domingo, 29 de dezembro de 2013

Uma dieta diferente


"O fim do ano está aí e sempre prometemos começar uma dieta no ano que vem. Que tal essa dieta? A DIETA DOS RELACIONAMENTOS

Você deve pensar, essa emagrece? Certamente mais que emagrecer, as pessoas estejam precisando fazer dieta dos relacionamentos. O que é isso? Como se faz? Vou tentar explicar, pois uma coisa é certa, você perde peso do que você carrega na vida. E não há emagrecimento melhor. Do que adianta você emagrecer, ficar bonita diante do espelho, mas no seu interior se sentir pesada?

Sabemos que quando o corpo acumula peso além do normal, é conseqüência do acúmulo de coisas variadas (açúcares, gorduras, etc) que precisam ser eliminadas, pois fazem mal a saúde. Então, logo pensamos em fazer dietas para emagrecer.

Sofremos o que for preciso para perder alguns quilinhos. As pessoas falam de tantas dietas: da lua, da sopa, jejum, do líquido, da USP e assim por diante. Mas também podemos pensar na dieta dos relacionamentos.

A dieta dos relacionamentos está relacionada às impurezas (sentimentos negativos, ódio, vingança, mágoa, inveja, egoísmos, etc), aos conflitos internos e das relações, do respeito às diversidades, da escalas de valores, o ego como produtor de impurezas em nossa vida. Certamente você deve ter alguém que um dia lhe deixou uma mágoa e que você gostaria de conversar e até hoje está engasgada e sempre ela vem no seu pensamento, incomoda, e você não teve a iniciativa de procurá-la. Não sabe o porquê do acontecimento, ou talvez saiba, mas por orgulho, não queira ir atrás.

Pare para pensar. Nada será resolvido, nada será passado a limpo, mesmo que seja para terminar uma amizade, uma relação, mas um peso ficará entre vocês. Então procure essa pessoa, converse e perca alguns quilos, mesmo que termine por aí.

Acho que todas as páginas de nossa vida devem ser viradas. Se alguma ficar dobrada, essa certamente ficará pesada e fazendo mal para nós mesmo. Não se preocupe com o que o outro irá pensar. Pense que você quer tirar essa impureza de dentro de você. Liberte os sentimentos negativos de dentro de você, saiba perdoar, não guarde ódio, não tenha inveja, não passe por cima das pessoas, não seja egoísta, não pense em somente si próprio, não seja negativo, mal humorado. Esses pesos, além de tudo, trazem doenças para seu organismo.

Como fazer? Esse é um treino que devemos ter paciência, pois levamos anos adquirindo esses pesos e não podemos querer perdê-los rapidamente. Devemos lembrar todo dia, em cada atitude. Assim como colocamos um objetivo de quantos quilos queremos perder, devemos colocar esses objetivos e lembrá-los sempre. Cairemos de vez em quando, mas voltaremos a eles e seguiremos. É treino e paciência. É ter consciência de que não somos os donos do mundo, apenas pensamos ser.

Mas mexer com essas coisas, talvez não seja fácil. Porém, quando conseguimos, a sensação que temos é que perdemos muito mais quilos do que nas dietas para perder peso. Isso só é possível através da abnegação. Abnegação não significa ódio a si mesmo, auto desprezo ou rejeição do ego. É a recusa em deixar que os interesses ou as vantagens pessoais governem o curso da vida de uma pessoa. E nada como o começo do ano, quando prometemos coisas novas em nossas vidas, até mesmo o famoso regime, mas nunca pensamos na dieta dos relacionamentos.

Pense nisso para 2014 em sua vida, ou melhor, para o resto da sua vida. A dieta dos relacionamentos restabelece a energia do amor. Assim como precisamos eliminar as impurezas que afetam o corpo, precisamos também eliminar as impurezas que afetam as nossas relações, Não deixe que os interesses ou vantagens pessoais governem o curso da sua vida. Aprendi com uma pessoa o seguinte: "ninguém pode ver os laços que nos unem, mas todos podem ver as intrigas que nos separam”. O ego é o maior produtor de impurezas da nossa vida. Para se satisfazer ele precisa se alimentar da gordura da realização dos nossos interesses e do açúcar da aparência de quem não somos.

Eu já estou fazendo a minha e sinto-me muito melhor. Que tal, iniciar esta dieta para uma melhor qualidade de vida? Então, comece agora."

Cristina Fogaça
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Chegando ao final de mais um ano, época em que sempre fazemos um balanço e encontramos os acontecimentos que foram importantes na nossa trajetória, os sonhos realizados e outros não realizados ... enfim refletindo sobre todos acontecimentos da jornada do dia a dia e podendo concluir ao final um saldo de crescimento e aprendizado positivo, o que já valeu a pena por tudo.
Penso que o que Deus quer é ver a gente aprendendo a ser capaz de ficar alegre com todas as etapas a vida.
Que o Ano Novo seja o início da construção de um caminho de amor, alegria e esperança e que seja repleto de realizações
Mais um ano que se vai. O que ficou para trás não volta mais e o futuro depende de nossas atitudes de agora...
Agradeço por ter caminhado com vocês nestes 365 dias através de meu Blog e, que no próximo ano, possamos trilhar juntos novamente com paz, harmonia e muita esperança nesta vida que é maravilhosa.
Me sinto muito satisfeita e feliz por poder levar até vocês um tantinho de alegria, reflexão e crescimento pessoal, alem de receber tudo isso com reciprocidade absoluta. Agradeço também a companhia de todos.
Estarei "fora do ar" até dia 12/01/2014.
Bom 2014!!!!!
Grande abraço
Tais

domingo, 22 de dezembro de 2013

Acreditar no Natal


"Acreditar em Papai Noel, em anjos, em famílias amorosas ou amigos fiéis, em governantes mais justos e líderes mais capazes – em alguma coisa a gente acaba sempre acreditando"

"Acreditei em Papai Noel por muitos anos. Menina do interior com a fantasia sempre a mil, ele fazia parte das minhas histórias encantadas. Até uns 7 anos de idade, eu também acreditava na cegonha e no coelho da Páscoa. Quando o pôr-do-sol tingia o céu, diziam-me que os anjinhos começavam a assar aqueles biscoitos de Natal que se faziam em todas as casas da pequena cidade. Trovoadas de começo de verão eram São Pedro arrastando os móveis para a fábrica de brinquedos ter mais espaço.

Na antevéspera de Natal, um recanto da sala era ocultado por lençóis estendidos, e ali atrás ocorria o milagre: na noite de 24, com o coração saltando de ansiedade, a gente escutava sininhos como que de prata: era hora. Levada pela mão da mãe ou do pai, eu entrava na sala, de onde os lençóis tinham sido removidos, e lá estava ela: a árvore de Natal, toda luz de velas, toda cor de esferas, e embaixo os presentes. Muitíssimo menos dos que se dão hoje às crianças, mas havia presentes. Cantávamos canções natalinas, todo mundo se abraçava, depois abríamos os pacotes e comíamos a ceia. No dia seguinte, chegavam tios, primos, alguns amigos. Era só isso, sem alarde, mas com emoção. Guardei a sensação de que Natal é fraternidade, é reconciliação, é alegria de estar junto, é a chegada de pessoas queridas, é o tempo da família. Para quem não a tem, é o tempo dos amores especiais. Não éramos particularmente religiosos, mas uma de minhas avós, luterana convicta, na manhã seguinte me levava à igrejinha, onde eu gostava de cantar. Algo de muito bom se comemorava nesse tempo, o nascimento de Cristo e a esperança dos povos. Nem tudo seria guerra e perseguição, pobreza, crueldade, injustiça.

