domingo, 27 de janeiro de 2013

Seu relacionamento está monótono e sem graça?


O site americano Good in Bed fez uma pesquisa com cerca de 3 mil pessoas para descobrir quais são as principais causas do tédio no relacionamento. Segundo os pesquisados, o que deixa a relação sem graça são circunstâncias do tipo:

. envelhecimento - 38,5%
. ter filhos - 32,2%
. morar junto - 15,6%
. o casamento em si - 13,8%
. gravidez - 8%


O fato é que as obrigações e as responsabilidades, de qualquer ordem, quando não equilibradas com lazer e prazer, tornam-se entediantes. Não só o casamento, mas a vida em geral fica pesada e sem graça quando o foco está sempre no que DEVE ser feito e não no que se QUER fazer. Portanto, faz sentido que esses sejam indicadores de tédio no relacionamento, considerando que a maioria dos casais, com o passar do tempo, termina negligenciando o prazer, em todos os sentidos. E onde não há prazer, sobra espaço para a chatice, a tensão e a falta de graça.


As consequências mais comuns nas relações onde a monotonia impera - ou seja, sempre o mesmo tom - são irritação, brigas, falta de condições de ceder e de enxergar o ponto de vista do outro, menos e menos vontade de estar por perto, transar, rir e se sentir feliz. As conclusões terminam sendo algo do tipo "acho que não amo mais", "quero um amor mais intenso", "preciso de uma vida melhor", etc.
Creio, então, que a pergunta principal seja: "como lidar com essas circunstâncias que tendem a apagar o romantismo e o brilho da relação?". Certamente, a resposta tem a ver com maturidade, vontade e escolhas. Atitudes coerentes e inteligência emocional também são fundamentais! Mas vamos aos fatos!


Vilão: Envelhecimento
Envelhecer é inevitável. Não faz diferença estar casado ou não, pois teremos de aprender a lidar com as demandas desta fase. Senão, nos tornaremos melancólicos e viveremos de lembranças. O casamento precisa ser sinônimo de companheirismo na velhice. Para tanto, os investimentos e os cuidados precisam começar bem antes disso. Precisam começar agora.

Vilão: Ter filhos
Homem e mulher não podem se esquecer de que continuam a ser um casal e não somente "pai" e "mãe". Se dedicarem todo o seu tempo e todas as suas tarefas em função dos filhos, terminarão se distanciando enquanto casal. Reservarem uma noite da semana para ficarem sozinhos é fundamental. Se não der, pode ser de 15 em 15 dias, mas precisam continuar investindo na relação do casamento e não só na paternidade e na maternidade.

Vilão: Morar junto

A fantasia de que o problema está em morar junto é muito comum. Mas não é verdadeira, senão os casais que namoram ou moram em casas separadas nunca teriam problemas. Mas, obviamente, dividir o mesmo espaço é mesmo um exercício de tolerância, amadurecimento e transformação. É preciso querer. E querer de verdade, com atitudes coerentes com esse desejo. Com vontade de fazer dar certo, o casal sempre terminará encontrando uma solução para suas diferenças. Um boa estratégia é se dar conta de que todo mundo tem seu dia de "querer brigar". Quando for o dia de um, e o outro perceber, assuma a posição de não brigar. Não é fácil, mas é altamente eficiente e o "briguento do dia" termina perdendo a vontade.

Vilão: O casamento
Se o vilão é o casamento, penso que a única saída é não casar. Mas de qualquer forma, essa me parece mais uma "desculpa" do que uma razão para justificar o tédio no próprio casamento. O fato é que reclamar é muito simples, mas usar a criatividade, lembrar-se do que é bom na relação, fazer diferente, resgatar o carinho e a atenção requerem comprometimento e dignidade para cuidar da própria história. Isso, infelizmente, ainda é trabalho assumido por poucos. Mas penso que está na hora de crescer e fazer a vida valer a pena. Senão, as escolhas perdem o sentido e a depressão costuma ser uma consequência comum.

Vilão: Gravidez
Se um casal não se sente pronto para as demandas de uma gravidez, o melhor é proteger-se. Agora, se já aconteceu, que assumam a responsabilidade por seus atos e busquem saídas, ajuda, soluções, enfim. Durante este período, as adaptações também podem vir acompanhadas de criatividade, carinho e atenção. Autoconhecimento e autopercepção ajudam muito. Ficar apontando os erros do outro e cobrando atitudes diferentes é o mais fácil. Mas olhar para si e perceber de que outra forma pode agir é o que realmente funciona. Lembre-se: muitas vezes, não é "o que" você fala para o outro, mas "como" você fala. Pense nisso!


