segunda-feira, 31 de outubro de 2011

O que fazer?

Dúvidas, se não as temos, como levar o dia adiante, esbarrando em escolhas das mais simples as mais complexas? As previsíveis situações de rotina exigem pouco de nós no que tange a decisões. Estão de cara com a cara da gente e só vamos cumprindo com os afazeres da agenda.


Por outro lado, as circunstâncias de foro íntimo ficam alfinetando nossos pensamentos numa urgência incrível para serem atendidas.

Ele não ligou. Deves ficar em silêncio ou telefonar, mandar uma mensagem pelo celular assim como quem não quer nada, querendo?


As evasivas palavras de alguém te deixaram frustrada. Convém questionar, ir a fundo, indagar quais suas razões?

Recebes menos carinho do que esperas. É aconselhável continuar afagando em troca de tão pouco ou é melhor redirecionar o teu afeto?

Tentando agradar, desagradas. Pedes desculpas ou deixas o gesto esmorecer por si mesmo numa capitulação incômoda?

Precisas decidir entre ir e ficar. Como resolver o dilema, se uma parte de ti quer partir e a outra insiste em permanecer?

Alguns falam contigo em linguagem codificada. Precisas aprender novos idiomas ou deves te graduar em traduções de sinais?

A seleção para o cargo tão desejado não foi oportunizada. Desistes de ir em busca de outras oportunidades ou vais encarar um meta diversa?

O novo se infiltra nos teus sentidos num desafio desconcertante. Como encarar a diferença entre o antigo enraizado em dogmas e o atual impregnado de provocação? Como assimilar que o novo não substitui o antigo, mas acrescenta facetas de uma outra realidade que se transfere no tempo?

Na tarde ensolarada caminhas pisando em palavras soltas e equilibras teus passos num jogo há muito tempo aprendido. O jogo de harmonizar.

E é com essa perícia invejável de lidar com os questionamentos, colocando-os numa balança com dois pratos, que alguns lidam com a vida sabiamente.

Pouco vale a inteligência. Prevalece a sabedoria, que não se aprende na escola. A sabedoria de dar a cada elemento o seu valor, a sua urgência, o seu peso real.

Urgente lembrar do que diz a placa de sinalização na margem das estradas: ”Na dúvida não ultrapassar”.

Então, mantém a velocidade das tuas dúvidas em baixa rotação, evita vencer distâncias em curto espaço de tempo. Maneja com extremo cuidado o andar da caravana dos teus pensamentos provocativos.

Mais urgente do que a resolução de tuas dúvidas é o bom senso de deixar que muitas delas se resolvam por si mesmas, sem atropelos ou atitudes precipitadas.

Difícil, não te parece? Em mim, a dúvida age como um transgressor de fronteiras. Invade meu território e me faz perder o sono porque fico em vigília, espreitando um facho de luz que clareie o escuro do caminho por onde decisões vagueiam a espera de serem escolhidas.

O que fazer?

Este texto chegou para mim na semana passada e caiu como uma luva.
Infelizmente não mandaram o nome do autor, pois sempre referencio os textos aqui postados.
Que me desculpe o autor...mas a intenção é repartir algo tão bem escrito e que provoca uma reflexão boa de fazer!
Espero que gostem.
Tais

domingo, 23 de outubro de 2011

Permanecer no amor

    "Gostaria de dizer algo sobre o amor. Algo diferente do que vocês talvez estejam esperando. Às vezes ouvimos a frase “Permanecer no amor”! O que significa isso? Permanecer no amor? Conhecemos o amor que vincula. Através de um amor especial estamos vinculados aos nossos pais, ao nosso parceiro e também aos nossos filhos. Como estamos ligados a estas pessoas desta maneira, estamos ao mesmo tempo, separados de outras.
    Permanecer no amor significa que tudo é amado da maneira como é, que tudo é acolhido na alma da maneira como é. Significa que concordamos com tudo da maneira como é e o amamos como é, exatamente como é. Significa também, que concordamos com toda a vida como é, exatamente como é: com a própria vida assim como é, com a vida dos outros, como é, assim como é, exatamente da maneira como é.
    Do mesmo modo também a luta faz parte dessa vida. A vida de cada indivíduo disputa o lugar com a vida dos outros. Se permanecemos no amor, amamos também os opostos, a luta, a vitória e a derrota, viver e morrer, os vivos e os mortos, o passado da maneira como foi, o futuro da maneira como vem. Neste amor tornamo-nos amplos e entramos em sintonia e concordância com tudo.
Este amor é a entrega para o todo. È a religião essencial. Neste amor somos repletos, serenos, podemos assistir a tudo como se desenvolve, entregamo-nos ao próprio destino dos outros e ao destino do mundo. Estar entregue ao todo deste modo significa permanecer no amor Isto implica também em conseqüências para o nosso dia a dia. Quem permanece no amor desta maneira pode assistir a tudo como é: à felicidade e ao desastre, à vida e à morte., ao emaranhamento e ao sofrimento. Como ama o todo e está entregue ao todo, uma vez ou outra, atua dentro deste fluxo de vida, porem sem assoberbar-se permanecendo sempre em sintonia e na aceitação. Quem ajuda desse modo, permanece isento de preocupações. E é livre. Todos possuem o mesmo tamanho e a mesma importância. No todo não há quem seja melhor ou pior. No todo existimos simplesmente." . B.H