As pessoas se queixam muito de que o Natal hoje é só comércio. Depende de quem o comemora. Se me endivido por todo o próximo ano comprando presentes além de minhas possibilidades, pois no fundo acho que assim compro amor, estou transformando o meu Natal num comércio, e dos ruins. Se entro nesses dias frustrado porque não pude comprar (ou trocar) carro, televisão, geladeira, estou fazendo um péssimo negócio para minha alma. E, se não consigo nem pensar em receber aquela sogra sempre crítica, aquele cunhado cínico, aquele sobrinho malcriado, abraçar o detestado chefe ou sorrir para o colega que invejo, estou transformando meu Natal num momento amargo. Então, depende de nós. Claro que há as tragédias, as fatalidades, doença, morte, desemprego, alguma maldade – essas não faltam por aí. Um avô meu morreu de doença muito dolorosa, na véspera de Natal. Foi a primeira vez que vi um adulto, minha avó, chorando. Há poucos anos, minha mãe morreu na antevéspera de Natal, depois de longuíssimo tempo de uma enfermidade maldita. Mas foram também ocasiões de conforto e consolo, abraço, amor e entendimento.

Na medida em que não se podem dar muitos e caríssimos presentes, talvez até se apreciem mais coisas delicadas como a ceia, o brinde, o carinho, os votos, a reunião da família, o contato emotivo com os amigos, mensagens pelo correio ou e-mail, música menos barulhenta e aroma de velas acesas. Mais que tudo isso, o perfume de uma esperança ainda que realista. A crise nas finanças pode incrementar a valorização dos afetos. Se não pudermos viajar, curtiremos mais nossa casa. Se não há como trocar velhos objetos, vamos cuidar mais dos que temos. Se não podemos comprar o primeiro carro, vamos olhar melhor nossos companheiros no metrô. Vamos curtir mais nossos ganhos em afeto.

Não é preciso ser original para escrever sobre o Natal. A gente só quer que ele seja tranqüilo e gostoso, e que nos faça acreditar: em Papai Noel, em anjos, em famílias amorosas ou amigos fiéis, em governantes mais justos e líderes mais capazes, em um povo mais respeitado – em alguma coisa a gente acaba sempre acreditando. Porque, afinal de contas, é a ocasião de ser menos amargo, menos crítico, menos lamurioso e mais aberto ao sinal deste momento singular, que tanto falta no mundo: a possível alegria, e o necessário amor."
Lia Luft
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Tenho constatado que quem leva a vida com a mente radiosa será sempre saudável e feliz. Isso porque a mente radiosa intensifica a força vital e faz com que a pessoa viva todos os dias com sentimento de gratidão a tudo. Existem, porém,  pessoas que dizem sentir-se gratas a todos mas sempre estão com a fisionomia aborrecida e taciturna. Elas não são realmente gratas, apenas fingem estar. Evidentemente, a gratidão verdadeira e a gratidão simulada nada têm em comum. A gratidão verdadeira é duradoura, mentém-se inalterável em qualquer condição. Mas a gratidão simulada se desfaz rapidamente, fazendo com que a pessoa, diante de algum contratempo, comece de repente a se zangar e a esbravejar. A atitude no momento crítico revela o verdadeiro valor das pessoas. 
Gratidão é possível mesmo em meio a situações difíceis, pois sempre temos muito a agradecer: nosso corpo, o ar que respiramos, a Vida que recebemos...
Desejo à vocês, neste Natal, a oportunidade de olhar com gratidão as coisas mais simples de nossas vidas pois aí está o segredo da real felicidade.  Meu abraço carinhoso.
Tais


domingo, 15 de dezembro de 2013

Existência e Percepção - primeira parte

O ser humano deve enxergar "fora da caixinha", ou seja, além deste mundo da três dimensões para entender a vida.
Nossa vida está muito além do mundo das três dimensões.
Este artigo foi escrito pelo Mestre Masaharu Taniguchi em 1968, mas como se fosse ontem, ele nos explica claramente uma das sete dimensões que regem a Vida dos ser humano e como interagimos com cada uma delas.
O artigo foi publicado novamente na Revista Mundo Ideal  e discorre sobre o modo de viver de cada Ser, de acordo com sua existência - Unidimensional, Bidimensional, Tridimensional e o intercâmbio com o Mundo Da Quarta Dimensão.
Como sempre o Mestre é simples nas explicações, mas de uma profundidade transformadora. Aproveitem!
"O MODO DE VIVER
DA "EXISTÊNCIA UNIDIMENSIONAL"
  "Suponhamos que exista aqui um "ponto". Esse pondo que enxergamos a olho nu , ocupa certo espaço. Ao microscópio, esse espaço pode ser ampliado e ser visto maior ainda, mas imaginemos esse "ponto" do qual eu falo como um ponto simbólico, como aquele da geometria que apenas ocupa uma posição, sem nenhuma dimensão, largura e altura. Imaginemos esse ponto rolando em uma determinada direção. Se imaginarmos a trajetória de seu rastro, visualizaremos esse prolongamento como uma "reta" que tem apenas "comprimento", sem largura. A esse prolongamento damos o nome de "dimensão". O que chamamos de reta não tem largura,nem espessura, apenas é um prolongamento, designado "comprimento". É a isso que denominamos "existência unidimensional".
   A pessoa de pouco raciocínio, que considera válido apenas o seu próprio pensamento e que vive egoisticamente sem refletir em mais nada, é aquela que tem uma "existência unidimensional", pois não enxerga os lados. É como um cavalo com tapa-olhos. As pessoas que têm estreita visão da vida, mas que pensam estar levando um estilo de vida livre, são desse tipo.

O MODO DE VIVER
DA "EXISTÊNCIA BIDIMENSIONAL"
   Façamos girar a "reta" que obtivemos rolando o "ponto" em ângulo reto em relação ao seu comprimento. Imaginando a sua trajetória além do "comprimento"e da "reta", haverá uma "largura". Ou seja, aparecerá um "plano", formado pelos prolongamentos equivalentes a "comprimento"e "largura".
   A existência que possui esses dois prolongamentos é chamada de "bidimensional". Não avança somente para a frente, pensa em viver harmoniosamente com os outros, pois é despertado na pessoa o sentimento de amor ao próximo. Ampliou-se, dessa forma, o campo de visão da vida. Mas quando isso pende para o lado negativo, a pessoa invade a área do próximo.
   Pessoas que  levam esse tipo de vida bidimensional enxergam os lados, a frente e atrás, mas não enxergam acima.Pessoas sem saber que Deus está olhando de cima, invadem a área do próximo e o prejudicam só podem ser tachadas de elementos bidimensionais.

O SER HUMANO COMO 
"EXISTÊNCIA TRIDIMENSIONAL"
   Foi obtida uma reta rolando um ponto. Girando essa reta, apareceu um plano. Erguendo-se esse plano em ângulo reto em relação à superfície e imaginando o prolongamento obtido, surge uma dimensão para cima e para baixo. Pode-se chamar esse prolongamento de altura. A essa nova forma, chamamos de "existência tridimensional".
Nós que habitamos o mundo visível aos olhos carnais, captamos imagens que têm comprimento, largura e altura. E vemos também o nosso corpo carnal como uma existência com essas três dimensões. Visto assim, o ser humano é uma existência tridimensional.
   Podemos concluir que aquele que avança em linha reta é um ser biológico unidimensional, aquele que vive pensando nos outros é um ser bidimensional, e aquele que se reconhece ligado à Vida dos ancestrais e dos pais é um ser biológico tridimensional."

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Na próxima semana vocês poderão compreender como ocorre a interferência do mundo de outras dimensões em cada tipo de Ser.
Na verdade, sempre temos as respostas de que necessitamos, em todas as áreas de nossas vidas. Mas dependendo do tipo de Ser que somos, não percebemos... ou percebemos de forma distorcida!
Até a semana que vem, com o desejo de dias tranquilos apesar de toda a loucura de véspera de festas...
Tais

domingo, 8 de dezembro de 2013

Super dica de prosperidade!