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Ser casado, assim como ser solteiro, inclui situações interessantes e agradáveis e as nem tão interessantes e agradáveis. Assim é a vida. E estar maduro para aproveitar o que é bom e aprender a lidar com o que não é tão bom é o grande segredo. Senão, fica-se "pulando de galho em galho" e reclamando que não tem sorte no amor sem entender que a mudança precisa começar dentro e não fora. Que os casais encontrem seus muitos tons e acabem de vez com a monotonia do amor!
Ou...está difícil encontrar alguém? Esta também pode ser uma grande oportunidade de conhecer-se melhor... Normalmente as dificuldades existem para nos levar à aprendizagens, e se está complicado compreender as razões desta dificuldade sozinho(a), busque ajuda. Uma terapia pode ser muito interessante, pois além de nos conhecermos melhor, ainda podemos nos proporcionar oportunidade de mudanças e autoconhecimento.
Pense nisto!

domingo, 20 de janeiro de 2013

Bom...ruim...ou apenas realidade?



Na correria de final de semana se aproximando, vi-me diante de um dilema entre duas coisas que eram muito importantes para mim e que queria muito fazer... mas que não teria como... porque não tinha tempo... e, portanto, eu teria que abrir mão de uma delas. Mas como queria muito fazer as duas, fiquei triste tentando buscar um jeito... sem conseguir.

Depois de muito tentar encontrar uma solução em vão... olhei para a imagem de uma das Avós que fotografei, e que tem me levado a experiências muito fortes e a muitos ensinamentos... e falei assim:
- Que ruim essa situação, Avó!
Essa Avó me responde como uma voz interior. Na verdade, acredito que essas imagens das Avós são uma ponte para a nossa sabedoria ancestral... E dessa vez não foi diferente e Ela me disse:
- Não existe bom nem ruim, só existe o que "é". Bom ou ruim é o seu julgamento sobre o que é. E você quase sempre fica só no julgamento.


Na mesma hora entendi aquilo profundamente e me acalmei... percebi como era mesmo o meu julgamento sobre as coisas que me deixava bem ou mal... e como esse julgamento me impedia de aceitar a realidade e de ficar no simples... no fato em si, e a partir daí buscar as soluções que às vezes já se encontram bem claras e a gente não percebe...


Nesse caso, a resolução veio tranquila porque, uma das coisas eu não teria como deixar de fazer... a partir dessa aceitação tudo se resolveu... Percebi que eu estava resistindo à minha realidade e isso se dava pelo meu julgamento de achar que se eu não fizesse qualquer das duas coisas seria muito ruim.Percebi como o julgamento estava me levando a tentar moldar uma realidade e colocá-la dentro de um espaço onde ela não cabia...


E isso se revelou precioso para mim, desde então... comecei a observar as situações que aconteciam e sempre me lembrava do que a Avó havia me falado sobre ficar com o que "É"... sem julgar... e os problemas de uma forma quase mágica deixavam de ser problemas porque, uma aceitação profunda da realidade, como ela se apresentava, instalou-se em mim e consequentemente as coisas se resolviam com mais facilidade... e mesmo as que não se resolviam estavam resolvidas porque entendia que estava tudo certo como estava... e a minha própria ação para fazer o que podia ser feito, quando era esse o caso, tornou-se muito mais precisa...


Me lembrei de uma vez que um Lama Tibetano me falou algo sobre eu ter uma ligação com o povo das estrelas e eu perguntei se aquilo era bom ou ruim. E ele me respondeu... Isso não é bom nem ruim, é apenas a sua realidade.


A Avó, muitos anos depois, trouxe-me de novo esse ensinamento de aceitar a realidade como ela é... Entendi que esse é um ponto-chave que preciso aprender.


Muitas vezes nem damos oportunidade para que a vida flua sem interferência dos nossos julgamentos... porque tentamos moldar uma realidade que já se manifestou, quando resistimos a ela para que caiba dentro dos nossos conceitos de "bom" ou "ruim"
Sempre quando perco o fio e me deixo levar pelo turbilhão que tenta me tirar do centro, lembro-me do que a Avó me falou:
Paro... observo... vejo o que é julgamento e o que é realidade... assim como se passasse tudo em uma peneira... na peneira ficam os julgamentos e, do outro lado, a realidade mais pura e simples flui... 


Dessa forma fica mais fácil ver onde posso fazer algo e onde a solução já está implícita.


Se existe algo que posso fazer, faço... senão aceito que ali não existe mais problema...

