domingo, 26 de agosto de 2012

O tempo




Um autor desconhecido escreveu certa vez que a alegria, a tristeza, a vaidade, a sabedoria, o amor e outros sentimentos habitavam uma pequena ilha. Certo dia, foram avisados que essa ilha seria inundada. Preocupado, o amor cuidou para que todos os outros se salvassem, falando: Fujam todos, a ilha vai ser inundada. Todos se apressaram a pegar seu barquinho para se abrigar em um morro bem alto, no continente. Só o amor não teve pressa. Quando percebeu que ia se afogar, correu a pedir ajuda. Para a riqueza apavorada, ele pediu: Riqueza, leve-me com você. Ao que ela respondeu: Não posso, meu barco está cheio de ouro e prata e não tem lugar para você. Passou então a vaidade e ele disse: Dona Vaidade, leve-me com você... Sinto muito, mas você vai sujar meu barco. Em seguida, veio a tristeza e o amor suplicou: Senhora Tristeza, posso ir com você? Amor, estou tão triste que prefiro ir sozinha. Passou a alegria, mas se encontrava tão alegre que nem ouviu o amor chamar por ela. Então passou um barquinho, onde remava um senhor idoso, e ele disse: Sobe, amor, que eu te levo. O amor ficou tão feliz, que até se esqueceu de perguntar o nome do velhinho. Chegando ao morro alto, onde já estavam os outros sentimentos, ele perguntou à sabedoria: Dona Sabedoria, quem era o senhor que me amparou? Ela respondeu: O tempo. O tempo? Mas por que ele me trouxe aqui? Porque só o tempo é capaz de ajudar e entender um grande amor.



 Dentre todos os dons que a Divindade concede ao homem, o tempo tem lugar especial. É ele que acalma as paixões indevidas, ensinando que tudo tem sua hora e local certos. É ele que cicatriza as feridas das profundas dores, colocando o algodão anestesiante nas chagas abertas. É o tempo que nos permite amadurecer, através do exercício sadio da reflexão, adquirindo ponderação e bom senso. É o tempo que desenha marcas nas faces, espalha neve nos cabelos, leciona calma e paciência, quando o passo já se faz mais lento. É o tempo que confirma as grandes verdades e destrói as falsidades, os valores ilusórios. O tempo é, enfim, um grande mestre, que ensina sem pressa, aguarda um tanto mais e espera que cada um a sua vez, se disponha a crescer, servir e ser feliz. E é o tempo, em verdade, que nos demonstra, no correr dos anos, que o verdadeiro amor supera a idade, a doença, a dificuldade, e permanece conosco para sempre.

                                              Redação do Momento Espírita, com base no texto História de amor, de autoria desconhecida


*************

 Neste mundo, tudo tem a sua hora. Cada coisa tem o seu tempo. Há o tempo de nascer e o tempo de morrer. Tempo de plantar e de colher. Tempo de derrubar e de construir. Há o tempo de se tornar triste e de se alegrar. Tempo de chorar e de sorrir. Tempo de espalhar pedras e de juntá-las. Tempo de abraçar e de se afastar. Há tempo de calar e de falar. Há o tempo de guerra e o tempo de paz. Mas sempre é tempo de amar.
Taís


domingo, 19 de agosto de 2012

Por que algumas coisas são difíceis em nossas vidas?


Através da observação das cabras e das ovelhas podemos compreender uma parte desta questão, presente na vida de muito mais pessoas do que imaginamos.

"-Vejam as ovelhas e cabras pastando nas colinas. As ovelhas estão num lugar e as cabras em outro. Observem as ovelhas. São pacientes e pacíficas entre si, mesmo quando estão apertadas num canto do curral. Pastam tranquilamente, nunca reclamam o terreno que não é seu, deixam o pasto curto, mas não o estragam, o que permite que a grama se recupere depois de passarem por cima dela. E o que é mais importante, escutam a voz do seu pastor. Portanto, ele cuida bem delas. Ele as guia para os melhores pastos e dorme junto a elas durante a noite, para que não sejam atacadas por cães e ladrões.
- Agora olhem as cabras, como brigam e saltam sobre as pedras e entram em lugares difíceis ou perigosos. Devoram as sarças e a folhagem das árvores. Elas são espoliadoras. Se não fosse por sua utilidade para o homem, não haveria outro lugar para elas a não ser ficarem amarradas o dia todo ou serem enviadas para o deserto."