Uma mudança mais profunda na nossa prosperidade só acontece se houver uma intensa mudança interna: liberação de crenças e pensamentos negativos com relação ao dinheiro, profissão, mercado, economia e a autoestima de uma forma geral. Mas hoje vou falar sobre algo muito simples de se fazer que está ao alcance de qualquer pessoa que deseja mais abundância. Essa ação tão simples pode também provocar uma mudança interior.

É tão fácil... e ao mesmo tempo é tão difícil para tantas pessoas. Aí vai: Jogue fora ou doe TUDO aquilo que você não utiliza mais!

Coisas que você vem guardando há meses e nunca usa: roupas, sapatos, cintos, bolsas, acessórios, chinelos... Muitas mulheres acumulam dezenas de acessórios sem uso. Se você tem algo há um ano e você não usou, é porque não vai mais usar.

Talvez você tenha enjoado da roupa; talvez tenha saído de moda; talvez você tenha comprado outras coisas mais legais que prefere usar; talvez tenha ficado feinho com o tempo, mas você insiste em guardar. Enfim, qualquer que seja o motivo que não venha usando, simplesmente, doe se for algo que ainda possa servir para alguém, ou jogue fora.

Tem aqueles que guardam a roupa de quando eram mais magros, porque querem voltar ao peso de antes. O tempo vai passando, a roupa vai ficando velha, mofada e fora de moda.  Jogue tudo fora ou doe, a não ser que você esteja plenamente engajado nesse momento em ficar em forma. Tem ainda os que guardam roupas dos tempos em que eram mais gordos, pois têm medo de voltar ao peso de antes.

Ao liberar os espaços, você abre para a entrada do novo: mais abundância. O apego às coisas materiais vem da sensação de escassez, do medo da falta. Essa forma de pensar e sentir reflete nas nossas ações gerando atitudes anti-prosperidade. Nos sabotamos sem perceber. Além disso, esse padrão ajuda a atrair pobreza.

É interessante que para ter uma vida mais abundante, quanto maior o desapego, mais prosperidade. Ou seja, quanto menos dependemos das coisas materiais para ficarmos em paz, mais geramos e atraímos abundância material.

Algumas pessoas são desleixadas com o que têm e justificam dizendo que são desapegadas das coisas materiais. Desleixo e desapego são coisas bem diferentes. O desleixo é uma falta de cuidado com o que se tem: deixar algo quebrado e não consertar, deixar a sujeira tomar conta e não limpar, manusear de qualquer jeito e danificar, deixar tudo desorganizado... Esses comportamentos têm raízes em sentimentos negativos ligados à baixa autoestima, não merecimento e outros conflitos internos. Tudo isso gera atitudes sabotadoras que acabam com a prosperidade.

No estado de desapego, podemos aproveitar, apreciar e cuidar muito bem das coisas materiais. Mas, ao mesmo tempo, ficaríamos muito bem sem essas coisas. Nesse nível de desapego, a perda ou ausência de algo material não é motivo para sofrimento.

Não guardamos somente roupas, sapatos e acessórios que não utilizamos. Tem gente que coleciona livros. Lembro que durante muitos anos guardei livros e cadernos do curso de engenharia. Pensava em jogá-los fora ou doar, mas sempre vinha uma sensação de apego e um medo de que talvez eu viesse a precisar. Depois de uns cinco anos, vi que nunca sequer toquei nesse material. Resolvi jogar tudo fora. Foi uma maravilha, uma libertação.

Essa sensação de libertação e alívio surge por que todas aquelas coisas não ficam mais no nosso inconsciente gerando apego e uma certa preocupação. A vida fica mais leve e abre-se mais espaço para a entrada novo.

Tenho também outros livros de autoconhecimento. Alguns eu gosto de reler. Outros fizeram parte de uma determinada fase e sei que nunca mais serão relidos. Estou olhando aqui para vários desses livros e sinto que preciso fazer mais uma limpeza... Não faz sentido tudo isso parado, ocupando espaço. Melhor que seja doado para ajudar outras pessoas.

Tem gente que guarda um monte de "tralha": aparelhos eletrônicos antigos quebrados ou sem uso, cabos de todos os tipos, agendas e cadernos antigos e os mais diversos objetos sem qualquer utilidade... Tudo isso serve apenas para ocupar espaço. É como uma sujeira.

Eu sei, eu sei... Às vezes não é fácil se desapegar.
Andre Lima
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Se observarmos com certo critério, perceberemos que em nossa vida emocional, administramos exatamente da mesma forma que lidamos com as coisas materiais.
Quando limpamos uma gaveta, com certeza absoluta estamos nos organizando interiormente.
Temos que ter consciência do nosso padrão de funcionamento, se não o resultado fica "furado". E como é isso?
Se meu padrão é de ter que dar conta de tudo, e com muita rapidez e eficiência - irei arrumar o armário inteiro de uma só vez...Mas onde estaria a mudança? Neste caso seria altamente produtivo, experimentar um pouco por dia e não se permitir aplicar o velho padrão.
Se tenho algo em mim que sempre posterga as decisões e as mudanças - aí devo procurar arrumar uma grande parte do armário. Este seria um bom exercício de observação: sentir e perceber o que se passa comigo quando faço de outra forma (diferente da usual).
São atitudes muito simples que nos ajudam nas mudanças e por consequência na prosperidade, pois se estou "cheia"de tantas coisas (emocionais, materiais) como poderá chegar algo novo????? Não há espaço, nem lugar para nada novo!
Então... começando a limpar o lixo... Liste suas novas prioridades!
Em lugar de dinheiro, liste o que ele compra.
Em lugar de relacionamento, namorado, casar etc., liste o que isto lhe proporciona.
Chegamos ao que, de fato, sua alma pede, ao que lhe dá prazer, às suas riquezas, à materialização do espírito, à Prosperidade.

Início do último mês de 2013 - excelente momento para iniciar as mudanças. Vamos la?
Boas limpezas...
Taís

domingo, 1 de dezembro de 2013

Mensagens Ocultas


A pesquisadora norte-americana Deborah Tannen dedicou dois anos de sua vida a uma tarefa curiosa: ouvir diálogos familiares.

Referência internacional no estudo da linguagem humana, ela queria entender por que se briga dentro de casa.

Com o auxílio de sua equipe, escutou centenas de conversas cotidianas. Em alguns casos, casais, filhos, pais e mães carregaram um gravador durante uma semana.

A partir desse material, Deborah analisou como as palavras ditas e as não ditas podem disfarçar movimentos para aprisionar o outro ou exercer poder sobre ele. Quando o ‘não’ quer dizer ‘sim’, e vice-versa.

Ela acredita que, ao entender essas mensagens ocultas, é possível desfazer conflitos persistentes e driblar novas crises domésticas.

Evitar, principalmente, que o diálogo evolua para a hostilidade e provoque mágoas.

O resultado está no livro - Só Estou Dizendo Isso Porque Gosto de Você - best-seller nos Estados Unidos.

Deborah Tannen foi entrevistada por uma revista brasileira, e deu respostas muito oportunas, das quais reproduzimos algumas:

Por que as conversas familiares podem ficar tão ásperas?

Deborah responde: "porque há muito em jogo. Nós esperamos mais consideração dos parentes do que de amigos ou colegas.

Reagimos mais aos julgamentos da família porque sentimos como se fossem da suprema corte, avaliações inquestionáveis de nosso valor. As conversas são carregadas pela herança de todos os diálogos que tivemos antes.

Isso é transmitido pelo tom de voz, pela expressão facial e pelos pressupostos não ditos."

Como eles nos atingem?

A resposta de Deborah: "imagine um casal diante do menu, no restaurante. Quando o homem anuncia que vai escolher um filé com fritas, a mulher diz: ‘reparou que eles também têm salmão?’ o homem protesta: ‘pare de criticar o que eu como’.

Ela se defende: ‘eu não critiquei. Só mostrei um prato que podia lhe agradar’. A razão do desentendimento, ao nível do que é dito, é que a sugestão da mulher não era uma crítica.