Rubia A. Dantés (com adaptações)

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Tenho experimentado esta questão de querermos tudo na vida 
"a nossa moda".
Não conseguimos "soltar". Este é um processo interessante, pois é como um rio onde não precisamos apressá-lo pois ele corre sozinho...
E assim é a vida, quando "soltamos" tudo se resolve da maneira que precisa ser resolvida, e que, muitas vezes, não é como queremos ou julgamos bom. Mas não podemos esquecer, que no decorrer de nossas vidas somente diante de determinadas situações é que aprendemos.

Nossa alma sempre sabe a melhor forma, e acredito que é somente deixá-la nos guiar...e aí não pode ter "querer", e muito menos julgamento de que "isso é bom ou mal".
Uma excelente semana à todos!
Tais

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

O tolo emocional

Toda vez que deparo no meu caminho com uma pessoa soberba, egoísta, prepotente, arrogante, invejosa - ufa! - conto até dez e tento entender o que há com aquela criatura; que caminhos a trouxe à vida adulta e por que age daquela maneira. Se não parar para refletir, sentirei ódio e repugnância. Então, respiro fundo.

São assim por quê? Uma maneira de se proteger do mundo, talvez. Ou, por que são analfabetos emocionais e não cresceram na sentimentalidade. Para não invocá-las, me pergunto: o que ela sabe mais do que eu sobre a morte? Volto a sentir pena.

A primeira vez que ouvi dizer sobre inteligência emocional foi em 2001. Uma amiga me contava que, numa cidade vizinha, havia um curso nos finais de semana sobre inteligência emocional. Três anos depois fui convidado a participar de um desses cursos, já com outro nome, mas tudo igual ao que me contaram sobre inteligência emocional. Foi uma sacudida geral nas emoções – choro e ranger de dentes. Na época, eu passava por um processo terapêutico e pouco do que ouvi lá me acrescentou. Mas valeu também pelas amizades que fiz.

Anos mais tarde, assistindo uma palestra, fui entender que inteligência emocional era uma maneira atual para definir maturidade. E tudo o que buscamos, em comunhão com nossa verdade, é sermos mais maduros, mais tolerantes às dificuldades e frustrações do mundo ao nosso redor. Num caminho evolutivo de nós, na mente e no espírito.

Não há maturidade sem a vivência; deixar a vida passar e transpassar sobre si, como uma serpente que desliza sobre nosso dorso, sem medo da picada; ou, como a água que corre pelos menores veios e vãos – deixar a vida acontecer com dores e alegrias. Para a maioria, a maturidade virá com o fundo do poço, onde só há uma alternativa: voltar à superfície; não há maturidade sem o aprendizado dos tropeços e quedas. Enquanto não encaramos, vamos fazendo repetições, continuamente no analfabetismo do autoconhecimento. Durante a palestra, identifiquei muitas pessoas com quem convivi; por vezes, baixei os olhos, porque me vi também... Tento me corrigir sempre. Afasta-me Deus dessa tolice.

Pessoas analfabetas emocionais – tolos emocionais – são, na maioria, seres difíceis de lidar, destemperados; egoístas, intolerantes, de estopim curto; de dedos que acusam com respostas agressivas; malcriadas diante das adversidades; sem autocríticas e desonestas intelectualmente; gritando com tudo e com todos. Alguém que não se habita; uma casca rígida com interior oco. Foi a definição que traduzi. Alguém conhece esse ser?

Hoje, trocaria o termo inteligência emocional por sabedoria emocional. A inteligência já é dada a todos nós, para aprendermos matemática, física e outras ciências; mas a sabedoria é adquirida com as experiências ao longo da vida. Sabedoria é facultada àqueles que buscam o conhecimento, neste caso das emoções, em si. A sabedoria requer prudência, juízo, bom senso, razão e retidão.

A maior cantora brasileira que ouvi – a exemplo de Marilyn Monroe – morreu aos 36 anos de idade. Segundo relatos, Elis Regina morreu depois de fazer uma combinação de cocaína e álcool. Lembro-me dos noticiários da época, dizendo que, ela havia terminado um namoro com um advogado, desconhecido; mas, por quem estava apaixonada. Ela não suportou o fim da relação e fez a tal mistura que levou à morte. Elis era uma mulher inteligente, astuta, respeitada no meio artístico, de gênio forte muitas vezes, mas de inegável talento. Ela não teve sabedoria para lidar com o revés da vida; não teve sabedoria para aceitar as frustrações e derrotas; tentou desviar a dor do seu caminho e tropeçou com a morte.