Em nossa convivência há muitas ovelhas - e também há muitas cabras. 

"- Vocês podem reconhecer as ovelhas pelos seus lares, pelo modo como convivem com os vizinhos e como são vistas por toda a comunidade. Assim também vocês podem reconhecer as cabras - é possível que elas tenham muitos amigos?
- Não! 
- O pastor segue as cabras e cuida delas, ou elas têm que se cuidar sozinhas e chegar por si mesmas em casa à noite para ser ordenhadas?
- E assim é com aqueles que são ovelhas e aqueles que são cabras - recebemos a proteção do "Pai" se são ovelhas e não são protegidos se são cabras, porque vão teimosamente seguindo seus próprios desejos todos os dias e possivelmente deixando atrás de si um rastro de destruição. 


O "Pai" pode proteger aqueles que são cabras?

- Muitos creem que o "Pai" está zangado com as cabras e não as protegerá, ou dizem que, assim como o pastor cuida das suas ovelhas e cuidaria das cabras se elas permitissem, o "Pai" ama as ovelhas e as cabras da mesma forma, mas não pode protegê-las igualmente por causa do comportamento natural das cabras.
- Considerem também os hábitos de alimentação das ovelhas e das cabras. As ovelhas se contentam comendo somente a erva para a qual seus estômagos estão perfeitamente preparados, mas as cabras comem qualquer coisa que encontram e não respeitam sua constituição. O mesmo acontece com aqueles que não cuidam do alimento de suas mentes, pois não têm nenhuma meta fixa ou propósito claro. Como as cabras, não percebem quando o alimento mental é prejudicial ou os leva por caminhos equivocados em suas vidas diárias, ou mesmo os arrasta para um mito nocivo ou um engano perigoso. Eles vão sem rumo, recolhendo o equivalente mental de sarças, sapatos velhos, pedaços de pano, folhas, cardos ou ervas daninhas, porque falta a eles bom senso.

Refletindo um pouco...

"- Se uma pessoa é uma ovelha, comete um erro e se vê numa confusão, o "Pai" a abandonará? 
- O que faz o pastor se uma de suas ovelhas cai num buraco, ou escorrega por um barranco, ou se vê aprisionada nas sarças?  O pastor deixa o rebanho e rapidamente vai buscar a ovelha perdida e não a abandonará até que a traga de volta sã e salva. 

Assim acontece com o "Pai" - nenhuma ovelha pode evitar enganar-se de uma ou outra maneira - mas não duvide de que o "Pai" logo atenderá ao seu balido e a resgatará. E se uma cabra começar a comportar-se como uma ovelha e atender à voz do pastor, então ela também estará sob a proteção do pastor e será cuidada da mesma maneira que as ovelhas. Assim é com vocês "
Trechos em "aspas" do livro Cartas de Cristo- Almenara Editorial


**********
Penso que sempre poderemos ouvir nossa voz interior, que para mim é a centelha Divina que cada um tem em si.
Mas para isso faz-se necessário esvaziar-se dos desejos egoístas, inimizades, raiva, inveja, ciumes, desejo de vingança,etc...
Então, limpo disto tudo que compõe nossa vida cotidiana, poderemos sentir e perceber o melhor caminho, a melhor atitude. Mas para isso é necessário estar disposto a olhar-SE e ver quantas vezes somos dirigidos e tomados pelo EGO...Nessa condição não ouvimos a diretriz que o "Pai" nos dá, estamos surdos e cheios de querer pessoal.
Atitudes simples podem ser feitas como cuidar do outro como de si mesmo (eu me cuido?), não julgar aceitando as pessoas como elas são (afinal também temos defeitos).
Creio que nascemos para sermos felizes e nos transformarmos com as dificuldades, mas ficamos tão envoltos naquilo que "Eu quero" (ego) e por conta disso, estamos muito ocupados para receber a real intuição sobre qual é o caminho que devemos seguir.
Taís