Mas o homem sabe que ela está falando de seus excessos com carne vermelha.

A impressão de desaprovação vem da mensagem oculta, baseada na história comum do casal. Entender isso evita que discussões repisem os mesmos pontos."

Podemos evitar as mensagens ocultas?

"É impossível", diz Deborah. "o mais importante é aprender a pesar como nossas intervenções poderão ser interpretadas pelos outros.

Quando você oferece um conselho ou uma orientação, mesmo repleto de boas intenções, o que é dito arrisca ser recebido como crítica.

Boas intenções não mudam um pressuposto básico: se a outra pessoa não estivesse fazendo algo errado, não precisaria de conselho.

A crítica está implícita no ato de oferecer a sugestão. Não há como escapar quando o conselho parte do pai para o filho, da mãe para a filha ou do irmão mais velho para o caçula."

Ainda sobre mensagens ocultas, a escritora diz: "costumo citar uma conversa travada por um casal em uma viagem de carro. Num certo momento, a mulher pergunta: ‘você gostaria de parar para beber algo?’

O marido responde, com toda sinceridade: ‘não’. E segue adiante. Mais tarde, ele fica frustrado ao descobrir que a mulher queria ter parado e estava aborrecida. Pensa: ‘por que ela simplesmente não disse o que queria?’

Mas a mulher estava chateada, não porque tinha ficado com sede, mas porque sua preferência não foi levada em conta. Ela havia mostrado consideração com a opinião do marido, mas ele não tinha feito o mesmo com ela.

Para entender o que deu errado, o homem deve aprender que, quando uma mulher pergunta o que ele quer, não está pedindo uma informação, mas dando início a uma negociação sobre o que os dois gostariam de fazer.

Por outro lado, a mulher deve saber que, quando o marido responde sim ou não, ele está apresentando uma vontade negociável."

Analisando as considerações de Deborah Tannen, podemos entender alguns dos motivos de desentendimentos familiares e buscar saber mais sobre como podemos evitá-los.

Importante é saber que sempre existe uma solução para quem deseja encontrá-la.

Pensemos nisso!
Equipe de Redação do Momento Espírita, com base em matéria de Alexandre Mansur, 
publicada na revista Época 

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Nós somos as impressões que recebemos,  como uma lente formada de pensamentos e sentimentos. Logicamente os "óculos" diferem de pessoa para pessoa. Todos os raios de luz são refratados, e o grau de refração também difere conforme a pessoa.
Com um pouco de busca podemos primeiramente nos compreendermos...e através disso compreender o outro. 
Por isso é tão importante o diálogo e a sinceridade, mas sempre com o foco em si e não "apontando os defeitos do outro". Se uma "fala" te magoou, por que não sinalizar para o companheiro(a)?
Percebo que os relacionamentos se desfazem por muito pouco e a falta de equilíbrio, de reciprocidade e de paciência acabam por colocar um fim em algo que poderia ser muito bom se tudo fosse "trabalhado" no momento em que acontece.
Reflitamos um pouco.
Tais



domingo, 24 de novembro de 2013

Constelação Sistêmica com Bonecos

"As pessoas procuram um terapeuta em função de suas dificuldades pessoais. 

O trabalho Sistêmico de Constelações também é procurado pelos mesmos motivos. A diferença é que nesta abordagem terapêutica se olha para o todo, com uma visão sistêmico-fenomenológica, para a consciência do grupo, da família, e não para a consciência individual, como nas terapias convencionais. O trabalho de Constelações pode ser desenvolvido tanto em grupo como individualmente.

Muitas pessoas que procuram um terapeuta não desejam um trabalho em grupo. Por este motivo, a Constelação com bonecos (ou figuras, ou objetos) é uma possibilidade para o trabalho sistêmico individualmente, no consultório.


Os bonecos são colocados sobre a mesa e representam as relações estabelecidas entre as pessoas da família ou as pessoas importantes de um sistema, como uma empresa, por exemplo. A orientação fenomenológica não permite que o terapeuta seja levado por associações e caracterizações, ou por semelhanças com membros do sistema, como em muitas outras abordagens, especialmente as que trabalham com o psicológico. 

No trabalho sistêmico o importante é olhar os acontecimentos essenciais, os fatos, os destinos e dinâmicas de relacionamentos. E levar em consideração as “Ordens do Amor”, sistematizadas por Hellinger, que implicam um olhar para as forças que atuam dentro dos sistemas, como as leis da Pertinência, da Hierarquia e do Equilíbrio.

Os bonecos funcionam como os representantes no grupo e são posicionados pelo cliente do mesmo modo como é feito nas Constelações em Grupo.

Vivencia-se no consultório, entre terapeuta, cliente e bonecos, o mesmo tipo de percepções, incluindo todos os canais do sentido, como a visão, a audição e outras sensações experimentadas pelos representantes no grupo, com a diferença de que o terapeuta acaba sendo o maior foco das percepções e tem maior responsabilidade no explicitar dessas percepções, já que o campo morfogenético, responsável pelos efeitos que se observa em uma Constelação, também está presente no trabalho individual.

Como nas Constelações em Grupo, no trabalho com os bonecos o cliente pode olhar junto com o terapeuta para suas questões, e ter uma imagem inicial, a partir do modo como posiciona os bonecos e, a partir dela, possivelmente poderão ser percebidos os profundos processos anímicos do seu sistema. O foco é o contexto amplo do vínculo e da solução para os seus relacionamentos.

Muitas vezes, em uma única sessão, pode-se ver com profundidade as dificuldades de uma pessoa e de seu sistema, tendo em vista o princípio “tão breve quanto possível e tão efetivo quanto necessário, como um ponto de partida que auxilia um forte processo de ajuda”, como diz Jakob Schineider.

Ao olhar calmamente para os bonecos posicionados, cliente e terapeuta podem “ver” o que acontece, sentir, perceber. E o terapeuta comunica ao cliente aquilo que “vê”. A partir daí, os bonecos vão sendo posicionados de outros modos, com a percepção e o acompanhamento do cliente, até uma imagem final. Frases de solução são sugeridas pelo terapeuta durante o trabalho, que são verbalizadas pelo cliente, parecendo mesmo uma “brincadeira com bonecos”, como fazem as crianças, mas que trazem solução e alívio, muitas vezes vivenciados corporalmente pelo cliente, podendo este sentir os movimentos da alma. São frases de solução que explicitam a verdade anímica, que evidenciam o amor sistêmico, que liberam e reconciliam.

Neste trabalho lidamos com pontes visuais e com a reordenação dentro do sistema da pessoa. No entanto, as Constelações vão além, como afirma Schineider: “elas atuam em um campo onde há espaço para imagens anímicas e energias ou forças que conduzem a dimensões difíceis de serem descritas, para vivências de fenômenos de campos anímicos que estão além da mera observação”. "

Publicado no Jornal "O Aprendiz", Escrito por Ana Lucia Braga

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Este é um trabalho onde somente experimentando para sentir os resultados/soluções.
Tenho utilizado as Constelações Familiares /Empresariais com bonecos, figuras ou âncoras com pessoas que não sentem-se à vontade para estar em grupo e trabalhar com pessoas como representantes de seu tema.
A única diferença que percebo no trabalho das Constelações com bonecos, figuras ou ancoras, é uma exigência maior em termos de percepção/experiência por parte do terapeuta.
As Constelações Familiares/Empresariais são uma forma de solução/visualização de questões que envolvem o tema do cliente. 
Às vezes o cliente está em um processo terapêutico através de sessões junto a um psicólogo(a) e aparecem situações que não mudam dentro de um processo convencional... e ao trazer à luz seu tema dentro de uma Constelação, o próprio sistema familiar do cliente nos mostra os emaranhados e soluções possíveis. Em suma - eu diria que este é um trabalho de Amor e muito respeito aos que vieram antes em nossa família, e que nos traz sempre a melhor solução.
Uma boa semana
Tais

domingo, 17 de novembro de 2013

Quem é esse eu?


