domingo, 25 de setembro de 2011

Você consegue sobreviver à tempestade



    " Existem vários métodos simples para cuidar das emoções intensas. Um deles é a respiração abdominal. Quando forem tomados por uma forte emoção, como o medo ou a raiva, levem a atenção para o abdomen. Permanecer no nível do intelecto é perigoso, porque as emoçoes intensas são como uma tempestade, e ficar no meio de uma tormenta é muito arriscado. No entanto é isso que todos fazemos quando remoemos os problemas e sofrimentos na mente, deixando que os sentimentos nos esmaguem. Em vez disso, temos que nos estabilizar levando a atenção para baixo. Focalizem a região do ventre e pratiquem a respiração consciente, dedicando integralmente sua atenção ao subir e descer o abdômen. Podemos fazer essa respiração sentados ou deitados.
     Quando olhamos para uma árvore durante um a tempestade, vemos que o topo da árvore é extremamente instável e vulnerável. O vento pode quebrar a qualquer momento os galhos mais altos. Mas quando examinamos o tronco, nossa impressão é diferente. Percebemos que a árvore é bem sólida e imóvel, e sabemos que ela conseguirá resistir à tempestade. Nós somos como a árvore. Nossa cabeça é como o topo da árvore, por isso, durante a tempestade de uma forte emoção, temos que levar a atenção para o nível do umbigo e começar a preaticar a respiração consciente, concentrando-nos  exclusivamente na respiração e no subir e descer do abdômen. Trata-se de um aprática muito importante porque ela nos ajuda a ver que, embora uma emoção possa ser muito intensa, ela fica conosco durante algum tempo e depois vai  embora. As emoções não duram para sempre. Tenha certeza: se você se exercitar nessa prática nos momentos difíceis, você sobreviverá à tempestade.
     Você precisa estar consciente de que sua emoção é apenas uma emoção. Ela vem, fica com você algum tempo e depois vai embora. Por que alguém deveria morrer por causa de um aemoção? Você é mais do que suas emoções. É muito importante lembrar disso. Durante uma crise, quando você inspirar e expirar, permaneça consciente de que a emoção irá  embora se você continuar a praticar. Depois de ter êxito algumas vezes, você passará a confiar em si mesmo e na prática .Não vamos nos deixar  dominar pelos nossos pensamentos e sentimentos. Vamos levar a atenção para nosso abdômen e inspirar e expirar. Não tenha medo e repita para si que a tempestade irá embora."

Tenho experimentado essa prática há alguns anos. Inicialmente eu duvidava, e também só praticava quando os problemas apareciam...Hoje em dia, com a prática diária, até as tempestades ficaram menos intensas, ou seja, o tempo de permanência delas é menor.
Continuam existindo, afinal são elas que nos proporcionam momentos de reflexão, de mudanças, de tomada de consciência, da ação do ego, etc...
De vez em quando temos que tomar uma decisão que, às vezes, é muito difícil. Somos forçados a fazer uma escolha dolorosa, porque em toda escolha há um ganho e uma perda. Mas quando sabemos o que é mais importante para nós, o que queremos mais profundamente para a nossa vida, a tomada de decisão se torna mais fácil e o sofrimento diminui.
Que sua semana receba o bálsamo da respiração consciente!
Tais

domingo, 18 de setembro de 2011

As escolhas de uma vida


"A certa altura do filme Crimes e Pecados, o personagem interpretado por Woody Allen diz: "Nós somos a soma das nossas decisões". Essa frase acomodou-se na minha massa cinzenta e de lá nunca mais saiu. Compartilho do ceticismo de Allen: a gente é o que a gente escolhe ser, o destino pouco tem a ver com isso. Desde pequenos aprendemos que, ao fazer uma opção, estamos descartando outra, e de opção em opção vamos tecendo essa teia que se convencionou chamar "minha vida". Não é tarefa fácil. No momento em que se escolhe ser médico, se está abrindo mão de ser piloto de avião. Ao optar pela vida de atriz, será quase impossível conciliar com a arquitetura. Se é a psicologia que se almeja, pouco tempo sobrará para fazer o curso de odontologia.

