porque... e se realmente for importante e estiver disposto a olhar-se, busque por auxílio terapêutico para ser menos tímido, inseguro, ingênuo, exigente demais ou para o que quer que seja que o impede de realizar um encontro dos bons!
Para algumas pessoas ter alguém é essencial, então...

Busque...e seja feliz!