Gosto imensamente das parábolas e fábulas das tradições orientais. Li dia desses num texto budista uma indagação interessante: quando me sinto magoado, quem é esse “eu” que se magoou? Afinal, é possível não ser magoado? 

Todos nós construímos uma imagem que tomamos como “eu”. Por isso a Sociologia, em seus primórdios, chamava o ser social de “ator”. A palavra prósopon, em grego, significava tanto máscara quanto personagem. Assim, a “pessoa” era a “máscara” que utilizava em sua atuação no palco social. 

A partir de nossas relações com as pessoas e as coisas, desde crianças vamos construindo uma imagem de nós mesmos cujas partes tentamos mostrar aos outros ou esconder dos mesmos. Claro que quando alguém “desmascara”, isto é: identifica, uma parte de nós da qual gostamos, nos sentimos envaidecidos; quando é uma parte de nós que procuramos esconder, ficamos magoados. Mas isso só ocorre se confundirmos nosso “eu” com a máscara que ostentamos. 

É possível, então, não ser magoado? Parece que sim, na medida em que compreendemos que por detrás dessa máscara multifacetada que construímos encontra-se um “eu” real que deve compreender o porquê de aquela máscara ter sido construída e estar sendo mantida com tanto empenho. Daí, a máscara não será mais meu eu real e as pessoas que falarem dela estarão me ajudando a compreender-me melhor, não mais me magoando. Qual é sua máscara?"
Texto recebido por email de autor deconhecido

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Somos vários? 

Sim! Somos os vários que nossa multiplicidade nos permite ser, somos vários diante de nossas constantes metamorfoses, somos vários de acordo com nossos processos de significação, mas também somos vários de acordo com os papéis que escolhemos exercer na vida. Assim, a questão que se coloca não é mais: quem sou eu? A questão colocada agora é: como convivo comigo mesmo?
A reflexão sobre este tema pode ser muito interessante dependendo daquilo que vivemos neste momento.
Boa semana
Tais



domingo, 10 de novembro de 2013

Observação de si

Uma das tarefas mais desafiadoras de nossa existência é se libertar dos condicionamentos que nos foram impostos pelo mundo exterior. Eles geram falsas crenças a nosso próprio respeito que nos impedem de viver de verdade.

Para conseguir isso, é essencial começar a prestar atenção em todas as nuances que compõem o ser humano: corpo, mente, emoções e o Ser. O primeiro passo para o treino da atenção plena é a observação do corpo físico, suas reações e necessidades.

O segundo passo é o foco em nossos pensamentos. Sem uma percepção clara e objetiva do tipo de pensamentos que domina nossa mente, seguiremos direcionados por ações inconscientes e sofrendo as conseqüências deste tipo de atitude.

O terceiro passo é observar as emoções. Para conseguir alcançar um estado de paz e equilíbrio, é essencial ter em mente que a observação é apenas o começo da jornada. Mas, é uma prática essencial se quisermos avançar para em nosso crescimento interior.

O Ser, último estágio da jornada, se seguirá naturalmente ao alcance do equilíbrio entre mente e coração. Quando eles finalmente não se encontrarem mais em conflito, e sim num estado de total harmonia, os pensamentos seguindo fielmente o padrão da paz conquistada, aí então, haverá espaço para se viver plenamente a experiência do silêncio.

"...Toda negação cria tensão. Aceite. Se você quer relaxar, a aceitação é o caminho. Aceite tudo o que estiver acontecendo ao seu redor;

...Se você relaxa, você aceita; a aceitação da Existência é a única maneira de relaxar. Se uma pequena coisa perturba você, é a sua atitude que o está perturbando. Sente-se silenciosamente, escute tudo o que está acontecendo ao seu redor e relaxe. Aceite, relaxe e, de repente, você perceberá uma imensa energia subindo dentro de você.

Esta energia será percebida inicialmente como um aprofundamento de sua respiração. Normalmente, a sua respiração é muito superficial e, algumas vezes, se você tenta respirar mais profundamente, se você começa a fazer pranayama, você começa a forçar alguma coisa, você faz um esforço.

Tal esforço não é necessário. Simplesmente aceite a vida, relaxe e de repente você verá que a sua respiração está indo mais fundo do que o usual. Relaxe mais e a respiração irá mais fundo em você. Ela se torna lenta, ritmada e você pode quase saboreá-la; ela traz um certo prazer. Você tomará consciência, então, de que a respiração é a ponte entre você e o Todo. Simplesmente observe. Não faça coisa alguma.

E quando eu digo observe, não tente observar; senão você vai ficar tenso de novo e vai começar concentrando na respiração. Simplesmente, relaxe; permaneça relaxado e solto. E olhe, pois o que mais você pode fazer? Você está ali, nada há para ser feito, tudo foi aceito, nada há para ser negado ou rejeitado, nenhuma luta, nenhuma briga, nenhum conflito e a respiração continua aprofundando... O que você pode fazer?
Você simplesmente observa. Lembre-se: simplesmente observa".
Osho

Elisabeth Cavalcante
**********
Lembremo-nos: todos somos originalmente perfeitos. 
Por isso, quando eliminamos por meio da meditação as nuvens de ilusão que impediam o surgimento da perfeição original, passa a se manifestar naturalmente, também no mundo fenomênico, o aspecto original perfeito. Com a meditação extinguem-se a ilusão, as exacerbações emocionais, as inquietações e a mente se torna serena; então a vida torna-se mais leve!

Conhecer a si mesmo é ter consciência das várias facetas do próprio ser, observá-las e compreendê-las, tirando-as do porão do inconsciente para que elas não ajam como ditadoras tiranas do nosso destino.

Observe a sua realidade exterior, ela é o reflexo da sua realidade interior, a realidade que talvez, você queira esconder de si mesmo.

Não negligencie mais a própria evolução, você merece compreender que por baixo de todas as crenças, de todas as cascas, existe um ser dotado da mais alta sabedoria, amor, abundância, alegria e capacidade infinita. Não permita que a sua mente calcada em crenças errôneas construa e controle, tendenciosamente, o rumo do seu destino.
Uma boa semana à vocês. 
Tais



domingo, 3 de novembro de 2013

O alvo é Você!


"Quando o arqueiro atira por diversão, ele está de posse de toda sua habilidade. Quando você está brincando, não está tentando provar que você é alguém. Está à vontade, contente. Durante a brincadeira, apenas por diversão, você não está preocupado com o que os outros pensam de você.

Você já viu um pai numa luta simulada com o filho? Ele vai ser derrotado. Ele vai se deitar e a criança vai se sentar sobre o seu peito e rir, e dizer: " Eu sou o vencedor! - E o pai vai ficar feliz. É só diversão. Na diversão você pode ser derrotado e ficar feliz. A diversão não é uma coisa séria, não está relacionada ao ego. O ego é sempre sério.

Então lembre-se, se você é sério, você sempre está num tumulto interior. Um santo está sempre brincando, como se atirasse por diversão. Ele não está interessado em atirar num alvo específico, ele está apenas se divertindo.

Um filósofo alemão, Eugene Herrigel, foi ao Japão para aprender a meditar. No Japão eles usam todos os tipos de artifícios para ensinar meditação, incluindo o arco e a flecha. Herrigel era um arqueiro perfeito, acertava cem por cento. Nunca errava o alvo. Então ele procurou um mestre para aprender a meditar através do arco e flecha, porque ele já era hábil nisso.

Depois de três anos, Herrigel começou a sentir que aquilo era um desperdício de tempo, porque o mestre continuava insistindo que ele não deveria atirar. Ele dizia a Herrigel: "Deixe a flecha se lançar por si só. Você não deve estar presente quando aponta a flecha, deixe-a fazer ela mesma a pontaria.