Lupicínio Rodrigues escreveu estes versos: “Esses moços, pobres moços. Ah, se soubessem o que sei. Não amavam. Não passavam. Aquilo que já passei...”. Esta música vem a mim como uma resposta de quem, na sabedoria, já amadureceu e agora quer resgatar outros moços que não querem enxergar, muitas vezes, o óbvio da vida: não pise em casca de banana, você irá cair! Eu trocaria na letra, “pobres moços” por “tolos moços”. É tolice viver na repetição dos erros; enxergar a casca de banana e continuar pisando. Imaturos criam sofrimento para si; sentem prazer em sofrer e vão arrastando quem está por perto, para o seu buraco.

Já me deparei com alguns tolos emocionais por aí; com algumas tolas eu tentei conviver mais de perto. Acho difícil sustentar relações com pessoas egoístas. Só existe egoísmo no mundo, porque existe generosidade, disse o psicanalista Flávio Gikovate. Há que ter resignação, abandono dos prazeres; desligar a TV, deixar o futebol, fechar o romance que se lê, calar-se e viver para dedicar às suas necessidades - como um serviçal. Apagando os incêndios dos sofrimentos que constrói. Alguém está disposto?

Não acredito no amor incondicional como se apregoa por ai, na forma como é romantizado. O amor incondicional e atemporal só existe nos graus de parentescos e afinidades por pai, mãe, filhos e irmãos. O outro amor – por alguém – só tem validação por meio de troca. Eu darei à medida que receberei. Ou, eu retribuirei na mesma medida. Por isso, muitas relações não duram. Há pessoas que só querem receber, e quando mais você dá; mais ela cobra. Uma hora, a prateleira estará vazia, não haverá mais “mercadoria” para doar. O tolo emocional é avesso em fazer cortesias sentimentais. Tolos não mudam; sim, querem que o mundo mude em seu favor. Também não se veem e não se colocam no lugar do outro, abnegando as emoções alheia. Penarão nas suas relações humanas por não saber doar-se na medida em que recebe.

13 de janeiro, praticamente início de ano - um bom dia para filosofar. Enquanto tomávamos uma cerveja num fim de tarde num quiosque à beira mar, um amigo me contou um adágio japonês: há pessoas que são lagoa e há pessoas que são rio. A lagoa, você a vê, aparentemente calma, serena e bonita, emanando paz... Mas, quando você arremessa uma pedra e ela chega ao fundo, uma argila, em forma de lodo, se desprende da sua profundeza e torna aquela água cristalina, barrenta e turva. A aparente calmaria e beleza não reflete o que guarda lá na alma - a falsa aparência. Por outro lado, existe aquela pessoa que é como rio; está sempre em movimento; sua água é corrente, cristalina e rasa; num sentido único da vida. É possível ver seu fundo limpo – ver os pés. Quando arremessamos uma pedra é levada imediatamente – sem ressentimento.

Pessoas maduras, quando têm que escolher, não escolhem um rio de lágrimas para chorar; nem um caminho de sofrimento para atravessar. Vão pelos atalhos mais simples que a vida mostrar. No final da jornada, todos nós chegaremos ao mesmo ponto e, só então, entenderemos o que a morte nos reserva. Fim do mistério.
Antônio de Oliveira / arquiteto e urbanista
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O destino do homem não é algo imposto pelo exterior. O homem possui dentro de si a capacidade de dominar o destino e tornar-se tanto poderoso como fraco. Mesmo que surja algum obstáculo, isso nada mais é do que um esmeril destinado a nos polir. Se o diamante bruto não fosse submetido ao atrito do polimento externo, não poderia manisfestar o brilho deslumbrante que encerra dentro de si. No homem também acontece o mesmo. Se não existisse alguma exercitação ou polimento, perderia a oportunidade de manisfestar a força que existe no seu interior.
Taís

domingo, 6 de janeiro de 2013

Decisão


No caminho do autoconhecimento, uma qualidade se torna essencial: a decisão. Ser decidido significa abandonar totalmente a hesitação e não se deixar influenciar pelas tentativas constantes da mente de nos fazer desistir da jornada.
E os argumentos serão muitos, desde aqueles que tentam nos fazer duvidar dos mestres, até os que buscam nos desviar para prazeres imediatos e supérfluos.
Se não estivermos firmemente focados no objetivo de mergulhar profundamente em nosso próprio interior, certamente nos deixaremos seduzir facilmente por estes chamados.
Afinal, seguir o desconhecido, sem nenhuma garantia acerca do que encontraremos no final, é um desafio que exige determinação e coragem.
O divino, este aspecto misterioso de nosso ser é, ao mesmo tempo, nossa natureza essencial. Por mais paradoxal que pareça, buscamos afinal o que já possuímos, devendo para isto deixar de lado o que não nos pertence.
O ego, -nosso falso eu-, é desde sempre um conhecido, com ele desenvolvemos intimidade e por essa razão, passamos a dar-lhe total crédito, mesmo quando ele nos faz acreditar em falsos paradigmas.
Somente a persistência e uma confiança absoluta no processo, pode nos levar finalmente a experimentar um novo patamar de consciência, onde as dúvidas vão aos poucos dando lugar a um novo estado de ser, onde o sentimento de que a existência é sempre perfeita, do modo como se apresenta, tornam-se naturais.
Elisabeth Cavalcante