domingo, 12 de agosto de 2012

O sistema familiar e as exclusões



A FAMÍLIA PRÓXIMA
Nós pertencemos não somente aos nossos pais, mas também à nossa família próxima, a um sistema maior. O nosso sistema familiar comporta-se como se fosse controlado por uma função mais elevada de que todos os membros compartilham em comum. Podemos comparar isto a um bando de pássaros. De repente todos os pássaros voam num novo sentido, como se os pássaros individuais fossem movidos em comum pela decisão do bando. Num sistema familiar, esta elevada função de grupo age como uma consciência de família compartilhada. Esta consciência comum é primariamente inconsciente, e nós podemos reconhecer as ordens que serve, pelo que acontece quando nós lhe obedecemos ou violamos as suas exigências.
Podemos dizer quem pertence ao sistema familiar observando quem é afetado por esta consciência comum, e quem não é. Regra geral, as seguintes pessoas pertencem a um sistema familiar:
·         Todas as crianças, incluindo as mortas e as natimortas;
·         Os pais e seus parentes;
·         Os avós;
·  Ocasionalmente um ou outro dos bisavós, incluindo os parentes mesmo mais distantes que sofreram um destino particularmente difícil ou injusto;
·   Os não-parentes pertencem ao sistema também quando, através da sua morte ou infortúnio, alguém na família beneficiou, por exemplo, sócios ou parentes anteriores dos pais e avós.

O DIREITO DE SOCIEDADE
Um princípio fundamental aplica-se a um sistema familiar que determina que todos os membros têm um direito igual de lhe pertencer. Em muitas famílias e clãs, determinados membros foram excluídos, um tio por exemplo, que era a ovelha negra da família, ou um filho ilegítimo sobre quem ninguém falava.
Ou alguns membros podem dizer, "eu sou Católico e você é Protestante, e como Católico tenho um direito maior de pertencer do que você." Ou o reverso, "como um Protestante, eu tenho um direito maior de pertencer, porque eu pertenço à fé verdadeira. Você é menos fiel do que eu, então você tem menos direito de pertencer." A religião não é tão importante como era hábito, mas outras coisas são ainda, como a profissão, nacionalidade, cor da pele, gênero.
Ou, às vezes quando um filho morre em criança, os pais dão ao filho seguinte o mesmo nome. Dizem efetivamente à criança falecida, "você já não pertence. Nós temos um substituto para ti." A criança falecida não pode mesmo manter o seu próprio nome. Em muitas famílias tais crianças nem são contadas entre os filhos, nem são mencionadas. O seu direito fundamental de pertencer é ferido e negado.
Muitos chamam moralidade, especialmente quando alguns membros acreditam que são melhores do que os outros e colocam-se acima deles, é realmente a mensagem, "nós temos mais direito de pertencer do que você." Ou quando falamos mal de outros membros e os tratamos como se fossem maus, nós estamos a dizer, "vocês têm menos direito de pertencer do que eu." Em tais situações, "bom" somente quer dizer que eu tenho mais direito de pertencer e "mau" significa que você tem menos direito de pertencer.

OS MEMBROS EXCLUÍDOS SÃO REPRESENTADOS
A dinâmica fundamental num sistema familiar é que todos os membros têm um direito igual de pertencer e não é tolerado ferir. Sempre que alguém num sistema familiar é excluído, gera-se uma necessidade de compensação. Esta dinâmica de compensação leva a que o membro excluído ou desdenhado seja representado por um membro mais novo da família, que está inconsciente de, e sem poder fazer nada contra essa identificação.
Por exemplo, um homem casado apaixona-se por outra mulher e diz à sua esposa que não quer ter mais nada com ela. Inventa razões superficiais e caprichosas para justificar as suas ações, compondo a injustiça feita à sua esposa. Mais tarde teve filhos com a sua nova companheira, mas a sua filha enfrenta-o por nenhuma razão aparente. Verifica-se que a filha representa inconscientemente a sua primeira esposa e sente pelo pai o mesmo ódio que a sua primeira esposa deve ter sentido, mesmo não sabendo da existência da primeira mulher. Nisto, podemos ver o trabalho de uma invisível e sistemática força compensatória, vingando a injustiça feita ao anterior membro através da utilização inconsciente de um membro mais novo.
Muito sérias disfunções em distúrbios no comportamento familiar nas crianças, mas também as doenças, tendência a acidentes e comportamentos suicidas ocorrem quando as crianças representam inconscientemente uma pessoa excluída para satisfazer a necessidade de restituição dessa pessoa. Isto mostra uma segunda característica da consciência do sistema familiar. Assegura justiça para os membros mais antigos e causa injustiça para os mais novos.