"Era um absurdo. Para um ocidental em particular, era um completo absurdo: " " O que quer dizer com isso, deixar que a flecha se lance por si só? Como uma flecha pode se atirar por si só? Eu tenho que fazer alguma coisa." E ele continuava, e nunca errava o alvo.
Mas o mestre dizia: " O alvo não é o alvo coisa nenhuma. VOCÊ é o alvo! Eu não estou vendo se você está atingindo o alvo ou não. Essa é uma habilidade mecânica. Eu estou olhando para você, para ver se você está presente ou não. Atire para se divertir! Divirta-se, não tente provar que nunca perde o alvo. Não tente provar o ego. Ele já está lá, você está lá, não há necessidade de prová-lo. Fique à vontade e permita que a flecha atire a si mesma.

"Herrigel não conseguia entender. Ele tentou e tentou e disse repetidas vezes: " Se minha pontaria é cem por cento correta, por que você não me dá o certificado?"
A mente ocidental está sempre interessada no resultado final e a oriental está sempre interessada no começo, não no final - no arqueiro, não no alvo. O resultado final não tem importância. Então o mestre dizia: " Não!"

Então, completamente decepcionado, Herrigel pediu para ir embora. Ele disse: " Então eu terei que ir. Três anos é muito, e não ganhei nada com isso e você continua dizendo não e continua dizendo que ainda sou o mesmo."

No dia em que estava para sair, ele tinha acabado de se despedir. O mestre estava ensinando outros discípulos. Naquela manhã, Herrigel não estava interessado em nada; ele estava partindo, tinha desistido de todo o projeto. Então, estava apenas esperando ali até que o mestre estivesse desocupado. Ele se despediria e iria embora.

Sentado em um banco, ele olhou para o mestre, pela primeira vez. Pela primeira vez em três anos ele olhou para o mestre. Na verdade ele não estava fazendo nada; era como se a flecha estivesse atirando a si mesma. O mestre não estava sério, ele estava brincando, ele estava se divertindo. Não havia ninguém interessado no alvo.

O ego é sempre orientado para o alvo. A diversão não tem meta a alcançar, o divertimento está no início, quando a flecha deixa o arco. Se ela dispara, isso é acidental; se atinge o alvo ou não, essa não é a questão. Mas, quando a flecha deixa o arco, o arqueiro deve estar brincando, se divertindo, sem se levar a sério. Quando está sério, você está tenso; quando não está sério, você está relaxado, você está presente. Quando você está tenso, o ego está presente, você está entorpecido.

Pela primeira vez Herrigel olhou - porque agora ele não estava estressado. Aquilo não era mais da conta dele, ele tinha desistido da coisa toda. Estava indo embora, então não havia mais porque levar tudo à sério. Ele tinha aceitado o seu fracasso, não havia nada para ser provado. Ele olhou, e pela primeira vez, seus olhos não estavam obcecados com o alvo. Ele olhou para o mestre e era como se a flecha estivesse atirando a si mesma do arco. O mestre estava só dando energia a ela, ele não estava atirando. Não estava fazendo nada, a coisa toda era feita sem esforço. Herrigel olhou e pela primeira vez entendeu o que significava.

Como que enfeitiçado, ele se aproximou do mestre, tomou o arco de sua mão e recuou a flecha. O mestre disse: " Você compreendeu. Isso é que eu tenho dito para você fazem três anos." A seta ainda não havia deixado o arco quando o mestre disse: " Concluído: O alvo foi atingido."
Agora ele estava se divertindo, ele não estava sério, ele não estava preocupado com o objetivo.

Essa é a diferença. A diversão não visa um objetivo, ela não tem objetivo; A diversão não visa um objetivo, ela não tem objetivo. A diversão é a própria meta, o valor intrínseco, nada mais. Você se divertiu é o que basta. Não há nenhum propósito, você brincou, isso é tudo. (...)

Quando você está atirando para se divertir, você não está em conflito. Não exitem dois, sua mente não vai a lugar algum. Sua mente não está indo - então você está inteiro. Então a habilidade está lá. (...) Todo o seu ser está disponível. E, quando todo o ser está disponível, você tem uma beleza, uma graça, uma qualidade totalmente diferente de ser. Quando você está dividido, sério, tenso, você é feio. Você pode ter sucesso, mas seu sucesso vai ser feio. Você pode provar para alguém que você é alguém, mas você não está provando nada, você está simplesmente criando uma imagem falsa. Mas, quando você é total, descontraído, inteiro, pode ser que ninguém conheça você, mas você é.

E essa totalidade é a benção, a bem-aventurança, a beatitude que acontece a uma mente meditativa, que acontece na meditação."
Osho, em O Barco Vazio "Quando o arqueiro atira por diversão, ele está de posse de toda sua habilidade. Quando você está brincando, não está tentando provar que você é alguém. Está à vontade, contente. Durante a brincadeira, apenas por diversão, você não está preocupado com o que os outros pensam de você.
Você já viu um pai numa luta simulada com o filho? Ele vai ser derrotado. Ele vai se deitar e a criança vai se sentar sobre o seu peito e rir, e dizer: " Eu sou o vencedor! - E o pai vai ficar feliz. É só diversão. Na diversão você pode ser derrotado e ficar feliz. A diversão não é uma coisa séria, não está relacionada ao ego. O ego é sempre sério.

Então lembre-se, se você é sério, você sempre está num tumulto interior. Um santo está sempre brincando, como se atirasse por diversão. Ele não está interessado em atirar num alvo específico, ele está apenas se divertindo.

Essa é a diferença. A diversão não visa um objetivo, ela não tem objetivo; A diversão é a própria meta, o valor intrínseco, nada mais. Você se divertiu é o que basta. Não há nenhum propósito, você brincou, isso é tudo. (...)
Osho, em O Barco Vazio
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O vazio vai ser o caminho, a meta, tudo. A partir de hoje, tente se esvaziar de tudo o que encontrar dentro de você: sua infelicidade, sua raiva, seu ego, seus ciúmes, seus sofrimentos, suas dores, seus prazeres – tudo o que você encontrar, basta jogar fora. Sem fazer distinção, sem fazer escolhas, esvazie-se. E no momento em que estiver totalmente vazio, de repente você vai ver que você é o todo, a totalidade. Por meio do vácuo, o todo é atingido.

A meditação nada mais é que um esvaziamento, nada mais é do que se tornar ninguém. Viva como um ninguém. Se você provocar raiva em alguém e colidir com essa pessoa, lembre-se, você deve estar no barco. Logo, quando o seu barco estiver vazio, você não colidirá, não haverá nenhum conflito, nenhuma raiva, nenhuma violência – nada.

Esse nada é a bênção, esse nada é a bem-aventurança. É por esse nada que você tem procurado a vida toda. Mas a menos que o buscador desapareça, não pode haver satisfação. Entre no vazio, torne-se ninguém, e continue vazio. Ande por este vasto mundo como um barco vazio, e todas as bênçãos que são possíveis na existência serão suas. Reivindique-as, mas você só pode reivindica-las quando você não está . Esse é o problema – como não estar. Eu digo a você que esse problema pode ser resolvido. Eu estou a caminho...e praticamente resolvi, é por isso que digo isso.

Medite sobre isso, ore por isso, faça todos os esforços para isso. E lembre-se apenas de uma coisa – você tem que se tornar um barco vazio.