Não se pode ter tudo. No amor, a mesma coisa: namora-se um, outro, e mais outro, num excitante vaivém de romances. Até que chega um momento em que é preciso decidir entre passar o resto da vida sem compromisso formal com alguém, apenas vivenciando amores e deixando-os ir embora quando se findam, ou casar, e através do casamento fundar uma microempresa, com direito a casa própria, orçamento doméstico e responsabilidades. As duas opções têm seus prós e contras: viver sem laços e viver com laços. Escolha. Morar em Londres ou numa chácara? Ter filhos ou não? Correr de kart ou entrar para um convento? Fumar e beber até cair ou virar vegetariano e budista?

Todas as alternativas são válidas, mas há um preço a pagar por elas. Quem dera pudéssemos ser uma pessoa diferente a cada 6 meses, ser casados de segunda a sexta e solteiros nos finais de semana, ter filhos quando se está bem-disposto e não tê-los quando se está cansado, viver de poesia e dormir em hotel 5 estrelas. No way. Por isso é tão importante o auto-conhecimento. Por isso é necessário ler muito, ouvir os outros, estagiar em várias tribos, prestar atenção ao que acontece em volta e não cultivar preconceitos. Nossas escolhas não podem ser apenas intuitivas, elas têm que refletir o que a gente é. Lógico que se deve reavaliar decisões e trocar de caminho: ninguém é o mesmo para sempre. Mas que essas mudanças de rota venham para acrescentar, e não para anular a vivência do caminho anteriormente percorrido. A estrada é longa e o tempo é curto. Quanto menos a gente errar, melhor. "
Martha Medeiros

A pessoa que teima em morar em si mesma e fechar-se nos seus horizontes, ela corre o risco de mofar em suas aspirações de crescimento e realização. Sair de si...é o desafio de ser! Ir além de si mesmo, transcender-se, abrir-se ao outro e ao totalmente Outro, o Absoluto onde o ser encontra a plenitude.

Vivemos à medida que progredimos e andamos para frente. A pessoa só atinge verdadeiramente o seu sentido, ultrapassando-se, perdendo-se no amor que lhe acena a partir dela mesma, do fundo do seu proprio ser. A pergunta é sempre maior que a resposta que a pessoa vai encontrando...tomara que o Absoluto se deixe encontrar! E saindo de si a pessoa se encontra...se ela teima em morar em si mesmo  perde a sua propria identidade.

O crescimento - a descoberta de melhor de si mesmo se faz através da vontade real de uma busca, de sofrer por ver-SE  incapaz (momentaneamente)e mesmo assim poder "olhar para si mesma"...sair dos seus condicionamentos, para ir ao encontro do outro que sempre existe dentro de si...

O recolhimento... a espera pela solução... afinal ela sempre chega... Consigo dar esse tempo necessário? Sei qual é?
Porém...se acho "que sou assim mesmo" e encontro milhões de justificativas... não sairei de onde estou.
Esta é "apenas" mais uma escolha!!!!!!!
Boa semana
Tais

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Constelação Sistêmica Familiar e Empresarial

Estou muito feliz e queria dividir com meus leitores: a partir deste mês, após anos de preparação, comecei a atuar como Consteladora...

Permanecer no essencial
"A planta inteira está contida na raiz. Nela está concentrada a força. Entretanto, a raiz é pequena e toma pouco espaço. Quando, a partir da raiz, desenvolveu-se a árvore inteira, a força está expandida e esgotada. Se eu, nas constelaçoes familiares, desejo olhar para todos os detalhes e desejo entender tudo, como se olhasse para a árvore inteira com todas suas hastes e folhas, então a força se vai. Na raiz, entretanto, está ainda inteira e concentrada.

Por isso, aqui trabalho de acordo com o princípio de somente constelar o imediatamente necessário. Então, aí há muito mais energia e força. Por essa razão, é importante que o terapeuta perceba bem no início o que é essencial.

Este trabalho é muito condensado. Condensado quer dizer que existe um extenso contorno que permanece desconhecido, mas que também atua. Quem quiser incluir todo o contorno tira desse trabalho a densidade e a força."

O essencial é simples...muito simples...e trás soluções!
Obrigada pela confiança e apoio recebido por todos que me conhecem e sabem da minha caminhada até aqui.
Tais



sábado, 10 de setembro de 2011

Libertando-se das máscaras...