Parece difícil...quase impossivel!
Mas a aceitação é um caminho fantástico.
Quando aceitamos tudo como é, os problemas ficam menores e a vida passa a ter um sabor de experimentação e de ganho. Tudo está certo, da forma que eu necessito...até mesmo as dificuldades. Quando consigo aprender com o que julgo difícil e sofrido....ah...tudo passa a ter um sabor especial - DE APRENDIZAGEM - !!!!!
Uma excelente semana para vocês.
Tais


domingo, 16 de outubro de 2011

Histórias que fazem pensar



Mundialmente conhecido pela criação da abordagem terapêutica "Constelações Familiares", atraves das idéias de Bert Hellinger tento explicar neste texto um aspecto fascinante de suas interveções terapêuticas; histórias surpreendentes para o intelecto, destinadas a ressoar na alma do cliente.
Tanto as crianças como os adultos quando as ouvem  trazem alívio, alem de normalmente realizarem  as mudanças necessárias em seus comportamentos.
Fico impressionada com a simplicidade e a criatividade com que Bert transforma as histórias e como elas atuam...
Uma pequena homenagem nesta semana à esses seres tão especiais que são as crianças.


A FILHA PEQUENA QUE PADECIA DE ENURESE NOTURNA

Há pouco tempo alguém da TV austríaca entrevistou Bert Hellinger e pediu que dissesse algo acerca de histórias que curam.
Ele centrou-se no prático, falando das possibilidades de ajudar crianças através de histórias.
Sobre a pergunta do que poderia ser feito no caso de enurese noturna (crianças que urinam na cama à noite), contou o seguinte caso.
    "Um pai me perguntou o que poderia fazer com sua filha pequena que de noite fazia pipi na cama. Aconselhei-o que dissesse à filha que havia se casado com muito gosto com sua mãe (a filha havia nascido antes que os pais se casassem). E que o dissesse de passagem e que, além do mais, lhe contasse histórias com pequenas variações." Por exemplo:


Chapeuzinho Vermelho

Chapeuzinho chega à casa da avó quer entrar pela porta e vê que a calha está pingando. Diz a sí mesmo: "Antes vou consertar esta goteira".Entra no galpão, busca um pouco de piche , pega uma escada, sobe, conserta a goteira para que não molhe a entrada , e depois desce para visitar a sua avó...

Branca de Neve e os sete anões 

Um pequeno anão queixa-se de manhã, que entrou chuva pelo telhado durante a noite, e que acordou totalmente molhado em sua cama. Branca de Neve lhe diz: "Consertarei o telhado imediatamente". Enquanto os anões trabalham, Branca de Neve sobe no telhado,vê que apenas uma telha havia saído do lugar e coloca-a de volta. Quando o anão volta para casa de noite está tão cansado que esquece de perguntar sobre o telhado.Na manhã seguinte também se esqueceu, pois está tudo bem.

    Ao fim de seis meses, o pai voltou a uma supervisão e contou ao Bert sua experiência. Disse que a história havia surtido um efeito imediato: tudo havia se arranjado. O que lhe chamou a atenção é que esta filha pequena normalmente protestava se ele introduzia variações nos contos, mas estas modificações ela aceitou tranquilamente.

Neste exemplo vemos que a sábia alma da criança alia-se ao narrador. A alma almeja a solução sem que esta lhe seja dita abertamente, de modo que a criança sinta-se encorajada a colocar em prática o novo através do seu conhecimento.
É evidente que a criança percebeu o que o pai disse pois do contrário a história não teria surtido efeito.Mas como o pai não falou diretamente sobre o problema e respeitou o sentimento de vergonha da criança, ela sentiu-se respeitada por ele ter tido tamanha delicadeza com ela e pôde reagir.
A criança sabe que molha a cama. Isto não precisamos lhe contar.E sabe também que não deve molhar a cama.Isto também ninguém precisa lhe dizer. Se lhe damos um conselho ou abordamnos o seu problema sente-se inferior.Se a criança segue o conselho a auto estima dos pais aumenta enquanto a sua auto estima diminui. A criança protege-se contra a perda da auto estima recusando o conselho. Exatamente pelo fato de nós termos dado um conselho, a criança precisa fazê-lo de modo diferente para poder manter a sua dignidade. A dignidade é o que existe de mais importante para cada pessoa. Para as crianças também.Apenas quando a criança sente um amor profundo no conselho pode segui-lo.