Tais

domingo, 27 de outubro de 2013

Marido e Mulher - trabalho de compensação da Natureza

Gosto muito de ler sobre Verdades, independente de um credo religioso...Creio que na Verdade não existe o  sectarismo religioso e isto nos dá liberdade para sentir qual é o caminho a seguir. Tudo que não "prega" o sectarismo me agrada. 
Práticas de gratidão à família e a Deus, afinal ganhamos muitas coisas que normalmente esquecemos de agradecer...
Me deparei com este "pequeno livro" que é uma joia em termos de Verdade, e, especificamente esta Revelação nos diz com tanta simplicidade sobre o relacionamento homem/mulher e sua complementaridade. Ela é profunda . 
Quis dividir com vocês na intenção de levá-los a uma reflexão.
Bom proveito!
Tais


Revelação Divina Sobre O Viver Religioso

          "O viver religioso não é um viver despreparado. É o viver no qual há preparo completo em tudo. Provavelmente não existe um viver tão completamente preparado quanto um viver religioso. Não é apenas a mente que está completamente preparada, mas também a parte material está completamente preparada. 

Porque a matéria é sombra da mente, quando a mente estiver completamente preparada é que a matéria será concedida completamente, conforme a necessidade. A família é um corpo vivo e, por isso, quando o marido não faz os preparativos para o dia de amanhã, a mulher passa a providenciar para o dia de amanhã. 

Quando a mulher não providencia para o dia de amanhã, o marido o faz. Isso é o mesmo que a mão esquerda começar a funcionar quando a mão direita fica inutilizada. Isto porque existe uma providência no sentido de que assim ocorra através do trabalho de compensação da Natureza. Isso é uma providência da Natureza digna de gratidão; portanto, é bom que o casal se agradeça mutuamente um ao outro. 

Existem famílias profundamente religiosas nas quais o casal vive discutindo pelo fato de pensar que o viver religioso deva ser um viver em que não se providencia para o dia de amanhã e que seja descrente o seu cônjuge que faz preparos para o dia de amanhã. Porém tudo isso é crença errada. 'Não te preocupes com o dia de amanhã' não quer dizer 'não te prepares para o dia de amanhã'. 

Viver religioso não é o viver que, por exemplo, manda costurar o agasalho após a chegada do inverno. Mesmo que se deixe costurado, no outono, o agasalho necessário para o inverno, isso não é 'sofrer por coisas que não chegaram ainda'. Se a mente estiver controlada, saber-se-á perfeitamente desde o outono o que virá a ser necessário no inverno, e espontaneamente se desejará preparar essa coisa necessária. Esse 'espontaneamente' não se refere somente àquelas coisas que são dadas naturalmente através do exterior; existe espontaneidade também nas solicitações que brotam naturalmente do interior. 

É também espontaneidade o fato de um doente, que adoeceu por causa de um descontrole da mente, desejar o alimento adequado para a cura da doença quando a sua mente se torna controlada. O passarinho do campo quererá naturalmente construir o ninho antes da postura. Mesmo que o passarinho construa o ninho antes da postura, não quer dizer que ele esteja sofrendo por uma coisa futura. 

Embora se diga que 'o viver da Seicho-No-Ie' seja um viver que não se apega à matéria, não é um viver que abomina a matéria. É também mente apegada à matéria aquela que não tem tranquilidade por pensar que "precisa jogar fora o dinheiro porque ele é coisa abominável'. A matéria é sombra, por isso nela não há beleza nem fealdade. 

Assim como o passarinho sente vontade de construir o ninho antes da postura, o homem deseja naturalmente fazer o preparo. Quando isso acontecer, é bom deixar-se orientar pela solicitação que surge do interior. Se a mente estiver controlada, sentir-se-á, como manifestação dessa mente, no momento adequado, o desejo de preparar o que se deve. Não penses que todo aquele que se prepara seja pessoa de pouca fé. Há o viver em que, sem se estar preparado, está-se apreensivo pelo futuro; e também há o viver em que, sem apreensões pelo futuro, naturalmente se está preparado."

(Revelação Divina de 5 de dezembro de 1931)

domingo, 20 de outubro de 2013

Almoço com um príncipe - relato de experiência...


Todo ser humano tem necessidade de ser amado, ser elogiado e ser reconhecido. Basta olhar para si mesmo e sentir o que tem de verdade  nisto...

Vou relatar hoje uma experiência das mais ricas que tive nestes últimos tempos...
Fiz minha meditação matinal e fui para meus afazeres...De repente "vi"um senhor  muito simples, mal vestido e com aparência de quem precisa ser cuidado. Imediatamente reconheci: tratava-se de um cuidador de carros que "trabalha"em frente ao meu prédio. E senti nesta "visão"que deveria chamá-lo para almoçar comigo.

Levei um susto com essa "incumbência" , mas tenho procurado obedecer a essa ordem interna, pois sei que sempre me traz grandes aprendizagens. Imediatamente começaram as elucubrações...imaginem vocês!!!!!!
  • Como vou fazer isso?
  • O que os outros vão pensar?
  • Será que os donos do restaurante não vão chamar minha atenção? Afinal lá só almoçam médicos, fisioterapeutas, psicólogos, madames, famílias inteiras..
  • E se me mandarem sair?
  • E se ele der vexame do tipo derrubar comida (os dentes dele estão muito estragados e precisando de cuidados)
  • Como vou me aproximar dele e fazer o convite?
  • Será que não é perigoso?
E as perguntas negativas não paravam. Voltei para a meditação e vi este homem em outro lugar...feliz, trabalhando, sorridente, amoroso. Aí me acalmei e senti que todas as pessoas, inclusive eu, precisava de presenciar uma ação mais humana e que eu apenas seria um veículo desta "obra".

De posse desta certeza, já se aproximava a hora do almoço, saí para conversar com esta pessoa que cuida dos carros. Ao me aproximar ele já veio correndo me oferecer cartão de estacionamento. Aí eu disse que não queria...mas que gostaria de fazer um convite para o dia seguinte ( assim eu teria tempo de deglutir tudo que estava me acontecendo). Ele ficou muito surpreso e disse que não tinha coragem de ir naquele restaurante comigo, que tinha medo, etc...etc.... Na verdade ele sentiu as mesmas coisas que eu, e disse-me que poderíamos ir em outro lugar onde ele estava acostumado.
Acabei sentando num banco, ali mesmo na rua , e conversamos bastante. Entre as várias coisas que lhe disse, mencionei que ele era uma pessoa especial, muito amorosa, e que ele tinha tudo de bom dentro dele desde que nascera. E lhe fiz duas perguntas, mais ou menos assim:
  1. Quem é filho de cachorro é o que? E ele disse-me: Cachorrinho
  2. Quem é filho de gato é o que? E ele respondeu já meio desconfiado - Gatinho...
  3. Por último perguntei-lhe: E filho de deus é o que? Ele olhou-me surpreso e respondeu - Deusinho
  4. Então você é Deus,perfeito e tem tudo...
Aí conversamos longamente sobre repartir aquilo que temos ( ele disse-me que tinha muita roupa e não sabia qual colocar para irmos almoçar,pois sua casa estava uma bagunça... por isto saiu este assunto).
Enfim...aceitou o convite para o dia seguinte após ter-lhe dito que não precisava ter medo de nada pois estava comigo e era meu convidado especial.

E eu fui almoçar com a cabeça a mil...afinal como eu iria fazer tudo aquilo? E no decorrer do almoço/dia, os assuntos tratados foram me acalmando e fui recebendo sinais de que poderia confiar neste encaminhamento e que tudo sairia muito bem. A noite eu já não sentia mais nada de temor e tudo estava certo . No dia seguinte trabalhei até 11 horas e depois segui para casa.

E lá estava o Sr Ubirajara, tal qual um príncipe: cabelo cortado, barba feita, blusa de lã abotoada corretamente, relógio e tênis. Aproximou-se e ainda tentou me convencer para irmos almoçar onde estava acostumado. Respondi dizendo que não, que iríamos onde escolhi e que ele ficasse tranquilo que tudo sairia bem... e que se imaginasse como era "por dentro"- perfeito, amoroso, lindo...um Príncipe!