SOLUÇÃO PARA MEMBROS EXCLUÍDOS
Os membros mais novos da família podem ser libertados de tais enredos quando a ordem fundamental é restabelecida; quando os membros excluídos são novamente aceitos na família e recebem o devido respeito. Por exemplo, a segunda esposa pode dizer à primeira, "eu tenho este homem e você pagou o preço; respeito a tua perda e reconheço que te foi feita uma injustiça; peço-te que, por favor, sejas amigável para mim e para os meus filhos." Quando são sinceramente ditas, tais frases nomeiam honestamente o que aconteceu e prestam à primeira esposa o devido respeito. Nas constelações familiares observamos frequentemente como a face da primeira esposa amacia e como se torna amigável porque é respeitada. A sua reacção demonstra que também pertence à família.
A solução requer também que a criança que representa a primeira esposa lhe diga, "eu pertenço somente ao meu pai e à minha mãe. O que quer que esteja entre vocês não é nada comigo." Pode também dizer ao seu pai, "você é o meu pai e eu sou a sua filha. Olhe por favor para mim, como sua filha." Estas frases, ditas com sinceridade, também restauram a ordem fundamental. O pai pode olhar para a sua filha e não necessita de ver nela a sua primeira esposa, e não necessita encontrar nela o ódio e a dor que a sua primeira esposa deve ter sentido. E se amar ainda a sua primeira esposa, não necessita ver a sua amada, na filha. Pode olhá-la, e ver, e amar a sua filha. A filha é libertada para ser meramente uma filha, e o pai, um pai.
A filha pode também dizer-lhe, "esta é a minha mãe; eu não estou relacionada com a tua primeira esposa; eu reclamo e quero a minha mãe; é única para mim". E pode dizer à sua mãe, "eu não estou relacionada com a outra mulher; eu não estou conectada com ela de forma alguma." Tal como a representante da primeira esposa, a mãe pode inconscientemente ver a outra mulher nela, e começar um conflito uma com a outra como se fossem rivais. Quando a filha diz, "você é minha mãe e eu sou sua filha; eu não tenho nenhuma ligação com a outra mulher; eu a quero como minha mãe. Por favor, aceita-me como tua filha", ela restaura a ordem básica.
Ofensas ao direito igual de pertencer são também a causa de enredos muito mais sérios. Por exemplo, quando uma criança morre jovem numa família, as outras crianças tendem a sentirem-se culpadas porque estão ainda vivas quando o seu irmão ou irmã estão mortos. É como se acreditassem que estão em vantagem porque estão vivos e o seu parente está em desvantagem porque está morto. Inconscientemente tentam compensar procurando falhar, ficando doentes, ou em casos extremos, querendo morrer, embora não saibam porquê.
Em situações como esta, algumas crianças puderam restaurar a ordem do amor dizendo ao seu parente falecido, "você é meu irmão (ou irmã). Eu respeito-o como meu irmão (irmã). Você tem um lugar no meu coração. Eu curvo minha a cabeça perante ti e o teu destino, qualquer que seja, e aceito o meu destino conforme ele vier." Estas frases prestam respeito ao parente falecido, e a criança viva pode voltar à sua vida, sem culpa.
**************
Por todas essas razões /soluções acima expostas é que trabalho com as Constelações Familiares.
Sentir e observar as soluções é fantástico, motivador e acima de tudo respeitoso com todo o sistema familiar, mesmo em situações onde os membros não vivem mais e/ou não estão presentes.
Um trabalho de amor, simples e direto, que modifica nosso olhar sobre os conceitos existentes e nos mostra algo totalmente novo. A sensação que os constelados relatam é algo parecido com "encontrar uma luz no fim do túnel" ou "é possível olhar de outra forma e ser feliz apesar de"...
Busquem conhecer este trabalho participando de vivências como representantes, ou apenas assistindo uma Constelação e tomando ciência das Ordens do Amor tão bem descritas por Bert Hellinger, e que embasam todo este trabalho.
Taís

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Hospedagem



A maior rede hoteleira que existe é a da alma inserida em todo o ser humano, mesmo naqueles que se dizem eremitas e tentam evitar todo e qualquer acesso a suas acomodações interiores.