Segundo Bert Hellinger, as histórias podem dizer o que não pode ser expresso de outra forma, pois também sabem ocultar o que mostram. Encaramos sua verdade como pressentimos, por trás de um véu, o rosto de uma mulher.
Quando as ouvimos nos sentimos como se entrássemos numa catedral. Entrando na obscuridade, vemos os vitrais iluminados. Mas, quando as luzes se acendem, só percebemos as molduras.
Tais

domingo, 9 de outubro de 2011

Por quê para alguns o dinheiro "some"?????



O DINHEIRO
"O dinheiro é algo espiritual. Nele é armazenada a energia de um trabalho, um trabalho meritório.  Quanto maior é o serviço que é prestado (O trabalho) por uma soma determinada de dinheiro, maior é a energia que esse dinheiro guarda. O dinheiro ganho arduamente, com muito esforço, possuí a máxima energia. É usado da forma mais parcimoniosa e é valorizado ao máximo.
O dinheiro fácil, ou seja, o dinheiro alcançado sem o trabalho equivalente possui pouca energia, sem falar no dinheiro obtido com injustiça e engano. Por isso não permanece Ele quer ir para outro lugar. E por isso se pode dizer que o dinheiro tem um lado Espiritual, inclusive uma alma.
O dinheiro se sente melhor – essa é minha imagem - no banco. Aguarda e espera ser usado. Em geral, o dinheiro se sente bem ao ser usado cuidadosamente por um valor e um trabalho correspondentemente adequados. Esta é a melhor maneira e a mais bela em que se desenvolve sua energia e porque não dizer, seu espírito.
Aquele que tem o dinheiro nas mãos tem também em suas mãos o trabalho de uma pessoa. Muitas vezes o seu suor, sague e lágrimas. Daí que se deva geri-lo o mais cuidadosamente possível. Esse cuidado se junta com aqueles que o ganharam com respeito e amor.
Desta forma é como entendemos o dinheiro como espiritual. Com o movimento do Espírito nós afirmamos que àqueles que através de seu trabalho, nos habilitam a pagar por seu trabalho correspondente.
Espiritualmente podemos compreender o dinheiro quando o vemos em movimento e em consonância com esse movimento , exigimos, tomamos e o passamos a outra pessoa. O dinheiro está a serviço do amor, a serviço do amor do Espírito. E um amor que flui.
            Com isso, você realmente fez jus ao espírito do dinheiro? Também é poder e arma, benção e maldição. Onde aparece com poder em excesso, qual a força real que o move? São aqueles que o possuem ou é o dinheiro que os move até ele? A pregunta é: se é o dinheiro que move a quem o tem quem move então o dinheiro? Também isso mostra que o dinheiro é algo espiritual
O dinheiro acena sempre para aquele que o tem e sempre o respeita, o respeita como algo espiritual.
 Os pobres também tem que respeitar o dinheiro. Têm que respeitá-lo com algo Espiritual, em sintonia com o movimento do espirito. Como? Também com amor."
MÍSTICA COTIDIANA – Caminos de experiencias espirituales -  Bert Hellinger, Editorial Alma Lepik 
Antes de tomar contato com as Constelaçoes familiares e empresariais, sempre buscava uma explicação para esta pergunta...aí, logo nas primeiras vezes que assisti uma Constelação - onde o tema era a dificuldade com relação ao dinheiro - pude compreender através dela o que pode acontecer com o dinheiro dependendo de como o recebemos ou lidamos com ele... Realmente uma aprendizagem única, um presente para minha vida, como tudo o que ocorre neste trabalho em termos de compreensão. A Constelação sistêmica familiar e empresarial pode trabalhar muitos temas, por exemplo: venda de imóvel, negócios na empresa,  vida profissional, relacionamentos de casal , familiar etc...
É um caminho para solução, seja ela qual for!
Uma boa semana...
Tais

domingo, 2 de outubro de 2011

Quando e para que buscar Constelação Familiar?