Chegando lá, apresentei-os aos donos e disse-lhes que ele era meu convidado. Foi muito bem recebido e acolhido, eu diria...Algumas pessoas nos observava com surpresa , como se tivessem uma interrogação nos olhos. Ele pegou seus talheres e prato e começou a servir-se, como um príncipe: escolheu muito bem os alimentos - pouca carne, muita verdura, legumes, frutas e um tanto de arroz integral. Disse-me que não aprecia muito a carne e que a digestão é melhor com outros tipos de alimentos. Sentamo-nos e ele preferiu sentar de frente para mim. Contou muitas coisa de sua vida,como por exemplo, estudou em escola técnica e é aposentado. Surpreendeu-me o quanto conhece da vida...
De repente ele disse-me que precisava tratar os dentes, mas tinha muito medo...e que o pessoal do posto de saúde ja havia oferecido à ele o tratamento ( logicamente arrancar todos os dentes, pois ali nada se salva). Ofereci-me para acompanha-lo quando decidisse ir ao posto e expliquei as consequências ao ficar com os dentes sem tratar. Na verdade, internamente , eu já havia pensado em um dentista amigo que poderia atendê-lo. Mas ele, antes que eu falasse, ja mencionou o Posto de Saude...
Interessante não? Quando buscamos uma solução interna, de amorosidade, compaixão...como que num passe de mágica a solução aparece ( na verdade ela já existe...sempre) Ele agradeceu e disse que sua irmã ja havia dito que o acompanharia quando quisesse.

Ao final quis servir-se de sobremesa e saber quanto ele havia gasto...ao que respondi que não importava, pois era meu convidado. Ele afagou a minha mão e agradeceu , com os olhos mareados d'agua...E assim terminou, naquele dia, a surpresa de poder oferecer um pouco de amor e carinho para uma pessoa tão carente...E confesso que não me custou nada, muito pelo contrário. Senti o quanto podemos deixar alguém feliz ( e sentir-se feliz também) com um pouco de atenção e respeito. A felicidade do outro é a minha felicidade...afinal somos um Todo!!!!! Eu creio nisso.

As surpresas continuaram no dia seguinte, com muitas perguntas e algumas colocações do tipo: "sou igual a você, de vez em quando eu levo um prato de comida para aquele mendigo...e para outros..." E eu tratei de ouvir apenas os recados que chegavam do alto para mim...sim "do alto", pois foi uma experiência sem igual!

Como ele "trabalha"perto de casa, posso sentir todos os dias a alegria quando ele me encontra e o respeito com que me trata. Orientei-o a não se aproximar demais das pessoas (ele as assusta - presenciei inclusive reclamação a esse respeito), ao que ele me respondeu que era carinho, mas que me ouviria. Em seguida perguntou-me se me incomodava com a proximidade dele e eu disse que não. Aí saiu todo saltitante como uma criança...e todos os dias ao me encontrar me chama de Princesa e me trata com muito carinho e respeito.

Enfim gente...eu precisava dividir com vocês esta experiência maravilhosa e comentar que às vezes, por conta da pressa, do perigo, do excesso de pensamentos na cabeça, deixamos de ter gestos simples e que , na maioria das vezes, podem mudar vidas.
Pensem nisso e se perguntem de vez em quando: -O que posso fazer para deixar meu próximo feliz?
Às vezes nem precisa fazer o que fiz, mas apenas um olhar nos olhos, um carinho, um gesto de respeito, uma palavra.

"Você não precisa forçar-se a nada. Seja natural e espontâneo. Se está contente expresse sua alegria com simplicidade, sem afetação. É importante destravar o "freio anormal" oculto em seu interior. Assim você poderá ser feliz imediatamente, mesmo que continue a morar em sua casa modesta e a usar roupas um tanto velhas. Isto porque você terá aberto a "torneira mental". Portanto, abra -a com toda a força. Com isso a felicidade chegará a você incessantemente." Do livro -Alegre e agradável jornada da vida - Seicho Taniguchi

Uma semana repleta de oportunidades a cada um de vocês!
Tais

domingo, 13 de outubro de 2013

Como está a sua Relação de Casal?

O relacionamento de casal é assunto  "olhado" pela maioria como complicado... será mesmo?
Antes de julgar precisamos compreender algumas premissas:
Segundo Bert Hellinger, pai da Constelações Familiares, para que o amor dê certo ele deve submeter-se a uma ordem e assim, na ordem certa, o amor alcança seu objetivo. Os vínculos do amor de um casal, o amor entre iguais, possa fluir , é preciso que ambos se reconheçam como iguais, reconhecendo um ao outro como alguém de mesmo valor. Aqui, basta apenas um desqualificar o outro para que desarranje a relação..desaparecendo o amor humilde e um colocando-se como superior ao outro.
Num relacionamento a dois , ambos podem querem dar algo e, ao mesmo tempo, precisam e querem receber algo. Ambos podem dar e receber.

Entre as Ordens do Amor , a primeira ordem que pode ser considerada e a equivalência. Mesmo sendo diferentes, o homem e a mulher, eles são equivalentes. Se reconhecida esta equivalência - o amor tem grandes chances de dar certo!
No relacionamento de casal o dar e receber precisa do equilíbrio, e este também pode acontecer no vínculo negativo. Mas algo aqui é abolutamente certo: se não existe este equilíbrio o vínculo enfraquece e a relação se rompe. Existem também casos onde um dos parceiros quer dar, mas o outro não que receber...logo...desequilíbrio também!
Este equilíbrio entre dar e receber se refere a quaisquer trocas entre o casal  por exemplo: troca de carinho, questões materiais, religiosa, cuidados mútuos, etc...

Existe também, algo de grande relevância no relacionamento de casal - a ordem na família de origem, ou seja o lugar que os parceiros ocupavam na família anterior.
Se o parceiro(a) não ocupa o seu lugar na família de origem, o relacionamento de casal ficará prejudicado pois o mesmo(a) continuará trazendo para sua vida a amarração do passado. Seu sistema familiar de origem estará em desordem e , em consequência disso, não se estabelece o novo sistema familiar na nova família formada pelo casal. 

Vejamos brevemente, como isso acontece:
Se um homem, ao invés de ocupar o lugar de filho em sua família de origem, ocupa o lugar de "companheiro de sua mãe", ele se acha superior ao pai (quebra da ordem), e por assim agir se torna o "menino homem", onde não respeitará as mulheres, não estabelecerá uma relação igual e buscará em muitas mulheres a sua mãe.  No novo relacionamento certamente trará em suas características de "filhinho da mamãe".
Um homem só ocupa seu lugar de companheiro, quando  ocupou seu lugar de filho na família de origem - e não o de companheiro de sua mãe.

Este assunto é simples e ao mesmo tempo complexo. Nas Constelações (tanto em grupo como individual) o cliente poderá distanciar-se e olhar por outro ângulo a situação que está vivenciando, ocorrendo naturalmente uma dissossiação. Nesta possibilidade de estar "em outro lugar" poderá observar, sentir, perceber... para então, o inconsciente agir na percepção da sua real necessidade. 
Naturalmente o cliente precisa estar aberto para receber e o terapeuta aberto para aceitar as soluções apresentadas na Constelação. Se um dos dois entrarem na arrogância do "eu sei o que é melhor"...provavelmente o necessário não ocorrerá.
Como se vê, o equilíbrio do Dar e Receber habita todas as relações, inclusive terapeuta-cliente.
Este texto foi baseado em minha aprendizagens na formação de uma vida como profissional desta área, e reafirmados no módulo que fiz este mes sobre "Constelações Familiares  com Bonecos e Ancoras"com a Professora Marusa Gonçalves. Li e reli muitas vezes o livro de mesmo nome publicado por ela ( http://www.constelacoessistemicas.psc.br/) , para dar conta de escrever este texto. Aliás, a própria iniciativa de começar eu mesma a escrever os textos para meu Blog, ja veio do trabalho feito por ela e pelos companheiros de curso. 
Obrigada ao meu sistema familiar e aos que estiveram comigo nesta jornada que começa agora a tomar outros rumos.
Tais