"Osho, quero me tornar um sannyasin, mas fui ensinado desde minha infância a tomar cada passo com muito cuidado. E por causa disso, eu tenho estado hesitando longamente. O que devo fazer?"

Osho:
Se você segue em hesitação, você vai perder tudo que é belo. Porque o bonito vem apenas em raros momentos. Se você não está pronto o suficiente para saltar para ele quando o momento estiver lá, você vai continuar perdendo.

Um homem que continuamente hesita continua perdendo - porque quando chega o momento, ele está hesitando. Quando o momento se foi, ele pode até mesmo decidir, mas agora a oportunidade não está mais lá. Então, ele tem que esperar pela oportunidade...

...A vida pertence a quem é corajoso. E eu não estou dizendo que não tenha cuidado - mas para mim, cuidado tem um significado totalmente diferente do que ele tem para você. Cuidado, para mim, significa alerta, consciência. Cuidado não significa esperteza, não significa cálculo.

...Eu não estou dizendo, 'Seja cego e faça qualquer coisa. "Mantenha os olhos abertos. Mas apenas mantendo os olhos abertos e sentado em silêncio e nunca assumindo um risco, você não está indo a lugar nenhum. Você vai simplesmente morrer ali.

Você não está vivendo, você está vegetando. Mexa-se! A vida é movimento, a vida é rio. Se o rio hesita, ele vai se tornar uma lagoa. E um lago é uma coisa morta... E, mais cedo ou mais tarde, a lagoa torna-se seca, a água irá evaporar-se.
O rio corre e chega ao oceano, entra no infinito. E o rio não tem nenhum mapa e nem guias, e não sabe realmente onde ele está indo... O oceano está muito longe - nem mesmo o barulho do mar pode ser ouvido.

Mas o rio vai, pouco a pouco se movendo, muda-se para o desconhecido, continua tateando para o desconhecido... e um dia chega ao oceano. Todos os rios chegam...

Se você quer chegar, seja como um rio. A pessoa tem que estar ciente do que é direito - mas cuidado em excesso pode ser um obstáculo. Ele não vai permitir que você tenha o desconhecido em sua vida. O conhecido nunca é suficiente - apenas o desconhecido satisfaz. Somente quando você se move para o desconhecido você é fresco e jovem.

...Mas se você está infeliz e miserável do jeito que é, então, seja um pouco corajoso. Dê alguns passos para além do limite em que viveu até agora. Felicidade acontece às pessoas que estão mais vivas. Às vezes, muito cálculo, como de uma mente de negócios, cria problemas desnecessários... Portanto, o seu cálculo pode prejudicar você e pode prejudicar os outros também... seja um pouco mais corajoso.

...Hesitação é um velho hábito. Por causa de sua hesitação, eu posso dizer que você deve ter perdido muitas oportunidades também na vida - porque a oportunidade vem, e ela se vai. Ela não espera, ela não se preocupa com você. Ela vem, e em um momento ela se foi. E ela está lá apenas por um momento - a janela se abre por um momento e, então, ela está fechada e pode permanecer fechada para sempre... nunca se sabe.

Assim, quando a janela estiver aberta, dê um salto - vá para o desconhecido. Você não vai perder nada, porque você não tem nada. Por que você está preocupado com perder alguma coisa? Por que você está hesitando? O que você tem a perder?

É como um homem nu que não vai tomar um banho no rio, porque ele tem medo -onde é que ele vai secar suas roupas? E ele não tem roupa, ele é um homem nu, mas ele não vai tomar o banho, porque então ele irá criar complexidades desnecessárias - onde é que ele vai secar suas roupas?

Veja o que você tem de ter medo de? O que você tem a perder?
Apenas suas misérias!"
OSHO - Zen: O Caminho da Paradox


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Quando estamos disponíveis sempre podemos perceber nossas mazelas e ter a certeza de que o segredo é simples, as questões que tememos não suportam a luz do nosso olhar. E, à medida que as reconhecemos, começam a se tornar a própria cura.
Boa semana
Taís