Quando tomei contato com as Constelações Familiares sempre me perguntava: como o (a) terapeuta sabe se o cliente precisa ou não deste trabalho?
Após esta compreensão ficou evidente a necessidade ou não de Constelar e é sobre isso que gostaria de escrever um pouco hoje.

Para àqueles que nada conhecem sobre este tema, existe um artigo básico em meu Blog,  postado no mês de junho,  chamado Constelações Sistêmicas Familiares: perguntas Frequentes . Talves após esta leitura fique mais compreensível o assunto tratado hoje.

 

Na terapia  apoiamos o cliente sobretudo em seus sentimentos primários. Nós os consideramos sentimentos originais que estão ligados a um direcionamento. Podemos reconhecê-los pelas seguintes características:

Os movimentos primários fortalecem, expressam o movimento interno direcionado e são sempre adequados na situação em que afloram. Pode ser um amor profundo, mas também uma raiva contra uma injustiça ou medo de uma situação ameaçadora. O sentimento atravessa  por um arco de tensão, revela-se, ascende, declina e chega a um fim.O cliente pode vivenciar os sentimentos primários de olhos abertos e estar simultaneamente em contato com o mundo externo.

Isso não é possível em relação aos movimentos secundários . Estes são crônicos, não tem nenhum começo concreto e nenhum fim claro e não percorrem nenhum arco de tensão como os sentimentos primários. Nos movimentos secundários o cliente desperdiça energia e tempo com um sintoma que não o leva adiante em seu caminho na vida. Geralmente ele tem uma clara sensação disso, ficando zangado, triste, e sem poder descrever exatamente o que se passa internamente.

O cliente pode assumir algo de seu sistema familiar

Alguns sentimentos se originam do contexto de uma outra pessoa. Eles vêm do sistema familiar e são sentidos pelos filhos ou netos se os pais não os sentiram ou não puderam senti-los. Então, um cliente pode sofrer de uma depressão, por exemplo, que surge espontaneamente. Pode-se constatar, por exemplo, que um irmão ou irmã da mãe morreu cedo e a criança carrega o luto com a mãe.

Sentimentos adotados suscitam irritação porque não fazem sentido para o cliente em seu contexto pessoal. Às vezes eles até dizem: “Isso(sintoma-reação) aparece e toma conta de mim...parece que não é meu...não tenho controle...” Com a Constelação ele poderá entendê-los e integra-los de outra forma. Os sentimentos podem continuar, mas se souber que a depressão pertence à mãe ou a agressividade é, na verdade, um sentimento vivido pelo pai, então sentir-se-á como um instrumento através do qual o sintoma se mostra, sem que ele próprio precise se identificar ou sofrer com isso.

Frequentemente os sentimentos adequados não puderam ser sentidos na época dos acontecimentos porque não havia espaço para isso ou eram inaceitáveis nessa situação. Então toda essa situação se manifesta através das gerações posteriores e o cliente não tem “domínio” nenhum sobre o sintoma alem de não entendê-lo e não conseguir modificá-lo.

As Constelações Familiares promovem a possibilidade de retorno à situação que deu origem ao sintoma, liberando-a. Representa também, um grande alívio o cliente escutar que o sentimento é certo, mas não o lugar e a época em que se manifesta.

Um pequeno exemplo: uma mulher atraente, praticante de budismo, vivia com seus filhos e um homem agressivo, que batia nela e a tratava mal. Ela  temia pela sua vida e pelo seu futuro e estava desesperada. Era bem sucedida profissionalmente mas tinha um medo constante de perder seu emprego. É surpreendente ouvir coisas assim de uma jovem mulher talentosa, de boa aparência e sem motivos em sua própria vida para esses temores, como ela mesma reconheceu. Na constelação familiar, foi possível localizar os sentimentos que correspondiam a um antepassado envolvido com campos de concentração e sacrifício de pessoas; medo e insegurança, se ainda sobreviveriam ao dia de amanhã, ansiedade quanto a duração dos relacionamentos e em relação ao próprio futuro. Parecia estar expiando pelas vítimas ao se expor às injustiças e surras do namorado. A sua religião também se mostrou como um a tentativa de compensação pela injustiça e crueldade.
Nem sempre é possivel a total comprensão daquilo que aparece nas Constelações  mas isto não tem importância, pois a alma compreende e nós somos liberados.

Precisei resumir e simplificar as explicações de modo a não ficar cansativo  mas espero ter  atingido o âmago da questão...
Creio ter lançado uma informação com relação às situações/vivências inexplicáveis na vida de cada um de nós e que , a partir de agora, consigamos ter um olhar de esperança sobre as mesmas...afinal são todas necessárias para que possamos realizar aquilo para  que fomos escolhidos.
Boa semana!
Tais