A alma é um grande hotel. Pouco importa a categoria em que se insere: resort, pousada, fazenda, histórico, apart-hotel ou cama e café, a hospitalidade é sua marca registrada. Está sempre de portas abertas e tem espaço vago a oferecer a qualquer hora do dia ou da noite. Presta serviços de primeira qualidade, abriga forasteiros, provê necessidades básicas e oferta amenidades e acomodações conforme as exigências dos que a procuram. Antes de qualquer coisa, recepciona de braços abertos a quem quiser se alojar. E é no modo de receber que se avalia a dimensão da alma-hotel.

Segundo definição do Ministério do Turismo, meio de hospedagem é: “O empreendimento ou estabelecimento, independentemente de sua forma de constituição, destinado a prestar serviços de alojamento temporário, ofertado em unidades de freqüência individual e de uso exclusivo do hóspede, bem como outros serviços necessários aos usuários, denominado de serviços de hospedagem, mediante adoção de instrumento contratual, tácito ou expresso, e cobrança de diária”.

Quanto à alma, o diferencial é que alguns hóspedes permanecem por tempo indeterminado. Chegam “de mala e cuia” nas mãos e se instalam num cômodo disponível a seu bel prazer, pois na alma há desde suítes presidenciais, apartamentos requintados até quartos simples. E hóspedes assim vão ficando como se o lugar fosse cativo e protegido por direito adquirido. Exemplo disso são os amores que nunca saem da memória. A cobrança de diária deixa de se efetuar, por conseguinte. E os amores perseveram a despeito desse detalhe. Como nada lhes é exigido continuam desfrutando do local onde se aquartelaram.

Hóspedes turistas, no entanto, têm características próprias e várias denominações no seu registro de check-in e check-out: alegria, preocupação, curiosidade, tristeza, inquietude, apaziguamento e por aí se vai um sem número de visitantes de fluxo rápido e curto. Ainda bem que sua passagem pela alma se processa em alta rotatividade.

Outros existem que se hospedam por uma só noite. Negócios urgentes os rodeiam. Precisam de um ombro onde possam repousar para recuperar energias e basta. Em compensação caem no esquecimento e a alma nem mais reconhece suas faces. Passa a fazer parte de um acervo de balancete da alma como mero fundo perdido.

Na hospedaria da alma inexistem contratos expressos. Todos são tácitos, implícitos, subentendidos. A entrada é livre para os conhecidos e desconhecidos. Todo e qualquer hóspede-sentimento pode se registrar, usufruir das amenidades e agruras, ficar por período indeterminado, ocupando as dependências que bem lhes aprouver, sem taxas, sem juros, sem compromisso maior do que o de aumentar as proporções inalienáveis da alma, propriamente dita.
Gosto de saber que a minha alma é tal e qual uma hospedaria. Pelo que me consta, de acordo com o nome, seria eu, na catalogação já em desuso, um hotel de uma estrela.


Mas, conforme Fernando Pessoa, que vem em meu socorro mais uma vez:” Tudo vale a pena se a alma não é pequena”.

Texto extraído da internet sem autor citado

Fico pensando quantas vezes digo "EU"...e na verdade quem ocupa este lugar é o ego.
O ego em todo ser vivo é unicamente o assento da "consciência terrena". Ele de maneira nenhuma se assemelha à Realidade Divina que constitui a alma. O impulso egoico pertence unicamente à dimensão terrena e está voltado exclusivamente para conseguir o que quer para fazer a pessoa terrena feliz, protegê-la de ataques e assegurar sua sobrevivência. Ele pisoteará outros seres para alcançar seus propósitos. Essa força egoica está ativa em todos os seres vivos.
E a nossa alma fica lá...aguardando o momento em que acordaremos e enxergaremos o espaço real que cabe a cada um "deles" (ego e alma). Afinal, a alma não briga...ela está sempre ali...disponível, aberta, pronta para ocupar o seu lugar !
É preciso coragem e muito trabalho interior para um dia poder ter um vislumbre desta verdade e nos tornarmos seres melhores que hoje.
Tais