Gente...a história é longa...mas vale a pena como possibilidade de refletirmos sobre nossas “fachadas”...
Adorei ler e sentir que, mesmo sendo produto do nosso sistema familiar, podemos crescer e nos modificarmos como seres humanos que somos...afinal qual é a nossa função na passagem por este planeta?????
Como despedir daquelas seguranças, com as quais nos acostumamos, afinal somos pseudo aceitos...
Como andar novamente sozinho na rua? Enfrentar a multidão?!
Arriscar olhar nos olhos das pessoas... ou esconder-se eternamente atrás daquela fachada de segurança?
 Eis a questão! Boa leitura...
Tais
"Fachada era um cachorrinho de raça, com pedigree e tudo a que um cachorro de raça tem direito. Quando ele chegou naquela casa, já por lá andavam outros habitantes: um casal de gatos siameses, muitos queridos pelo pessoal da família. Fachada logo sentiu que aquele povo gostava muito de gatos...e desde cedo ficou com a sensação de que se fosse um gato seria mais aceito pela família. Meteu-se-lhe aquela história na cabeça e acabou pegando a idéia...
Fachada começou a ensaiar um jeitinho de gato... e foi percebendo que as pessoas achavam isso bem legal. Estava emplacando! E por aí foi! Com o tempo, ele já estava até conseguindo miar igual aos gatos... ou quase igual! O disfarce ia se ajustando bem no seu corpo de cachorro. Isso lhe rendia mimo e aprovação das pessoas. Era perfeito! Tudo o que ele quisera era ser bem-aceito pela família, conseguir “sobreviver” numa família onde gatos eram bem acolhidos. Ele se sentia bem com isso. O jogo funcionava e dava lucro!
Assim foi crescendo o nosso Fachada! Cachorro feito, já grande, continuava levando adiante aquela fantasia de ser gato...mas algo começava a não funcionar! De vez em quando, as pessoas iam percebendo que na realidade ele não era igual aos gatos... de vez em quando escapava um latido, sem que ele mesmo apercebesse disso! Lentamente as pessoas foram desconfiando... embora se tivessem acostumado, durante muito tempo, a olhar e cuidar de Fachada como se fosse gato. Pensando bem, só não via quem não queria! Enquanto ele era pequeno, até que a mascara de gato passava bem discreta e se confundia... mas os anos passaram: o corpo de cachorro já não conseguia esconder debaixo da mascara de gato... e as pessoas que com ele conviviam mais de perto, foram caindo na real e vendo que, afinal...Fachada era mesmo cachorro...
             Só ele não percebia! Continuava achando que era gato e se esforçando para parecer um gato em tudo que fazia! Sempre fora assim... sempre foi aceito e querido desse jeito... sempre tinha atraído a atenção as pessoas fazendo esse papel, sempre se dera bem com esse disfarce... por que não continuar?
            Mas, no fundo, algo não batia direito na vida do Fachada! Quando ele via um cachorro passando na rua... aquilo mexia com ele: as vezes sentia vontade de ser como o cachorro e de sair correndo atrás dele para ganhar o mundo... outras vezes sentia antipatia pelos cachorros que passavam, como se algo o incomodasse profundamente, quando olhava para eles...
Fachada começou a ficar triste... e, de vez em quando, ficava sozinho pensando na vida! Lembrava  de quando era cachorro pequeno, de quando tinha chegado naquela casa... mas não era muito agradável ficar pensando naquelas coisas... e logo se cansava e arrumava outra coisa para fazer.
Um dia Fachada percebeu que as pessoas o olhavam de um jeito meio estranho...e que ficavam cochichando alguma coisa, por entre sorrisos, quando passavam por ele...aí, ele começou a se mancar! – “Hum... algo está contecendo e eu estou por fora!” E aí, foi pintando uma vontade de tirar aquela história a limpo... uma vontade grande de se conhecer, de saber o que estava acontecendo com ele, de entender por que ele não andava se sentindo bem...”afinal, aquela história de ser gato já não estava funcionando  tão direitinho como sempre funcionara.”
E aí, um belo dia, Fachada se encheu de coragem, entrou em casa e se olhou no espelho!
Foi o fim! De repente, ele sentiu o chão desaparecer debaixo de sues pés... tudo ficou escuro à sua volta... ele sentiu vergonha dele mesmo...estava claro! Não dava para ter dúvida! Ele era mesmo um cachorro... não tinha nada de gato... “Meu Deus, como pudera andar tanto tempo pensando ser um gato?”
Naquela hora, passado o susto inicial, Fachada sentiu nojo daquela máscara de gato...que já não lhe servia mais, que ficava ridícula naquele corpo de cachorro...Agora ele entendia os sorrisos e comentários que as pessoas faziam nas costas dele...
Estava claro que não dava mais para continuar fingindo-se de gato! Era ridículo! Além disso, nesta altura do campeonato, todos já deviam ter percebido claramente que ele não era gato... “então, para que servia essa máscara?”  Servia em outros tempos! Mas agora não dava mais! Não dava mais para ele... que cada vez mais sentia que algo estava errado e o fazia infeliz. Não dava mais para enganar os outros, que já tinham descoberto que por trás da máscara havia um outro bicho! “Então...por que continuar com essa droga de máscara?!” Aquilo estava apenas atrapalhando a sua vida... Era um peso estranho que cada vez mais custava a ser carregado! Decididamente... estava na hora de jogar aquela máscara...
Mas...”e com que cara eu vou agora aparecer para as pessoas?!...e se as pessoas não me aceitarem como cachorro... e se as pessoas me rejeitarem, não gostarem, de mim? “
Um monte de dúvidas tomou de assalto a cabeça e o coração de Fachada... o negócio não era tão simples assim... a vida inteira ele tentara viver como um gato... como iria agora...de repente, começar a ser cachorro? Ele se sentia meio sem jeito, com a cara no chão... sabendo que não dava amis para continuar o disfarce, mas sabendo também que não saberia como vivcer de outro jeito...
Tempos passaram. Aquela máscara era cada vez mais ridícula! Cada dia se sentia mais oprimido por ela. Mas era difícil desfazer-se dela... até porque ele tinha criado por ela um grande carinho, ao longo de toda sua vida. Sem ela, sentia-se inseguro, pisando em terreno desconhecido, meio sem jeito, como um cachorro na chuva...
“ E se as pessoas não me aceitarem como cachorro?” – era a pergunta que ia e vinha na angústia de Fachada.
Mas...também não dava para ficar amarrado naquela angústia! Era preciso “chutar o balde”... e pagar para ver! Continuar assim não tinha jeito. Ele sabia que era mentira. Todos já tinham percebido isso há muito tempo...”então, que se dane esta máscara...serviu enquanto serviu, agora não serve mais... e eu posso viver sem isso!”
E, um belo dia, Fachada acordou corajoso e enjoado daquela máscara...entrou em casa, rasgou aquela máscara, olhou-se no espelho, pela primeira vez gostou de se ver cachorro, riu dele mesmo sem entender como pudera ter passado tanto tempo querendo ser gato e, respirando fundo, foi ao encontro das pessoas, ainda tremendo nas bases...
Para surpesa sua, os olhares de aprovação foram mais fortes que os comentários de espanto...
“Que coisa...parece  que as pessoas sempre me viram assim... acharam tão normal eu aparecer como cachorro!”
Daí a poucos dias, Fachada se descobriu contabilizando  o lucro de sua nova situação: os gatos passaram a respeitá-lo mais, as pessoas arrurmaram para ele um lugar bem melhor e mais espaçoso, a comida mudou e ele passou a gostar muito mais daquela nova vida de cachorro... e, aos poucos,  ele foi sentindo o orgulho de ser um cachorro! Um cachorro de raça! Com pedigree e tudo a que um cachorro de raça tem direito... embora, de vez em quando, ainda batesse uma tentação de voltar a ser gato... apenas um momento de fraqueza , logo superado pela alegria de ser o que realmente ele era: um cachorro de raça!"
Crescendo com o Eneagrama na Espiritualidade – Domingos Cunha- Ed Paulus

domingo, 4 de setembro de 2011

Psicologia e espiritualidade...duas faces da mesma moeda

"Duas velhas senhoras andaram se estranhando e alimentando desconfianças mútuas ou até trocando acusações durante um bom tempo. Era como se em cada dimensão, a humana e a espiritual pretendessem viver uma sem a outra, reclamando sua autonomia.
De um lado se dizia que a espiritualidade era coisa de gente subdesenvolvida e que a ciência resolveria esses problemas “atávicos” que deixavam as pessoas dependentes dessa tal espiritualidade, que infantilizava as pessoas...Por outro lado se dizia que as ciências do humano destruíam a fé e negavam espaço à ação da Graça de Deus ou aboliam a noção de pecado ou até que chegavam a ser “coisa do demônio” ou, no mínimo, eram coisas desnecessárias, uma vez que a fé e a oração seriam capazes de resolver tudo... Enfim...coisas que passam , felizmente... ou custam a passar, infelizmente ainda. Mas como há um tempo para tudo, o tempo se encarregou de trazer mais discernimento e abertura e, de parte a parte, novos ares se respiram, para o bem das pessoas!"
Crescendo com o Eneagrama na Espiritualidade – Domingos Cunha- Ed Paulus

Hoje, muitos profissionais da área de humanas, já não têm mais vergonha de afirmar que a pessoa necessita de “algo mais”, de um sentido que a leve além de si mesmas, com valores claros pelos quais possa optar e para os quais orientar sua vida. Esse “algo mais”, a esse “sentido”, nós chamamos de espiritualidade, entendendo esta de modo abrangente.
Quantas vezes a psicologia se deparou consigo mesma num beco sem saída, o de renunciar a toda a espécie de valores orientativos e ver as pessoas indo embora, às vezes “desmontadas” ou fechadas sobre si mesmas, dando margem para aquela comparação onde o técnico de televisão desmonta-a inteira e  consegue achar o defeito...mas  depois   montar a TV novamente, recolocando as peças nos seus devidos lugares, não consegue fazê-la funcionar!
         Por outro lado, na tradição do cristianismo, encontramos belos testemunhos dessa verdade tão antiga quanto o ser humano, onde a integração de ambos ( humano e espiritual) faz parte da caminhada de cada pessoa. Posso citar:
Santa Tereza de Ávila:
“A melhor maneira de se  chegar ao conhecimento de Deus é por meio do conhecimento de si mesmo” . 
“É dasatinado pensar que havemos de entrar no céu sem primeiro entrar em nós mesmos, a fim de conhecer e considerar  nossa própria miséria”
Ou, Santo Tomas de Aquino:
“Quanto mais vou ao encontro de mim mesmo, mais descubro em mim um outro que não sou eu e, no entanto, é o fundamento do meu existir”
Enfim...existe uma infinidade de escritos que podem dar a compreensão real dessa junção do espiritual  com o crescimento do homem!
Outra coisa é a tal da perfeição a que somos “cobrados”... creio que sempre está presente a luz e a sombra, dimensões naturais no ser humano e à vida sobre a terra.
As dificuldades existem como possibilidade de nos olharmos e todas elas nos mostram algo. O problema é que queremos acolhe-las.
Cada pessoa, na sua caminhada espiritual, irá se deparar necessariamente com seu lado escuro. A escuridão pessoal é um tipo de doença ou dano causado basicamente por uma série de fatores acidentais que nos programaram inconscientemente durante a infância ou exclusões ocorridas no sistema familiar maior ( antepassados). A sombra nos proporciona a possibilidade de olharmos...e incluirmos tudo que está aí.
Bert Hellinger , através da filosofia fenomenológica, introduziu o trabalho das Constelações Familiares e mudou a concepção de destino, livre arbítrio... e nos mostrou que tudo está certo como está...e que as vezes o bom é ruim e o ruim é o bom. Mas acima de tudo , sem julgamentos de certo e errado. Afinal o que é bom para o meu sistema...pode ser ruim para o seu...e está tudo certo como é!
Assim como as Constelações Familiares, existem infinidades de conhecimentos disponíveis (Eneagrama, I Ching por exemplo) que proporcionam maior entendimento da espiritualidade/ psicologia do ser humano. Mas, acima de tudo, estar “vazio” de conceitos definitivos para poder “ver”.
Bem...para finalizar mais uma “curiosidade”:
“Quem algum dia mexeu na cozinha e teve que cortar alho, sabe do incômodo cheiro que isso deixa nas mãos. Há no entanto um segredo fácil para tirar o cheiro do alho: coloque a mesma faca que usou para cortar o alho debaixo do fio de água da torneira e lave as mãos com a mesma água que cai da lâmina da faca. Em poucos instantes, o cheiro do alho desaparece das mãos! Nada de mágica...Mas funciona, é prático e simples, útil e bem acessível! Haverá certamente alguma reação química que explica o fato . Os cientistas poderão até estudar o fenômeno. Mas para quem tem o cheiro do alho nas mãos o importante é conhecer esse segredo e poder utilizá-lo.”

Uma boa semana à todos que por aqui passam...
Tais